A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 18 de outubro de 2016

D3...


Lembro muito bem...tinha dezoito anos e havia estreado talvez um mes antes na D1, agora havia alugado aquele VW D3 da equipe do Pedro Victor pintado como todos carros da equipe e de sobra com o número que o campeão usava em seu Opala D3.
Quando vi o carro fiquei louco, aquelas rodas Scorro com  pneus Pirelli Cinturato 165/13 na dianteira e 185/13 na traseira, o banco concha o volante Fittipaldi e aquela usina de forção atrás com dois Weber 48 IDF e escamento quatro em um e o cambio uma Caixa 3 da MM.Talvez aquele motor tivesse uns 90/95hp e mais tarde pilotei com os mesmos motores de 1.600cc com cerca de 150hp.
No primeiro treino vesti o macacão e capacete, sentei naquele banco concha, atei o cinto abdominal e lá fui eu...acelerei para limpar aquela primeira muito longa ainda na saída dos boxes, saí dos boxes ainda em primeira olhando para ver se não vinha ninguém muito rápido na curva UM, naquela época a saída dos boxes era quase no ponto de tangencia da curva.
Segui na linha que demarcava a saída dos boxes já em segunda, sentindo a força daquele motorzinho e principalmente aque cambio onde uma marcha era muito perto da outra.
O contagiros não funcionava e o Pedro havia me dito para trocar as marchas de ouvido, era apenas minha segunda corrida mas já sabia quando um motor chegava ao seu limite...segunda, terceira e já estava no começo do Retão para logo em seguida enfiar a quarta o carrinho acelerando sempre...
Era muito diferente de tudo que havia guiado até então, mesmo com os freios de tambores freava lá dentro na curva Três...entrava na Ferradura acelerando para na segunda perna reduzir de quarta para segunda a mesma coisa que fazia na curva do Sargento...enfiar a primeira na entrada da curva do S e já fazer o Pinheirinho em seugunda...terceira na saída dele e novamente primeira na entrada do Bico de Pato...

É eu me lembro muito bem...

Aos meus amigos Caíto Telles preparador da euipe e Tito que reproduziu o carro do qual não tenho nenhuma foto. 

Rui Amaral Jr

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

D50 Streamliner


Em 1955, antes da "doação" ao Enzo das fantásticas D-50, a Lancia produziu o seu projeto "Streamliner". Era a Mercedes-Benz lançando moda. Depois, a Ferrari redefiniu o projeto e inscreveu o carro no GP da França/56, com Alfonso de Portago. Antes, com Eugenio Castellot-
ti ao volante, a Ferrari Streamliner já se mostrava sensível demais a ventos laterais. 
Mais tarde, a Ferrari descobriu que removendo a carenagem traseira melhorava a performance, mas não era melhor que a D-50 "normal".

Ao que parece, só correu com Fon de Portago.

Caranguejo

P.S. A dica veio do Gerson Vendramini.




 Castellotti em Reims 1956

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Abaixo o link para um post que escrevi sobre a criação de Vittório Jano para a Lancia que após todos acontecimentos "virou" a Ferrari D50 que deu o titulo mundial de 1956 ao grande Juan Manuel Fangio...


Rui Amaral Jr

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Conta Chico...

.............1974, lá se vão 42 anos, muito tempo.......!!!!!!! INTERLAGOS, AINDA o VERDADEIRO, com a turma que iniciou a melhor categoria  do BRASIL, ATÉ A PRESENTE DATA,  a SUPER V  1.6 ........!!!!!!!! Todos aí """" mandavam ver """" sem excepção, a diferença poderia estar na preparação dos motores pois era o início da categoria, isso é normal  o aprendizado .....!!!!!!  Alguns desta foto  já não estão mais entre nós , este é o curso natural da vida: 

               MILTON AMARAL, JOSÉ PEDRO CHATEUBRIAN de MELLO , que DEUS os tenha ....!!!!!!!!!!


Abraço Chico Lameirão

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Comentário do Chico no post do Caranguejo, resolvi fazer um post só para o comentário e foto e dedicar aos amigos que com a graça de Deus ainda estão entre nós e são tantos, à cada um meu forte abraço. 
O post do comentário "Juca"...me parece que conheço o personagem!

