A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Carcará

Jorge Letry o Carcará e Mario "Marinho" Cezar de Camargo Filho, em Interlagos. 
Retão de Interlagos ao fundo a saudosa curva Três.
 Ao Volante Norman Casar, de óculos Jorge Letry e boné Rino Malzoni.

"Caro Rui, bom dia. 
Com respeito ao motor do Carcará, quero informar que chegou no Rio para procedermos a aferição da marca, equipado com um motor de mais de 100 CV, e durante os primeiros testes em que notamos o problema de estabilidade direcional, sofreu um engripamento em um dos pistões e deve ter perdido em torno de 10% da potência, este fato era muito comum nos Motores DKW porque para obtermos melhor potência, trabalhávamos com mistura bastante pobre, em torno de 16 : 1 quando o certo seria de 15 ou 14 : 1, isto em função da perda de parte do poder de queima da gasolina 100 / 130 octanas em que adicionávamos óleo Castrol R, que prejudicava menos que os óleos 2 Tempo normais. Isto provocava um aumento de temperatura na câmara de combustão que fazia com que o pistão dilatasse ao ponto de prender nas paredes dos cilindros aumentando o atrito e, as vezes, prendendo os anéis de seguimento e prejudicando a compressão do Motor.
Tínhamos motor de + ou – 98 CV e poderíamos ter trocado mas o problema de estabilidade era mais importante e tínhamos pouco tempo para efetuar o teste, resolvemos então não substituir o motor, certo.
Rui creio que era isto que você queria saber.Qualquer dúvida entre em contacto.

Grande abraço,

Crispim "

Voando para o record...





O CARCARÁ foi uma criação do Departamento de Competição da VEMAG comandado por Jorge Letri, junto com Rino Malzoni e Anisio Campos, feito para estabelecer o record Brasileiro de velocidade para veículos até 1.000cc . Sua história é contada em muitas publicações e blogs e sites, aqui quero contar uma parte desta história que me foi contada pelo Crispim uns trinta anos atrás. 
Ontem liguei para o Crispim e perguntei se ele lembrava de ter me contado, e ele com aquela simpatia de sempre começou a contar de novo , ai eu disse põe num e-mail e me manda . Hoje ao abrir meu e-mail vejo ele contando o que segue .

Comentário e considerações minhas no post original de 14 de Abril de 2011, ao meu caro amigo Crispim meu muito obrigado, minha amizade e o respeito de sempre, um abração meu amigo.

Aos amigos João Carlos Bevilacqua e Fabio Farias.

Rui Amaral Jr

terça-feira, 16 de maio de 2017

Quem, quando, onde?



Duas fotos de três ícones de nosso automobilismo, um foi meu amigo na foto que incrédulo o Caranguejo não acreditava ser a Fera, na outra um não conheci o outro tive a honra de conhecer tempos atrás.

Rui Amaral Jr  

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Copa Brasil 1970 - Antonio Carlos Avallone

 Emerson Lola T210, Wilsinho Lola T70 e Giampiero Moretti Ferrari 512S
Foto de meu amigo Rogério Da Luz.
Com a porta da Lola T70 aberta Antonio Carlos Avallone.

Somente da cabeça de um apaixonado pelo automobilismo e idealizador nato poderia naquele 1970 acontecer uma competição deste nível e Antonio Carlos Avallone era o nome para tal.
Batalhador nato Avallone havia aberto anos antes caminhos na Europa para que vários de nossos campeões lá se instalassem.
Agora em 1970 convidava pilotos, trazia carros para eles, como a Lola T210 de Emerson, a T70 MKIII de Wilsinho  e a dele mesmo.
Abaixo na descrição do Walter a emoção que todos nós sentimos, eu particularmente quando vi aquela pequena Lola T210 com aquele capacete preto e vermelho rasgando a Reta dos Boxes fiquei emocionado.
Nada que se escreva de meu amigo Avallone vai  poder traduzir tudo que a mente brilhante dele fez por nosso automobilismo. Hoje em nossas conversas quando dizemos que ele faz falta é a mais pura verdade.

Ao amigo Antonio Carlos Avallone, piloto, dirigente, jornalista, construtor, politico, presença sempre constante em nossas conversas....e ao Rogério o amigo que mesmo das arquibancadas registrou magistralmente estes momentos.

