A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

domingo, 9 de junho de 2013

Revista Ilustrada - Junho 2013

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Bino

 Bino vencendo em Interlagos com o Porsche 550 Spyder...
e com seu Chico Landi vencendo as Mil Milhas Brasileiras de 1960 de JK...
 Seu Alpine M 63 com duas faixas, verde e amarela, preparado para as 24 H de Le Mans 1963...

Um pioneiro, um piloto que mesmo distante, queria afirmar que estava correndo pela sua terra, pelo seu país, e que merece ser laureado agora que estamos completando 50 anos de sua morte. 
Podemos destacar que a primeira Le Mans do Bino Heins foi em 1959, quando ele fez dupla com Carel Godin de Beaufort num Porsche 718 RSK e completaram 186 voltas, ficando em 21º lugar.
Antes dele nosso representante nessa competição era o Nano da Silva Ramos,
que participou com diversos carros. 
Para homenageá-lo, Wilson batizou seu filho de Christian.

Caranguejo


O Alpine de Bino/Rosinski, o Sunbean Alpine #33 de Peter Harper/Peter Procter, e a Ferrari 250 GTO de Pierre Dumay/"Erdé" quarta colocada na geral... 
À frente a Ferrari 250P #22 de Humberto Magioli/Mike Parkes, terceira colocada na geral...
O Alpine de Bino...

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Largada dos 500 KM de Interlagos 1961, no Porsche 550 Spider que fora do Bino meu irmão Paulo correndo em dupla com Luciano Mioso ia largar, chovia e os dois estavam um pouco assustados. Bino chega para o Paulo, que largou, e diz "com este carro e neste tempo eu venceria!"
Eles chegaram em 6º lugar na geral e 1º na categoria até 2.000.
Meu amigo Caranguejo já sabe de muito o que lhes contei agora, meu irmão sempre repetia e contava a mesma história.
Bino foi um piloto muito rápido, não o vi correr mas alguns amigos meus que também foram dele comprovam, e acima de tudo sempre procurou o lugar mais alto do podium!

Rui


quinta-feira, 6 de junho de 2013

24 Heures du Mans 1963 por Charger Le Mans

#51 René Bonnet Aérodjet LM6 de Roger Masson/Pierre Monneret



O motor do  Aston-Martin P212 que estava sendo pilotado pela lenda Bruce McLaren, "explodiu" jogando óleo sobre a pista ((Hunaudières)) e alguns minutos depois vinha Mike Salmon e com a sua Ferrari 330 e Bob Grossman em uma Jaguar XKE, que conseguira dominar os carros, apesar da grande quantidade de oleo, depois o Aston Martin do modelo DB4 GTZ de Dewez não conseguiu e ele e Roy Salvadori no Jaguar XKE se colidiram. O Jaguar de Salvadori explodiu em chamas e ele teve a sorte de ser jogado fora do carro.

O jovem Jean-Pierre Manzon de René Bonnet colidiu com Jaguar do Salvadori, jogado fora do carro ficou gravemente ferido. Então chegou o brasileiro Bino Heinz, à mais de 220 kph em seu Alpine A210 M63 e colidiu com os destroços que lá estavam e ele ficou  preso nos destroços queimando e infelizmente, perder a sua vida.

Charger Le Mans

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# 8 Aston Martin DB4 de Bruce McLaren/Innes Ireland
#51 René Bonnet Aérodjet LM6 de Roger Masson/Pierre Monneret
Alpine M63 de Piero Frescobaldi/René Richard da equipe Alpine e igual ao carro pilotado por Christian "Bino" Heins/José Rosinski

terça-feira, 4 de junho de 2013

Fala Pedro...

Caro amigo Rui, já faz tempo que não lhe escrevo nada, não somente pela falta de tempo mas principalmente pela indignação de tantos absurdos que tenho visto e acompanhado neste Pais, o que me desmotiva de lançar minha opinião e minhas palavras de consolo, porem  como todos já sabem não sou jornalista, nem redator, nem comentarista, mas sou sim um esportista escandalizado com tantas banalidades que tenho visto atualmente. Mesmo assim com toda essa decepção vou relatar aqui alguns fatos que me deixam chocado com tanto descaso.
Raramente se vê pela mídia televisiva algum piloto de competição ser entrevistado em talks show ou qualquer outro programa de entrevistas, agora quando se trata de um jogador de futebol tem até edição extra com interrupções para flashes instantâneos. Recentemente tivemos a vitória de um brasileiro na mais sensacional e fantástica corrida de automóvel do mundo, as 500 Milhas de Indianápolis, porem pouco se falou e se mostrou o feito e a gloria desse brasileiro. Será que piloto de competição é profissão marginalizada? Enquanto pagamos para dar espetáculo arriscando nossas vidas na pista, pois o esporte que praticamos é de risco, muito maior que o risco do futebol, será que o palhaço do circo paga para fazer parte do espetáculo? Será que o jogador de futebol paga para jogar, para cuidar da saúde com os melhores médicos do país, será que paga as viagens para todo o pais e até fora dele, será que paga toda a alimentação e a estadia nos melhores hotéis das cidades? Estão vendo quantos absurdos a gente tem que assistir...Não sou contra o futebol muito pelo contrario, gosto até demais e acompanho também, mas são  muitos absurdos e muita desigualdade praticada que fico indignado de ver tanta coisa errada. Outro exemplo mais gritante ainda, foi a destruição (ou o loteamento) do Autódromo de Jacarepaguá, e a reconstrução do novo Maracanã, será que os cartolas futuramente também irão lotear a área que está construído o novo Maracanã?
Hoje se endeusa ídolos como Neymar e esquecem de Senna, Emerson, Piquet e tantos outros. Quantas vezes assistimos entrevistas ou participação desses heróis na televisão aberta?
Corrida de carros e pilotos só são noticias quando tem acidentes fatais.
Até quando nós os pilotos de carros de corridas seremos discriminados? Eu acho que isso também é booling.
É muito triste ver tantos talentos da pista simplesmente esquecidos, homens que sempre com muito heroísmo, dedicação e trabalho também levaram o nome deste Pais às alturas.
Mas como aqui é o pais do futebol e dos absurdos, temos que nos contentar com todo esse lixo que somos obrigados a engolir, e fazer vistas grossas aos descasos e aos pouco casos de tantas vulgaridades nos dias de hoje.
Enfim eu teria muito mais assunto e muitos mais absurdos para escrever, mas deixo que a própria consciência de todos os que lerem este artigo, façam suas próprias criticas e análises.
Preciso falar mais alguma coisa?
Crônica de um ex-piloto que fez de um hobby a sua profissão.

Pedro Garrafa



 3 Horas de Londrina, de cabelos brancos e "uma certa barriguinha" Carlos Jaqueire...
 3 Horas de Londrina

  500 Milhas
 Amanda


 Pedrão aprontando!

 À esquerda Nando Jaqueire e Pedro ao lado do ídolo Camilo Christófaro, dois batalhadores de nosso automobilismo...


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Tantas vezes aqui falo/escrevo sobre a difícil lida de nosso automobilismo, e hoje após ficar alguns dias longe da Internet recebo este relato do Pedrão.
Na semana que passou vibramos com as vitórias do Heitor e Francis, ainda com a de Tony em Indianópolis  mas a grande verdade, como mostra o Pedro, é que nosso automobilismo é feito sobretudo por abnegados, gente que ama o esporte e tal como meu amigo fica indignado com todo estado de coisas que nele acontecem, ou deixam de acontecer.

Como digo sempre ao Pedro e meu amigos; um putabraço Pedrão e à todos.

Rui Amaral Jr