Abração Chico.

Rui Amaral Jr

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Juca...

Vencendo com o Puma

 Juca nasceu no Rio de Janeiro, o que o fez alegre e bonachão, contanto que nao lhe pisassem nos calos. De espírito inovador  e visionário, costumava ir à praia em companhia de seus pais, montado a cavalo. Inquieto, nosso amigo demonstrou interesse por esportes. Gostava de futebol, mas acabou optando pela adrenalina máxima do esporte a motor: Juca tornou-se piloto de automóveis. Seus primeiros carros foram o Puma das provas de Turismo, passando depois ao Heve da Divisão 4. Bons resultados o animaram a seguir em frente e Juca logo embarcou para a Europa, buscando dessa forma a evolução de sua carreira. Acompanhou-o na ocasião, Antonio Ferreirinha, criador de carros de competição. Na Inglaterra porém, deparou-se com um dilema: as corridas no Brasil estavam em tal estágio de atraso, que Juca logo pensou em como seria importante retornar e empregar em seu país o que aprendera no exterior. Voltando, pensou em antes de mais nada, criar uma marca pessoal, através da qual pudesse tornar-se conhecido.

Polar Divisão 4.
Bisbilhotando 

Admirado com a plasticidade da arte do Custom Painter Sid Mosca, Juca foi o primeiro a confiar-lhe a pintura de seu capacete, dando início a um hábito que logo se disseminou entre pilotos brasileiros.
Em que pese sua atenção estar voltada para os monopostos da mais recente categoria nacional, a Fórmula Super Vê, chegou a voltar aos Turismos e participou dos 1.000 Km de Brasília em um Ford Maverick, em dupla com um famoso cantor nacional. Aliás, Juca só topou a empreitada, quando descobriu que o artista havia sido o autor do tema "Mil Milhas", da novela "Véu de Noiva", folhetim da Rede Globo que tinha por cenário as corridas de automóveis. Motivado pela Fórmula Super Vê, partiu para outro de seus projetos inovadores, criar a maior equipe da categoria, com patrocínio master da Gledson e três carros. Peter Schultz Wenk, além do próprio Juca e um cidadão chamado Nelson Piquet.


Com Nelson e a piloto carioca Danusa Palhares.
O pessoal da Super Ve.

À esta altura, Juca estava satisfeito. Ele sentia que um daqueles três pilotos da equipe iria longe e daria grandes alegrias ao país, mas e ele?
Acreditava que haviam novos desafios. Tornar-se um bom marido, um bom pai e mais tarde, bom avô. Era chegado o tempo de conquistar o seu maior troféu, uma família. Hoje em dia, instalado nas areias de Ipanema, nosso piloto sente que foi um empreendedor, um lançador de paradigmas e homem adiante de seu tempo. Viaja ao exterior e desfruta a companhia de sua simpática família e de seu cão fiel. E ainda arranja tempo para ficar zoando com os titulares de Blogs e contando piadas sobre gaúchos, para gaúchos.

Caranguejo

Juca é um bom amigo.Quando tenho a oportunidade de comunicar-me com ele,
temos longas conversas sobre a doutrina espirita.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

"El Nigher" vence em Pescara...

Corpo avantajado e tez escura, Giuseppe Campari foi um dos grandes nomes do automobilismo europeu, na foto com sua Alfa Romeo P2 e sua equipe de mecânicos da Scuderia Ferrari após a vitória de 1928 na Coppa Acerbo, venceu a copa ainda em 1927 e 1931 sempre de Alfa Romeo.
Começou sua carreira como mecânico de competições e acompanhante na Alfa Romeo, tempos depois já estava pilotando...à partir de 1920 começou à vencer e vencer, se rivalizando com os grandes da época como, Tazio Nuvolari, Antonio Ascari, Achille Varzi, Gigi Vilorezi e tantos outros.
No filme "Amarcord" de Fellini mostra sua passagem pela cidade de Rimini, provavelmente em uma das duas Mille Miglia que venceu em 1928/29. 1928 pilotando a Alfa Romeo 6C 1.500 SS Spyder Zagato e 1929 a Alfa Romeo 6C 1.750 Spyder Zagato, em ambas tendo como assistente o grande mecânico Giulio Ramponi.
Perdeu a vida em Monza no ano de 1933 numa corrida logo após o GP Monza. Na primeira volta sua Alfa pegou uma mancha de óleo na Curva Sul, saiu da pista morrendo Campari imediatamente.
Este foi apenas um pequeno apanhado da vida deste grande piloto, o Caranguejo e eu sempre combinamos em contar mais de sua vida e vitórias, quem sabe um dia...