Rui Amaral Jr


"Essas fotos do Da Luz são maravilhosas!
Imagine um 'grid' com Ferrari 512, Lola T70, Porsche 908: aí esta a Copa Brasil, bolada e realizada pelo Antonio Carlos Avallone.
E, lá atrás, a festa era linda, com Carreteras (a 18 do Camilão!), Pumas, Opalas, Fuscas, protótipos brasileiros e, na versão de 1971, argentinos.
Arquibancadas lotadas e a gente adorando ver Emerson e Wilson Fittipaldi a vencer corridas.
Sem desmerecer o maravilhoso trabalho do Rogério da Luz, fotografar esse 'grid' era um privilégio que o Rogério desfrutou como ninguém.

Walter"



terça-feira, 2 de maio de 2017

?


Nas belas fotos de meu amigo Rogério uma Copa que só um grande idealizador poderia promover...então...quem, quando, onde?

terça-feira, 25 de abril de 2017

Porsche 550 RS Spyder - por Roberto Zullino

Von Stuck largando em Interlagos com o carro que trouxe ao Brasil.
Bino Heins largando e Interlagos já com o carro que trocou na Alemanha...
...para vencer Ferraris e Maseratis!
Celso Lara Barberis
Chico Landi
Jean Louis Lacerda Soares e de óculos José Gimenez Lopez que vendeu o carro a Paulo Amaral.
Paulo Amaral
Paulo nos 500 KM de Interlagos 1961

Esse carro veio para cá trazido pelo Hans Stuck e era um dos primeiros, tinha o farol vertical e carroceria um pouco diferente. Veio equipado com um motor VW com alguns mandraques. A Porsche antes de 1955 quando saíram os primeiros 550 de produção, usou motores VW 1100 em Le Mans em protótipos para ganhar o tal Índice Enérgético, uma patriotada francesa para jacatraias dos Renné Bonet e Dyna Panhard ganharem o que os franceses teimavam ser o prêmio princioal, cada uma.
O carro não era do Stuck, era da Porsche e a missão do Stuck era vendê-lo, o que conseguiu, mas não lembro para quem. Certamente, o carro trazido pelo Stuck foi fabricado em 53/54 e não era modelo de produção, os 550 só foram fabricados em 55. Para encurtar a história, o carro foi enviado para a Alemanha para reforma e voilá, mandaram um 550 de produção equipado com motor Furhman Quad Cam 1500 roletado e carroceria de 550 normal já com os faróis de Fusca. Correu na mão do Heins fazendo picadinho de Maseratis e Ferraris e no final foi abandonado na oficina do Seu Chico na Rua Afonso Brás em estado lastimável em cima de outras sucatas. O Darci Medeiros era aprendiz, entrou lá com 14 anos e lembra direitinho do carro, tanto que uma vez me perguntou se o meu era o tal carro. O carro foi comprado pelo Marivaldo que o repassou para os irmãos brothers que fizeram o Fitti-Porsche. A mecânica usada foi dos KG Dacon usando motor Furhman Quad Cam de 2 litros, mas usando bronzinas, a Porsche abandonou os roletes que quando davam problema nem Jesus arrumava. Fora que com o passar do tempo a qualidade das bronzinas melhorou. Na mão dos irmãos fez algumas corridas sem muito sucesso de resultados, mas o carro dava espetáculo, sendo o mais rápido em quase todas as provas que participou. Foi repassado para a escolinha Bardhal sem a mecânica Porsche, usava mecânica VW. Foi vendido para o Sergio Magalhães que fez algumas corridas e vendeu para um cara de Bauru que vendeu para um cara de MG ou Brasília. A última vez que foi visto foi disputando arrancadas em MG. Certamente, sua carroceria de alumínio, feita pelo funileiro Picciuto, virou panelas e os tubos do chassis devem ter sido levados pelo garrafeiro e virado aço de construção. No entanto, como a esperança é a última que morre pode ser que um dia apareça.
O pior nem é isso. Há uns anos um cara estava anunciando o Porsche do Stuck na Europa em um desses foruns ingleses. Entrei e desanquei o cara e acabei com o negócio dele contando a história toda. Hoje não faria isso, porque pode ser que ele tivesse razão, o chassis dele devia ser o original que ficou lá na reforma, já que o carro que veio para cá depois da reforma parecia outro. Ou não trocaram o chassis e deram uma modernizada no carro que virou esse da foto e o cara era um pilantra que devia saber das coisas e falsificou um chassis. Who knows? Nas fotos do Stuck com ele aqui o carro é diferente.
abs,

Roberto Zullino

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De um comentário em post da semana passada meu amigo Zullino, contou um pouco, ou muito, da trajetória deste carro que von Stuck trouxe ao Brasil.
Valeu Zullino, um abraço.

