A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 18 de outubro de 2016

D3...


Lembro muito bem...tinha dezoito anos e havia estreado talvez um mes antes na D1, agora havia alugado aquele VW D3 da equipe do Pedro Victor pintado como todos carros da equipe e de sobra com o número que o campeão usava em seu Opala D3.
Quando vi o carro fiquei louco, aquelas rodas Scorro com  pneus Pirelli Cinturato 165/13 na dianteira e 185/13 na traseira, o banco concha o volante Fittipaldi e aquela usina de forção atrás com dois Weber 48 IDF e escamento quatro em um e o cambio uma Caixa 3 da MM.Talvez aquele motor tivesse uns 90/95hp e mais tarde pilotei com os mesmos motores de 1.600cc com cerca de 150hp.
No primeiro treino vesti o macacão e capacete, sentei naquele banco concha, atei o cinto abdominal e lá fui eu...acelerei para limpar aquela primeira muito longa ainda na saída dos boxes, saí dos boxes ainda em primeira olhando para ver se não vinha ninguém muito rápido na curva UM, naquela época a saída dos boxes era quase no ponto de tangencia da curva.
Segui na linha que demarcava a saída dos boxes já em segunda, sentindo a força daquele motorzinho e principalmente aque cambio onde uma marcha era muito perto da outra.
O contagiros não funcionava e o Pedro havia me dito para trocar as marchas de ouvido, era apenas minha segunda corrida mas já sabia quando um motor chegava ao seu limite...segunda, terceira e já estava no começo do Retão para logo em seguida enfiar a quarta o carrinho acelerando sempre...
Era muito diferente de tudo que havia guiado até então, mesmo com os freios de tambores freava lá dentro na curva Três...entrava na Ferradura acelerando para na segunda perna reduzir de quarta para segunda a mesma coisa que fazia na curva do Sargento...enfiar a primeira na entrada da curva do S e já fazer o Pinheirinho em seugunda...terceira na saída dele e novamente primeira na entrada do Bico de Pato...

É eu me lembro muito bem...

Aos meus amigos Caíto Telles preparador da euipe e Tito que reproduziu o carro do qual não tenho nenhuma foto. 

Rui Amaral Jr

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

D50 Streamliner


Em 1955, antes da "doação" ao Enzo das fantásticas D-50, a Lancia produziu o seu projeto "Streamliner". Era a Mercedes-Benz lançando moda. Depois, a Ferrari redefiniu o projeto e inscreveu o carro no GP da França/56, com Alfonso de Portago. Antes, com Eugenio Castellot-
ti ao volante, a Ferrari Streamliner já se mostrava sensível demais a ventos laterais. 
Mais tarde, a Ferrari descobriu que removendo a carenagem traseira melhorava a performance, mas não era melhor que a D-50 "normal".

Ao que parece, só correu com Fon de Portago.

Caranguejo

P.S. A dica veio do Gerson Vendramini.




 Castellotti em Reims 1956

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Abaixo o link para um post que escrevi sobre a criação de Vittório Jano para a Lancia que após todos acontecimentos "virou" a Ferrari D50 que deu o titulo mundial de 1956 ao grande Juan Manuel Fangio...


Rui Amaral Jr

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Conta Chico...

.............1974, lá se vão 42 anos, muito tempo.......!!!!!!! INTERLAGOS, AINDA o VERDADEIRO, com a turma que iniciou a melhor categoria  do BRASIL, ATÉ A PRESENTE DATA,  a SUPER V  1.6 ........!!!!!!!! Todos aí """" mandavam ver """" sem excepção, a diferença poderia estar na preparação dos motores pois era o início da categoria, isso é normal  o aprendizado .....!!!!!!  Alguns desta foto  já não estão mais entre nós , este é o curso natural da vida: 

               MILTON AMARAL, JOSÉ PEDRO CHATEUBRIAN de MELLO , que DEUS os tenha ....!!!!!!!!!!


Abraço Chico Lameirão

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Comentário do Chico no post do Caranguejo, resolvi fazer um post só para o comentário e foto e dedicar aos amigos que com a graça de Deus ainda estão entre nós e são tantos, à cada um meu forte abraço. 
O post do comentário "Juca"...me parece que conheço o personagem!

Abração Chico.

Rui Amaral Jr

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Juca...

Vencendo com o Puma

 Juca nasceu no Rio de Janeiro, o que o fez alegre e bonachão, contanto que nao lhe pisassem nos calos. De espírito inovador  e visionário, costumava ir à praia em companhia de seus pais, montado a cavalo. Inquieto, nosso amigo demonstrou interesse por esportes. Gostava de futebol, mas acabou optando pela adrenalina máxima do esporte a motor: Juca tornou-se piloto de automóveis. Seus primeiros carros foram o Puma das provas de Turismo, passando depois ao Heve da Divisão 4. Bons resultados o animaram a seguir em frente e Juca logo embarcou para a Europa, buscando dessa forma a evolução de sua carreira. Acompanhou-o na ocasião, Antonio Ferreirinha, criador de carros de competição. Na Inglaterra porém, deparou-se com um dilema: as corridas no Brasil estavam em tal estágio de atraso, que Juca logo pensou em como seria importante retornar e empregar em seu país o que aprendera no exterior. Voltando, pensou em antes de mais nada, criar uma marca pessoal, através da qual pudesse tornar-se conhecido.

Polar Divisão 4.
Bisbilhotando 

Admirado com a plasticidade da arte do Custom Painter Sid Mosca, Juca foi o primeiro a confiar-lhe a pintura de seu capacete, dando início a um hábito que logo se disseminou entre pilotos brasileiros.
Em que pese sua atenção estar voltada para os monopostos da mais recente categoria nacional, a Fórmula Super Vê, chegou a voltar aos Turismos e participou dos 1.000 Km de Brasília em um Ford Maverick, em dupla com um famoso cantor nacional. Aliás, Juca só topou a empreitada, quando descobriu que o artista havia sido o autor do tema "Mil Milhas", da novela "Véu de Noiva", folhetim da Rede Globo que tinha por cenário as corridas de automóveis. Motivado pela Fórmula Super Vê, partiu para outro de seus projetos inovadores, criar a maior equipe da categoria, com patrocínio master da Gledson e três carros. Peter Schultz Wenk, além do próprio Juca e um cidadão chamado Nelson Piquet.


Com Nelson e a piloto carioca Danusa Palhares.
O pessoal da Super Ve.

À esta altura, Juca estava satisfeito. Ele sentia que um daqueles três pilotos da equipe iria longe e daria grandes alegrias ao país, mas e ele?
Acreditava que haviam novos desafios. Tornar-se um bom marido, um bom pai e mais tarde, bom avô. Era chegado o tempo de conquistar o seu maior troféu, uma família. Hoje em dia, instalado nas areias de Ipanema, nosso piloto sente que foi um empreendedor, um lançador de paradigmas e homem adiante de seu tempo. Viaja ao exterior e desfruta a companhia de sua simpática família e de seu cão fiel. E ainda arranja tempo para ficar zoando com os titulares de Blogs e contando piadas sobre gaúchos, para gaúchos.

Caranguejo

Juca é um bom amigo.Quando tenho a oportunidade de comunicar-me com ele,
temos longas conversas sobre a doutrina espirita.