Aos grandes pilotos de todas as épocas e aos meus amigos Paulão, Edwin e meu sócio Caranguejo.

Rui Amaral Jr






"El Nigher" vence em Pescara...

Corpo avantajado e tez escura Giuseppe Campari foi um dos grandes nomes do automobilismo europeu, na foto com sua Alfa Romeo P2 e sua equipe de mecânicos da Scuderia Ferrari após a vitória de 1928 na Coppa Acerbo, venceu a copa ainda em 1927 e 1931 sempre de Alfa Romeo.
Começou sua carreira como mecânico de competições e acompanhante na Alfa Romeo e tempos depois já estava pilotando...à partir de 1920 começou à vencer e vencer se rivalizando com os grandes da época como, Tazio Nuvolari, Antonio Ascari, Achille Varzi e tantos outros.
No filme "Amarcord" de Fellini mostra sua passagem pela cidade de Rimini, provavelmente em uma das duas Mille Miglia que venceu em 1928/29, em 1928 pilotando a Alfa Romeo 6C 1.500 SS Spyder Zagato e 1929 a Alfa Romeo 6C 1.750 Spyder Zagato em ambas tendo como assistente o grande mecânico Giulio Ramponi.
Perdeu a vida em Monza no ano de 1933 numa corrida logo após o GP Monza. Na primeira volta sua Alfa pegou uma mancha de óleo na Curva Sul e saiu da pista morrendo Campari imediatamente.
Este foi apenas um pequeno apanhado da vida deste grande piloto, o Caranguejo e eu sempre conversamos em contar mais de sua vida e vitórias, quem sabe um dia...


Aos grandes pilotos de todas as épocas e aos meus amigos Paulão, Edwin e meu sócio Caranguejo.

Rui Amaral Jr






quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Quem, quando, onde?

A foto recebi de meu amigo Paulo Delavigne, um dos personagens já foi citado várias vezes aqui pelo Caranguejo ou por mim...obviamente pilotavam para a equipe Alfa de Don Enzo Ferrari! 

  

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Porsche 908 1.000 KM de Nurburgring 1968 Jo Siffert e Vic Elford

O 908 de Seppy Siffert e Vic Elford voa para vitória!

1968 a Porsche lança o fabuloso 908, apesar do começo dificil neste mesmo ano vence os 1.000 KM de Nurburgring com a dupla Jo Siffert/Vic Elford, na foto voando para vitória.
Em 68 a FIA anuncia o novo regulamento para carros do grupo 6 Protótipos que usaria motores de no máximo 3.000cc.
Assim nascia o 908 com chassi tubular motor de 3 litros boxer com duas válvulas por cilindro que apesar da concepção conservadora garantia 350hp para um peso liquido de 650 kg.A versão de 68 era fechada o 908 LH ou como prefiro chamar "coda lunga".
À partir de 1969 a Porsche lança o 908/2 conversivél e com cerca de 100 kg à menos, um carro colecionador de vitórias nas mãos de grandes pilotos pelo mundo afora. No Brasil Mestre Luiz Pereira Bueno tocou um com sua  maestria habitual primeiro pela Equipe Z depois transformada em Hoolywwod.
Lembro de Luiz me contando sobre o carro e como com todos Porsches de clientes a fábrica fazia uma revisão do motor à cada 50 horas de uso, ocasião em que Luiz e Tite Catapanni aproveitaram e correram na Austria uma corrida do mundial.