Rui Amaral Jr

domingo, 23 de abril de 2017

Tazio...


Sim...simplesmente "o mais veloz sobre a face da terra" leiam o belo texto do Caranguejo..."Ao mais veloz animal da face da Terra, o mais lento"  é ele Tazio Nuvolari treinando com um Jaguar XK120 em Silverstone - Agosto de 1950 - para uma corrida de Sportscar, infelizmente já debilitado por uma enfisema sua participação se restringiu aos treinos.
Meu amigo João Carlos Godoy e meu irmão João Carlos Bevilacqua acertaram na mosca esta curiosa pergunta do Caranguejo. 

Abraços 

Rui Amaral Jr

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Quem, quando, onde?


terça-feira, 11 de abril de 2017

O COMEÇO

Paulo no 550 RS Spyder


A primeira vez que andei em uma pista foi com meu irmão Paulo, ele e seu parceiro Luciano haviam comprado um PORSCHE SPYDER 550, e estavam treinando para os "500 km de INTERLAGOS", o ano era 1961 e eu estava com 9 anos. Depois de treinarem, me convidaram a dar umas voltas, não lembro quantas foram, só lembro o vento batendo em meu rosto no "RETÂO" e o asfalto passando rápido. O carro maravilhoso prateado com os bancos vermelhos já conhecia bem, pois ficava na garagem de casa. Em outro treino me lembro de um acidente na curva 3 que na época era chamada de " BACIÃO ", um piloto (depois fiquei sabendo que era um mecânico) passou reto na freada e caiu no barranco, pois na época não existia nenhuma barreira.
Sai correndo dos boxes, que eram no "CAFÉ" desci a "SUBIDA DOS BOXES" correndo, ao chegar na "JUNÇÃO" me apavorei, o mato era alto e a pista muito larga. Cheguei na 3 a tempo de ver o piloto saindo de maca, não sei o que lhe aconteceu.
Este foi o começo desta paixão...cheiro de gasolina e pneus , um barulho tremendo, adrenalina correndo solta.



Este foi um dos primeiros posts que escrevi ao começar o Historias, incitado que fui pelo amigo Carlos de Paula, lá se vão mais de sete anos e continuo com vocês e à mim grandes amigos se juntaram para contarmos historias antigas e novas de nosso automobilismo, obrigado à cada um de vocês que nos prestigiam.

Ao amigo e sócio Caranguejo,

Rui Amaral Jr

quarta-feira, 29 de março de 2017

Magrão por Caranguejo.



Quando a Fórmula Super Vê tornou-se uma categoria interessante, era natural que a gente optasse por este ou aquele piloto. Eu, aqui das coxilhas, via o paulista Ingo Hoffmann como a grande força da categoria, além do Chico Lameirão, do Ricardo Mansur e do Benjamin Rangel. Mas claro, acabei torcendo pelo brasiliense sacana do carro #12. Havia também um Magrão bom de braço, vindo da querida Divisão 3. 
Por volta de 1976, Piquet dominando o campeonato brasileiro, com destino à Europa para novas conquistas, para quem torcer na então FVW1600? 
A lógica nos fez escolher o "Magrão" Alfredo Guaraná Menezes. Guaraná logo torou-se o substituto de Piquet na Equipe Gledson, fundada por Benjamin Rangel, vencendo magistralmente dois campeonatos brasileiros e participando das 24 Horas de Le Mans em 1978, num trio com Paulo Go-
mes e Marinho Amaral, obtendo uma belíssima sétima colocação, com o Porsche 935.
Perguntávamos na época: o que este homem ainda faz no Brasil? Seu lugar é no exterior, tentando vôos maiores, brilhando ao lado de Piquet. Entretanto, não podemos manipular as vidas das pessoas, mesmo as que admiramos. Nosso Magrão por aqui ficou. Venceu o campeonato brasileiro de F2-BR e os Mil Quilômetros de Brasília em 1982, com Aldo Pugliese e Paulo Valiengo. Atuou como chefe de equipe, ensinou a outros, como Helio Castro Neves, o tricampeão de Indianápolis, a sua arte de pilotagem. 
Realizou feitos importantes, escreveu seu nome entre os maiores do automobilismo e então nos deixou. 
Porém, sabemos que pessoas com essa dimensão, não desaparecem. Tem o dom de estarem sempre presentes, de correrem cada melhor. Pessoas que são...inesquecíveis, como Tazio Giorgio Nuvolari, Juan Manuel Fangio, Jim Clark, José Carlos Pace...e Alfredo Guaraná Menezes. Homens diferenciados. 
A eles, que tantas alegrias proporcionaram, nosso tributo. E ao grande Guaraná, que agora está entre eles, o nosso muito obrigado.

