A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Ferraz por Ararê


Toca o telefone é o Ferraz me contando que o Ararê tinha feito seu carro e que não estava conseguindo comentar. Entro no blog do Ararê e vejo o belo trabalho e digo ao Ferraz para me enviar um e-mail com seu comentário que coloco por ele. Está feliz meu amigo seu carro ficou realmente muito bonito.
Só sei que Sábado vamos nos reunir na casa do Ferraz para um churrasco, e vai ser difícil aguentar, ele já vai ter feito camiseta, um poster e só vai ficar falando como ficou lindo seu carro!
"Culpa" de nossos amigos Ararê e Mauricio que com seus enormes talentos fazem maravilhas com nossos carros de corrida.
Mais uma vez Ararê e Mauricio em nome de todos nós muito obrigado pelo carinho.     

DE CARA NOVA


É o novo template do blog do Carlos, com sua memoria incrível e paixão por automobilismo vem mostrando muita coisa de sua coleção de revistas e livros. Pena que não conseguiu tempo para escrever mais aqui no HISTÓRIAS. Abaixo um texto seu logo no começo do blog.



Quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Infecção em três doses

Como se interessam as pessoas pelo automobilismo? Na atualidade é fácil, pela TV. Mas estou falando do começo dos anos 60. Naquela época não tinha transmissão de F-1 no Brasil, aliás não tinha nem na Europa. Para a maioria do povo Fórmula 1 devia ser um remédio para gripe. Nem o `plim-plim` existia naquela época. Eram tempos de TV Excelsior, Paulinho Machado de Carvalho na Record. A cidade de Curitiba, hoje em dia, tem uma frota de carros maior que a do Brasil inteiro na época. É bem certo que eu morava em Sampa, a meca do automobilismo no País, e única cidade com autódromo na época. Sempre gostei de carrinhos, isto é certo. Eram de longe meus brinquedos prediletos. Mas a primeira exposição que tive ao automobilismo estava no fundo da memória, e não tenho como confirmar datas, pois eu devia ser muito novinho mesmo.
Meu falecido pai trabalhava na Folha de São Paulo no início daquela década. Lembro-me de um belo dia ter sido levado por ele a Interlagos num jipe da Folha. Era dia de corrida ou de treinos, não sei. Devia ter uns 3 ou 4 anos, máximo 5. E fiquei vidrado com a cena, a velocidade, o barulho. Aqui a memória e a ficção se imiscuem, e não posso assegurar, com certeza, se o que vi é produto de uma memória ou de uma imaginação prodigiosa. Juro que vi, à distância, um Interlagos amarelo, um carro da equipe Willys!!!! Essa foi a primeira dose.
A segunda dose foi um álbum de figurinhas das revistinhas Disney. Faziam álbuns temáticos, e um dos temas escolhidos foi o automobilismo. Fiquei muito intrigado com aquelas baratas de nomes estranhos, Lotus, Cooper, Brabham, BRM e me lembro claramente de um carro branco, a japonesa Honda. Entre outras coisas, o álbum tinha um carro que mais me parecia um caminhão, um Auto Union dos anos 30, Ford GT 40 e outros carros esporte, além de FIATs e Renaults do começo do século. Tudo aquilo me fascinou.
A terceira dose, que me infectou de vez, ocorreu em 1969. Já sabia da existência da Equipe Jolly e suas fabulosas Alfas GTA e da P33, e descobri, pela TV, que a oficina da mesma ficava a algumas quadras da minha casa, na Rua Frederico Steidel. Tanto enchi a paciência da minha mãe, que ela me levou lá. Fui muito bem atendido por Emilio Zambello, que com muito orgulho me mostrou três Corvettes recém importadas, e a esplendorosa Alfa P33, além das GTA 23, 25 e 27. Para fechar o pacote, Zambello me deu adesivos da Jolly e também catálogos da linha Alfa-Romeo, que incluía a P33. Pronto, devidamente infectado, me apaixonei pelo esporte. E para meu deleite, a concessionária Jolly se mudou para a minha rua!   Carlos de Paula.



quarta-feira, 2 de junho de 2010

PROTÓTIPO KREMER

"Então Rui, quem fez esse carro foi o Marquinhos da Kremer em parceria com o Zuffo, como vc viu nessas fotos, o carro já andou e quem pilotou foi o Artur Bragantini.O carro andou bem mas tem um porem ao meu ver, foi o que falei para o Marquinhos mesmo antes do carro andar.....falei que o motor que tinham feito não era bom, e foi exatamente o que aconteceu.Bom dei o meu palpite e falei que o motor que tinham que colocar, era o do Golfe 2.0 , ou o do Audi 1.8 Turbo original para não ter problema de quebra e tambem de custo.Tudo isso porquê? porque foi feito um VW e não cabe bem pra uma categoria que está nascendo, andar com um motor da Ford, pois tem que se pensar em apoio de fábrica futuro.Eles estão pensando na questão, não falei mais com eles a respeito e não sei em que pé está.O carro virou 1,56 mas com o motor manco de tudo, mas o chão é dez.Eu na contrução dei alguns palpites, ajudei no que pude mas agora é questão de tempo, mas se colocarem o motor que eu falei, vái virar bem e vái nascer sem dúvida uma categoria que vái ser um colírio para os olhos de muita gente...abraços Ferraz."

