A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

segunda-feira, 4 de março de 2013

Dodge Dart

Na MURAY de meu amigo Carlos Mauro Fagundes, o primeiro chefe, Av Sto Amaro.

E lá estava eu, na Janda, rua Rosa e Silva, centro ou Higienópolis ou onde quer que seja, e lá estava meu Dodge Dart, branco, zerinho, me esperando, comprar um coupé era meu sonho, mas ainda não havia. Meu pai havia me presenteado com ele pouco tempo antes quando fiz 18 anos, saudades pai!
No dia anterior tinha ido buscá-lo mas um problema na documentação postergou a entrega.
Aqui um parênteses; postergar, palavra que aprendi a usar com o mestre e amigo Expedito Marazzi, pouco tempo depois. Era assim que ele falava, “posterga a tangencia daquela curva para...” ou numa disputa “posterga a freada e tenta colocar o carro de lado...”. Rsrsr Saudades.
Como tinha marcado um racha com um amigo no dia anterior, que não pude ir, já saí da Janda procurando quem acelerasse ao meu lado, parei num posto coloquei gasolina, na época era uns trocados, enchi os pneus com umas 40 libras, pois mais tarde iria testar seu comportamento em curvas na rua Itápolis no Pacaembu, e rumei para casa de minha namorada, Maria Helena, em uma travessa da Av. Faria Lima. 

Na MURAY

Interessante o comportamento do Dart, era rápido, mas não tanto como o Impala SS 64 de minha mãe, carro que três anos antes eu pilo... Ops guiava, mas prazeroso de dirigir e pilotar. Seu comportamento em curvas de baixa deveria ser de sobresterço, uma leve saída de frente, porem como eu sempre chegava nas curvas muito rápido e quando freava já havia “postergado” em muito o ponto ideal, ele já vinha de traseira solta (rsrsrs) e quando pisava fundo no acelerador era apenas tempo de consertar com o volante. Bom sim seu comportamento, ainda mais para um carro com feixe de molas atrás e aquele eixo pesadíssimo. Um mês depois, se tanto, já havia trocado aqueles pneus diagonais que vieram por Cinturattos, aí sim era bem melhor!
Tempos depois ele foi para uma verdadeira pista...

 Duas fotos diferentes mas no mesmo lugar, curva do Sol de nosso Templo, acima da revista Auto Esporte e abaixo de um cartaz da Federação promovendo uma corrida.  


Rui Amaral Jr     

HEVE

HEVE - Herculano Veículos - fabricado por Herculano Ferreirinha para correr na classe A no Campeonato Brasileiro de Viaturas Esporte, Divisão 4, que teve seu  inicio no ano de 1972, se não me engano.
O carro da equipe Hoolywood de Mauricio Chulan usava um motor VW boxer, dos Fuscas, de 2.000cc na época com aproximadamente 180hp, cambio Hewland de 5 marchas, amortecedores Koni.
Na pista de Interlagos era difícil para ele acompanhar os carros da categoria B, os Avalones, com motores até 5.000cc, principalmente por causa das longas subidas de nosso templo, mas em pistas como Tarumã era um forte concorrente até na geral.
Herculano era uma ótima pessoa, até hoje lembro de um almoço em minha casa, minha mãe ficou encantada com ele e a esposa. Na época minha idéia era comprar um HEVE, mas não deu certo, além de problemas pessoais, eu simplesmente não cabia no carro, isso deve ter sido em 1973, nunca corri na D4, só vim sentar novamente em um carro de corridas 5/6 anos depois, mas aquele dia ficou em minha lembrança, bem como aquelas duas agradáveis criaturas, assim como o irmão de Herculano, o Antonio Ferreirinha.
Taí Walter e Fabiani, outro dia conto mais sobre a D4...

Rui Amaral Jr 



Largada em Interlagos, Pedro Victor de Lamare em um Avallone/Chevrolet da classe B e #22 Sergio Benoni e #77 Mauricio Chulan ambos de HEVE na classe A.








Agradeço ao Antonio Carlos pelo uso de suas fotos do Facebook e ao Rogério.  