A maravilhosa "coda lunga"! Com este carro Hans Herrmann/Gérard Larrousse em 1969 quase venceram as 24 Horas de Le Mans chegando apenas 100 e poucos metros atrás do Ford GT40 de Jacky Ickx/Jackie Oliver.

Caro Walter, eis o 908/2 com que Jochen Rindt correu os 1.000 KM de Buenos Aires em 1970 com Alex Soler Roig.

Mestre Luiz
Tive a honra de assistir a primeira corrida de Luiz com o 908/2 da Equipe Z em Interlagos, quando largando da última fila chegou na curva "Um" na ponta, meu irmão Paulo me contava que seu amigo Walter sócio de Luiz e Anísio Campos na Equipe Z quase teve um ataque cardíaco na ocasião! 

  500 KM de Interlagos 1972, Luiz com o 908/2 já da Equipe Hoolywood vem à frente de Reinold Joest com o 908/3 um carro bem mais avançado...essa também tive a honra de ver de perto! 

O parceiro de Luiz na corrida de Zeltweg Tite Catapani à frente de Ronnie Peterson na Ferrari 312P, quando o Porsche foi fazer a revisão na fábrica. Um dia ainda conto sobre esta corrida!

Rui Amaral Jr


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Quem, onde, como?


Na foto postada por meu amigo Biju Rangel no Face um ícone, o Porsche 908 eternizado por entre tantos grandes pilotos por Luiz Pereira Bueno, na foto o carro que tinha 3 litros e venceu  mesmo largando do 27º lugar os monstros da Ford. A pole nesta corrida foi de outro Porsche, um 907 com apenas 2.200cc.

O GT40 3º colocado.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Danilo Julio Afornali por Ari Moro


"Se considerarmos que esse cidadão lida com mecânica de motocicletas há nada menos que 53 anos, período durante o qual foi mecânico, preparador e piloto, podemos afirmar tranquilamente que ele - Danilo Julio Afornali, curitibano do Bigorrilho, sete vezes Campeão Paranaense de Motociclismo entre 1959 e 1971 - é um "Doutor em Motos". Quem visita sua "clínica de motores", agora no bairro de Santa Felicidade, pode notar, nas paredes, as marcas da sua trajetória motociclística em forma de troféus, diplomas, certificados e fotografias de corridas esquecidas no tempo e, no seu peito e braços, as marcas deixadas por um cabo de aço, fruto de acidente. Lá está ele, cigarro pendendo dos lábios, trabalhando ainda com as motos.
Filho de Paschoal e Lucietta Gans Afornali, Danilo começou a lidar com motocicletas em 1950, com 15 anos de idade, quando seu pai adquiriu uma CZ deste mesmo ano. "Minha primeira corrida de moto - conta Danilo - foi na pista de terra do Itaim, na cidade de JoinvillejSC, com uma CZ pertencente ao curitibano Boguslavo Sunn e preparada por nós dois no porão da casa onde ele moravá. Fiz terceiro lugar depois que a bóia do reservatório de gasolina do carburador furou. Era difícil ganhar dos catarinenses naquela pista, mas, fiquei animado com o resultado obtido e comecei a acreditar em mim mesmo."
Quem não se lembra da pista oval de corrida de cavalos do Jockey Club no bairro do Prado Velho, que depois foi transformada em pista de corrida de motos, em Curitiba? Numa corrida ali, com uma BSA 500 Twin pertencente a Manoel de Alencar Guimarães (Noel), Danilo fez segundo lugar, chegando em primeiro Ferdinando Batschoven, com uma Triumph 500. Na pista de Interlagos, em São PaulojSP, em 1971, Danilo participou das 500 Milhas com uma Ducatti 350, fazendo quinto lugar.
Ainda em Interlagos, na saudosa época das corridas de lambretas (reunindo marcas tais como Lambretta, Vespa, Iso) Danilo participou de uma prova com duas horas de duração, pelo antigo traçado de 8 quilometros de distância. Sua lambreta, carenada, havia pertencido aos famosos irmãos Gualtiero e Paolo Tognochi, tidos como os maiores cobras brasileiros da época no preparo dessas máquinas de 150cc. Danilo saiu na frente de mais de 30 competidores e assim permaneceu até quase o final da corrida, quando, no final da grande reta oposta de Interlagos, furou um pneu e levou um tombo, desistindo.
É bom lembrar que essa lambreta, com rodas, chassi, tanque de combustível, tudo feito em São Paulo/SP, foi recordista de velocidade na pista de Interlagos/SP. Com ela, Gualtiero Tognochi venceu a inesquecível corrida de lambretas entre Curitiba e Ponta Grossa.