José Ferraz e Marquinhos da Kremer.


Aproveitando que o Ferraz nos apresenta esse novo carro segue o link para o post do Pipe em seu blog CARROS DE CORRIDA para a categoria que corre na Europa.



terça-feira, 1 de junho de 2010

ACERTANDO O #8

                                         O #8 no belo trabalho de Mauricio Morais


1982 comprei o carro do Fabio Levorin para correr a TEP, não corri a primeira etapa e na segunda quebrei quando estava em segundo lugar. O Chapa fazia meus motores e para segunda etapa trouxemos o Carlão para os acertos de chassi e assistência na pista, assim nossa equipe era composta do Chapa, Carlão, Neguinho e um outro ajudante.

Na primeira corrida me queixava do sobresterço do carro, nas curvas de alta ele teimava em soltar a traseira e comecei a tentar com o Carlão um melhor acerto, alem disso achava o carro muito preso ao chão nas curvas de media e baixa.

       GRID 2ª CORRIDA DA TEMPORADA

Carro Piloto Tempo


26 Elcio Pelegrini 3.23.73 m

3 Ricardo Mogames 3.25.43

7 José Antonio Bruno 3.26.41

17 Laercio dos Santos 3.26.86

8 Rui Amaral 3.28.26

40 Amadeu Rodrigues 3.32.66

88 Marco de Sordi 3.33.77

37 Aristides Dalecio 3.37.56

38 Alvaro Guimarães 3.38.49

41 Claudio Gomes 3.40.67

68 Luiz Eduardo Duran 3.46.10

4 Luiz H. Pankowski - Conde - 3.47.31

28 Clerio M. de Souza - Bé - 3.47.37

118 Alessio Durazzo Neto 3.48.68

77 José M. Ramos - Espanhol - 3.50.88

98 Wander Kondrat 3.54.89

19 José Ferraz 3.57.24

99 João Lindau 4.43.93

13 Orlando Belmonte Jr s/tempo


 
Conversava com o Carlão no treino de sexta feira quando eles foram levar o carro para o abastecimento, que na época era feito no fundo dos boxes. De repente chega o Carlão e me chama pedindo que eu fosse ver algo, era o carro do Mogames sendo levado pelos mecânicos para abastecer, enquanto meu carro precisava de força para ser empurrado apenas um mecânico do Ricardo bastava para empurrar o carro.



De olho o Carlão notou que o carro do Ricardo trabalhava sem cambagem na frente e atrás e com a traseira mais alta que meu carro. No Box mesmo e com o famoso barbantinho o Carlão mesmo sem o piso “0” alinhou novamente meu carro, levantou a traseira e zerou a cambagem na frente e atrás, não mexemos nas barras estabilisadoras nem nos amortecedores. Empurrando o carro notamos a diferença, ele ia fácil sem peso.A noite na oficina alinhamos o carro como deve ser feito.
Fui treinar, e eu que tinha virado em Interlagos na primeira corrida em 3.28m senti logo a diferença, o carro vinha solto e leve, exigia uma tocada suave mas quando acelerado agarrava no chão. Fizemos ainda algumas correções de barras Fazia a “Um”, “Sol” pisando no fundo e aquela traseira querendo soltar mas o carro todo controlado e no limite e fomos para minha segunda corrida na categoria.

Ficou delicioso de pilotar, a tocada no limite tinha de ser suave, firme e para vir o tempo, no fio da navalha, coisa que nunca me furtei de fazer, chegava na “Um” a 195 KM/H e fazia cravado, na “Três” chegava a mais de 205 KM/H e a freada era depois da placa dos 50M, no “Sol” chegava a uns 190 KM/H outra vez cravado e na freada do “Sargento” já estava novamente perto dos duzentos.Fizemos mais algumas correções de barras estabilizadores e amortecedores para ficar com uma leve tendência a escapar de frente nas curvas de alta, coisa deliciosa de corrigir apenas pisando fundo no acelerador.
Não lembro minha posição no grid, dada a largada todo mundo pulou na minha frente pois eu largava de Caixa 3, mas aí como na corrida anterior comecei já na freada da “Três” deixar alguns carros para trás, na “Ferradura” já me aproximei de outros para logo em seguida fazer a ultrapassagem, na segunda volta passando acho que pelo Marco de Sordi e Amadeu Rodrigues comecei a perseguir o Elcio Pelegrinni que estava em terceiro para logo tomar seu lugar na freada da “Três”. Nessa altura o Ricardo e o Laercio já tinham aberto um bom espaço e não tive condições de chegar neles, terminando em terceiro.

Alvaro, Eu, Ricardo, Laercio, Elcio e Ferraz.



No podium após os cumprimentos vem o Barba que trabalhava com o Mogames me dar os parabéns, com a classificação nas mãos me disse que eu tinha feito a melhor volta da corrida. O tempo 3.23.89, tinha conseguido abaixar uns 4s de minha melhor volta na corrida anterior.


É o Chapa e o Carlão tinham transformado o #8 vermelho num verdadeiro carro de corridas, um preparando verdadeiros canhões para empurrar o outro com seu conhecimento e esperteza colocado o carro no chão.  
Agora faltava comprar um bom cambio para poder brigar pela ponta, mas isso deixo para outro dia.



Agradeço aos talentosíssimos Ararê e Mauricio Morais as belas imagens do #8.