IMAGENS DALUZ

VELOCULT 



Valeu Marco!

domingo, 3 de março de 2013

MASERATI

MASERATI

Luigi "Gigi" Villoresi 
Gigi na 4 CLT 1948
4 CLT 1947
 4.500 S2 1957
 300 S 1956
 450S 1957

 450 S3 1957
 450 S 1957
300S Spyder 1956
  Richard Seaman, Maserati V8, Nurburgring 1936
 Tazio Nuvolari e Rraymond Sommer Maserati 4CL  - Marseilles 1946
 Froilan Gonzalez, Maserati A6GCM, GP da Inglaterra 1953 
  Juan Manuel Fangio, Maserati A6GCM, GP da Inglaterra 1953 
 Maserati 450 S Spyder, Jean Behra e André Simon, Le Mans 1957 
GP da França 1958 #34 Juan Manuel Fangio, Maserati 250F, #8 Stirling Moss, Vanwall 57

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sábado, 2 de março de 2013

Scuderia Jolly Gancia - Alfa Romeo

Piero Gancia e Emilio Zambello vencem em Interlagos 


GP 4º Centenário, Barra da Tijuca, Bird, Zambello e Piero Gancia. 


 Carlos Pace


Zambello




Infecção em três doses
Como se interessam as pessoas pelo automobilismo? Na atualidade é fácil, pela TV. Mas estou falando do começo dos anos 60. Naquela época não tinha transmissão de F-1 no Brasil, aliás não tinha nem na Europa. Para a maioria do povo Fórmula 1 devia ser um remédio para gripe. Nem o `plim-plim` existia naquela época. Eram tempos de TV Excelsior, Paulinho Machado de Carvalho na Record. A cidade de Curitiba, hoje em dia, tem uma frota de carros maior que a do Brasil inteiro na época. É bem certo que eu morava em Sampa, a meca do automobilismo no País, e única cidade com autódromo na época. Sempre gostei de carrinhos, isto é certo. Eram de longe meus brinquedos prediletos. Mas a primeira exposição que tive ao automobilismo estava no fundo da memória, e não tenho como confirmar datas, pois eu devia ser muito novinho mesmo. 

Meu falecido pai trabalhava na Folha de São Paulo no início daquela década. Lembro-me de um belo dia ter sido levado por ele a Interlagos num jipe da Folha. Era dia de corrida ou de treinos, não sei. Devia ter uns 3 ou 4 anos, máximo 5. E fiquei vidrado com a cena, a velocidade, o barulho. Aqui a memória e a ficção se imiscuem, e não posso assegurar, com certeza, se o que vi é produto de uma memória ou de uma imaginação prodigiosa. Juro que vi, à distância, um Interlagos amarelo, um carro da equipe Willys!!!! Essa foi a primeira dose. 

A segunda dose foi um álbum de figurinhas das revistinhas Disney. Faziam álbuns temáticos, e um dos temas escolhidos foi o automobilismo. Fiquei muito intrigado com aquelas baratas de nomes estranhos, Lotus, Cooper, Brabham, BRM e me lembro claramente de um carro branco, a japonesa Honda. Entre outras coisas, o álbum tinha um carro que mais me parecia um caminhão, um Auto Union dos anos 30, Ford GT 40 e outros carros esporte, além de FIATs e Renaults do começo do século. Tudo aquilo me fascinou. 

Marivaldo e a Alfa P33
A terceira dose, que me infectou de vez, ocorreu em 1969. Já sabia da existência da Equipe Jolly e suas fabulosas Alfas GTA e da P33, e descobri, pela TV, que a oficina da mesma ficava a algumas quadras da minha casa, na Rua Frederico Steidel. Tanto enchi a paciência da minha mãe, que ela me levou lá. Fui muito bem atendido por Emilio Zambello, que com muito orgulho me mostrou três Corvettes recém importadas, e a esplendorosa Alfa P33, além das GTA 23, 25 e 27. Para fechar o pacote, Zambello me deu adesivos da Jolly e também catálogos da linha Alfa-Romeo, que incluía a P33. Pronto, devidamente infectado, me apaixonei pelo esporte. E para meu deleite, a concessionária Jolly se mudou para a minha rua!

Carlos de Paula

Post de 15 de Janeiro 2009

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Para o Fabiani e Walter.

Rui Amaral Jr