O preparo de máquinas para outros pilotos, entre eles Ubiratan Rios, que foi duas vezes Campeão Brasileiro de Motociclismo e uma vice-campeão, sempre foi uma especialidade de Danilo. Em 1982, preparou uma Yamaha TZ 350 (máquina do então campeonato mundial de motociclismo categoria 350) para Bira correr e foi com ele à Argentina participar de prova do mundial. Fizeram nono lugar entre 33 pilotos e Bira terminou a prova com a embreagem danificada.

"A corrida que lembro com mais saudade e emoção - fala Danilo - foi aquela em que, pela primeira vez, um paranaense conseguiu vencer os catarinenses na pista do Itaim, em Joinville. Eles eram imbatíveis lá. Foi em 1962, quando preparei e pilotei uma HRD Vincent 1000cc."
Danilo sempre participou de grandes provas. Em 1976, juntamente com Ubiratan Rios, o conhecido Az do Motociclismo brasileiro Bira, colocou na pista de terra de Joinville uma Yamaha RS 125cc com kit de competição, participando de uma prova de 6 horas de duração. "Fizeram uma sacanagem para nós - conta ele - pois, até 10 minutos antes do término da prova estávamos em primeiro lugar. Daí para a frente os fiscais de pista "se perderam" na contagem das voltas e acabaram por nos classificar em terceiro lugar, dando o segundo ao catarinense Lucílio Baumer, que não aceitou, dizendo que só aceitaria se eu e Bira fossemos considerados os vencedores. " Essa foi a sua derradeira corrida .



Praticamente todas as máquinas antigas existentes no Brasil passaram pelas mãos de Danilo: Ducatti, HRD, Triumph, BSA, Indian, CZ e outras. Como todo verdadeiro motociclista tem uma história triste para contar, Danilo também tem a sua. Em 1967, no Dia das Mães, pegou sua HRD Vincent 1000cc bicilíndrica e foi dar uma volta na Rodovia do Café. Pouco antes do Parque Barigui, em frente a um posto de combustível, notou um caminhão FNM da cidade de Toledo/PR de um lado da pista e outro no pátio do posto. Diminuiu um pouco a velocidade e foi se aproximando, pensando que um caminhão deveria estar manobrando para entrar no pátio do posto e que o outro estava saindo do estabelecimento. No entanto, vendo que os caminhões não se movimentavam, achou que os motoristas dos veículos estavam esperando que ele passasse. Acelerou novamente a HRD e quando praticamente não havia tempo para mais nada, apavoradamente viu que havia um cabo de aço esticado por sobre a pista, unindo os caminhões. "Meu único reflexo foi cortar o acelerador. O cabo atingiu-me no peito e braços e por milagre não subiu, pois, caso contrário eu teria sido degolado. Fui arremessado a distância e a motocicleta seguiu em frente desgovemada, tombando de lado na altura da ponte do rio Barigui. Hospitalizado, Danilo recuperou-se mas, as marcas do acidente ele as carrega até hoje.
Sua primeira oficina mecânica foi montada em 1958, no Bigorrilho, num terreno próximo onde hoje está a Igreja dos Passarinhos. Embora tenha boas lembranças do seu tempo de piloto, Danilo diz que o seu trabalho como mecânico profissional de motocicletas não proporcionou muita compensação. "Um piloto de motos tem que gostar mesmo do metier e ter coragem. Pilotar motocicleta não é para qualquer um".
Casado com a senhora Marisa Rangel Afomalli, Danilo tem três filhos: Marco Aurélio, Marcia Regina e Marcelo Eduardo. Ele é, na verdade, além de famoso preparador de motores de competição, um dos mais importantes pilotos de motocicleta, ao lado de Ubiratan Rios e Nivanor Benardi, que o Paraná já teve. Seu nome está marcado com destaque numa página do livro que conta a história do motociclismo de competição brasileiro. " Ari Moro

Dos exemplares do jornal "CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" que o jornalista Ari Moro me presenteou , retiro várias pérolas escritas por ele . Ari que escreve sôbre automobilismo , motociclismo , aviação etc etc sempre com a mesma emoção e personalidade . Leio e releio sempre seus artigos , tentando tirar proveito de suas verdadeiras aulas de jornalismo .