Caranguejo

terça-feira, 28 de março de 2017

FAUESC - Sob nova direção...

Avila, Bastos, Ferreirinha, Elcio, eu e o saudoso Manduca confabulamos nos boxes!


"Gostaríamos de agradecer o apoio que recebemos durante nossa campanha dos Clubes, pilotos e automobilistas de Santa Catarina e de todo o Brasil, bem como agradecer a FASP, na pessoa do Sr. Bastos, a FPrA, na pessoa do Sr. Gatti, a FGA, na pessoa do Sr. Carlos e também ao Milton Sperafico.
Temos um desafio gigantesco pela frente, que se agrava pelas condições financeiras em que recebemos a FAUESC, somada a crise pela qual o país atravessa, mas temos a certeza de que não faltará empenho e dedicação e fazer o melhor possível para que o automobilismo catarinense volte ao patamar em que já esteve e seja reconhecido nacional e até mundialmente como um celeiro de grandes pilotos".

Forte abraço, ALICA!

Francis Henrique Trennepohl














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Final do mês passado o Francis me liga "estou concorrendo como Vice Presidente na chapa de oposição na Federação de Sta Catarina gostaria de ter o apoio do Presidente da FASP  o Sr Bastos, você poderia conversar com ele?" 
Liguei de imediato na Federação e pedi à minha amiga Monica Figueiredo Soutto Mayor para avisar ao Bastos que ia conversar com ele.
Com meus amigos Bastos -  José Aloizio Cardozo Bastos - e Almyr - Almyr Vidal - contei à eles a situação e Bastos de pronto ofereceu seu apoio ao Francis e à chapa na qual ele concorria, liguei para meu amigo e os dois conversaram um longo tempo.
A vocês Bastos e Almyr meu muito obrigado pelo carinho, amizade e ao apoio dado à meu amigo e sua chapa, a você Francis amigo querido que consigam levar a Federação com a competência que nosso automobilismo necessita.
Às minha amigas Monica e Barbara, secretárias da FASP meu beijo carinhoso e à vocês Bastos, Almyr e Francis meu forte abraço e minha sincera amizade.

Rui Amaral Jr    





segunda-feira, 27 de março de 2017

ALFREDO GUARANÁ MENEZES ...

Chateau, Guaraná, Chico e Julio Caio.

...........  , Amigo RUI ,  lá se vai um dos grandes pilotos , ALFREDO GUARANÁ MENEZES .....!!!!!  Ótima pessoa , gentil no trato para com os outros , e rápido , muito rápido  em  autos velozes como foram os fórmulas SUPER V  1.6 . Bem agressivo e por vezes imprevisível  em suas manobras   , esse era ALFREDO GUARANÁ MENEZES . Contribuiu em muito para que a categoria fosse o que foi, a melhor até aos dias de hoje , sem sombra de duvida , até surgindo dela , um tri- campeão mundial , NELSON PIQUET , que muito teve este que arregaçar as mangas em batalhas com GUARANÁ ........!!!!!!!!


                                                    Que DEUS o receba, em sua NOVA JORNADA



                                                                          CHICO LAMEIRÃO

Guaraná


Guaraná nos deixou ontem, vai em paz amigo, à sua família meu carinho e pesar, meu e de toda comunidade do automobilismo que sempre teve por ele uma grande admiração como piloto e amigo sempre gentil. 

Rui Amaral Jr  

Com Ricardo Bifulco, Guaraná e João Carlos Bevilacqua. João e eu dividimo as pista com o grande campeão na década de 1970 no inicio de nossas carreira.  
Quatro grandes pilotos, quatro amigos queridos, Chateau, Guaraná, Chico Lameirão e Julio Caio.
Recebendo a homenagem na Câmara Municipal de São Paulo por sua participação na Divisão 3 dos vereadores Floriano Pesaro e Mario Covas Neto.
Com o VW D3 que dividiu com Luigi Giobbi nas Mil Milhas de 1973.