"CHEIRO DE CANO DE ESCAPE" nº 07 Agosto de 2003

Obrigado Ari e um abraço .

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Hoje meu amigo Marcelo Afornali homenageou seu pai Danilo no Facebook quando ele completaria 81 anos, então volto à postar o texto de meu amigo Ari Moro de sete anos atrás e com ele volto à homenagear o grande Danilo, o não menos grande Ari e meu amigo Marcelo nosso grande restaurador dos karts que fizeram tantos campeões e história e a seu parceiro em tantas empreitadas meu amigo Claudio Zarantonello.

Um abração Marcelo e Claudinho!

"Quem herda aos seus não degenera!"...Marcelo vindo de lado numa tomada de curva...
  

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

500 KM de São Paulo 2016 Vello Cità

Eternizadas por Luiz Pereira Bueno, Bird Clemente e tantos outros grandes pilotos lá estavam elas para prestigiar o espetáculo! Foto Marcelo Freitas.

Uma bela festa...foi assim o domingo no Vello Cità, nesta quarta edição da prova promovida pelo ACP - Automóvel Club Paulista - com Sylvio Zambello ao comando, na pista o grid com mais de trinta carros era a garantia de bons pegas e para nós os "velhinhos" uma homenagem carinhosa.
Parabéns Sylvio, Monica, Priscila e à todo pessoal do ACP. 

Rui Amaral Jr

Os "velhinhos", nesta pose centenas de títulos, milhares de vitórias e Historia com H maiúsculo!
Bird e a Mark I, juntos fizeram historia! 
Angi Munhos, Ronaldão Nazar, Bird Clemente, Fritz Jordan e Walter Hann.
Fritz com vontade de acelerar!
Stenio, eu, Arturão Fernandes, Don Wagner Gonzalez e Claudio Cavallini.
Com Monica Figueiredo Soutto Mayor...obrigado Monica!
Sylvio Zambello com João Lemos e Edgar Efeiche, parabéns Sylvio!

500 KM
Largada...o MRX já toma a ponta...
 Henrique Assunção/Fernando Fortes/Emilio Padron
Tiel de Andrade/Franco Pasquale
Mauro Kern/Paulo Souza
Fernando Monis e Heitor Luciano Nogueira Filho vinham bem com o Espron BMW, um pistão travado da pinça de freio dianteira gastou a pastilha de freio e uma troca os fez perderem 13 minutos nos boxes.  
 A Mercedes Benz E320 preparada por Caíto e Rodrigo Telles em duas semanas fez bonito terminando a prova.


MRX #75 vence 32ª edição dos 500 Km de São Paulo

Trio formado por Henrique Assunção, Fernando Fortes e Emílio Padrón tomou a liderança na 16ª volta, e seguiu para garantir a vitória no Velo Città

O MRX #75 pilotado por Henrique Assunção, Fernando Fortes e Emílio Padrón venceu neste domingo (18) a 32ª edição dos 500 Km de São Paulo, prova disputada no Velo Città, em Mogi Guaçu (SP), e válida pelo Campeonato Brasileiro de Endurance. O trio, que largou da pole position após dominar os treinos livres, teve uma largada ruim, mas recuperou a primeira posição na 16ª das 146 voltas de corrida, garantindo a vitória no interior paulista.

A segunda colocação ficou com o Tubarão pilotado por Tiel de Andrade e Franco Pasquale, distante duas voltas dos vencedores. Mauro Kern e Paulo Souza, com outro protótipo preparado pela equipe Tubarão, terminou em terceiro, seguido por Fernando Ohashi, Pedro Serrano e Emílio Padron, com um Protótipo IR. O grupo dos cinco melhores ainda contou com o Mitsubishi Lancer de Duda Pamplona, Leandro de Almeida e Guilherme Spinelli.

"A sensação de conquistar uma vitória é a melhor possível. Em uma prova de Endurance você precisa usar a cabeça, e não disputar freada, pois a corrida é de resistência. Estou muito orgulhoso dos meus parceiros, e do final de semana que nós tivemos", comentou Fortes, responsável por fechar a corrida para o trio do MRX vencedor da prova.

"Fazer parte da história de uma prova como os 500 Km de São Paulo é indescritível. Tenho que agradecer aos meus dois parceiros, que são maravilhosos", disse Henrique Assunção, que além de piloto, preside a Associação de Pilotos de Endurance. 

"Hoje deu tudo certo. Tenho que agradecer a equipe pelo trabalho feito nos dois carros em que pilotei", completou Padrón, que além da vitória geral e na classe GP1, venceu também na classe P3, além de triunfar nas duas corridas da Fórmula 1600, categoria que também realizou provas no Velo Città.

O Campeonato Brasileiro de Endurance terá sua etapa final com a disputa das 500 Milhas de Londrina, marcada para o dia 26 de novembro no Autódromo Internacional Ayrton Senna.

Confira o resultado final da 32ª edição dos 500 Km de São Paulo:
1º - (75) Henrique Assunção/Fernando Fortes/Emílio Padron (MRX) - 146 voltas em 4h06min16s720
2º - (78) Tiel de Andrade/Franco Pasquale (Tubarão) - a 2 voltas
3º - (32) Mauro Kern/Paulo Souza (Tubarão) - a 5 voltas
4º - (76) Fernando Ohashi/Emílio Padron/Pedro Serrano (Protótipo IR) - a 5 voltas
5º - (15) Duda Pamplona/Leandro de Almeida/Guilherme Spinelli (Mitsubishi Lancer) - a 7 voltas
6º - (46) Robbi Peres/José Córdova/Marcos Ramos - a 9 voltas
7º - (64) Henry Visconde/Marcio Basso (BMW) - a 12 voltas
8º - (72) Carlos Antunes/Yuri Antunes/Joon Park (MRX) - a 19 voltas
9º - (73) Jorge Machado/Leandro Totti - a 21 voltas
10º - (31) Paulo Plutarcho/Davi Plutarcho - a 23 voltas
11º - (3) Cali Crestani/Claudio Ricci - a 24 voltas
12º - (2) Fernando Monis/Heitor Nogueira - 25 voltas
13º - (33) José Tinoco/Vander Penques/Marcelo Karam - a 26 voltas
14º - (41) João Lemos/Fábio Escorpioni/Maurinho (MRX) - 32 voltas
15º - (90) José Curado/Eric Darwich/Eduardo Rímoli (Mercedes) - a 33 voltas
16º - (7) Aldoir Sette/Marcelo Campagnolo/Carlos Brockweld (MRX) - a 34 voltas
17º - (0111) Gustavo Dal Bosco/Fabiano Kratina (Tornado) - a 45 voltas
18º - (111) Gustavo Dal Bosco/Fabiano Kratina (Golf) - a 45 voltas
19º - (71) Ian Ely/Daniel Claudino (MCR) - a 63 voltas
20º - (35) Jair Bana/Duda Bana - a 64 voltas
21º - (77) Edras Soares/Djalma Fogaça/Francis Piedade (Vectra) - a 90 voltas
22º - (25) Ney Faustini/Ney de Sá Faustini (Cobalt) - a 94 voltas
23º - (80) Alexandre Finardi/Nelson Silva Jr. (MRX) - a 94 voltas
24º - (5) Julio Martini/Marcelo Vianna (Tubarão) - a 107 voltas
25º - (47) Juarez Soares/Esdras Soares/Edras Soares (Spyder) - a 135 voltas
26º - (913) Sílvio Zambello/Carlos Estites - 142 voltas




Fotos:Claudio Kolodziej, Vinicius Ferraz