A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Porsche 550-1500 RS Spyder “Carrera Panamericana”


Volto ao assunto do Porsche 550 RS Spyder depois de alguns papos com amigos mais velhos que o conheceram de perto e parte de sua história. Volto sem empáfia ou soberba pois queiram ou não sou uma modestíssima parte desta história e afinal os “dotes” acima não fazem parte de meu ser já que desde que me propus a escrever tomo cada um de vocês como amigos e escrevo apenas para dividir o pouco que sei.
Hans Stuck Von Villiez foi um piloto famoso que pilotou para grandes marcas na Europa e por volta de 1954/55 aportou em terras brasileiras onde já havia corrido e obviamente como uma locomotiva da sociedade havia deixado amigos.  
Stuck trouxe ao Brasil em sua longa estada alguns grandes carros e entre eles um Porsche 550 que utilizou na Alemanha em provas de subida da montanha(adiante dou uma dica deste fato).
Não tenho a mínima idéia do que fez com o Porsche aqui, sei apenas que por volta de 1956/57 este carro aparece nas mãos de grandes pilotos brasileiros alguns como Chico Landi adversário dele na Europa e aqui.

Largada em Interlagos o própio Hans von Stuck com o que trouxe ao Brasil...
 derrepente aparece o 550RS Spyder para derrotar nas mãos de Christian alguns bichos papões de nossas pistas!
"Prova Prefeito Ademar de Barros" realizada em 30/11/1958. 
Os participantes são: 
82 - José Gimenez Lopes - Ferrari 250 TR (4ºlugar)
36 - Jean Louis Lacerda - Ferrari 750 Monza (2ºlugar)
46 - Celso Lara Barberis - Ferrari 250 TR (5º/Abandonou)
12 - Álvaro Varanda - Ferrari 250S (3ºlugar)
Na segunda fila 
9 - Christian Heins - Porsche 550RS (1ºlugar)
Bandeirada para Christian.
Chico Landi e o 550
Depoimento de Fernando Chaves "Rui, o Porsche 550 Spyder foi trazido pelo alemão Hans von Stuck, primeiro para o Circuito da Gávea e, depois para a corrida comemorativa do IV Centenário de São Paulo, ambas as provas realizadas em janeiro de 1954, conforme descreve o Bird Clemente em seu livro Entre Ases e Reis (pag.23). Bird ainda nos informa que esse carro foi adquirido pelo Ricardo Fasanello e que após um acidente de rua foi vendido ao Christian Heins. Ainda, de acordo com o Bird o carro foi enviando para Alemanha e voltou com um novo motor de quatro comandos. O Ciro Caires correu com esse carro em parceria com Christian nos Mil Km de Buenos Aires em 1957. Quando o Bino foi para Europa ele vendeu o carro para o Fritz D’Orey, conforme ele mesmo conta em entrevista para o Lito Cavalcanti. O Fritz fez cinco corridas com esse Porsche, quatro em Interlagos e uma no Rio no Circuito da Boa Vista. Em 1959 ele também vai para a Europa e o carro fica com o José Gimenes Lopes da Escuderia Tubularte. Nesse mesmo ano o Celso Lara Barberis corre com Porsche em Poços de Caldas MG e em 1960 em Piracicaba. Chico Landi também participou de três provas com esse carro. Em 1961 o seu irmão Paulo Amaral comprou o carro do Gimenes e correu com ele os 500 km de Interlagos, como está amplamente relatado em seu Blog. Esse carro voltou a pertencer ao Chico Landi e posteriormente ao Marivaldo que vendeu o chassi para os irmãos Fittipaldi que a partir dele construíram o Fitti-Porsche. Espero ter contribuído um pouquinho, com a história desse “lendário” carro que andou por nossas terras. Um grande abraço."

Sei que “seu” Chico venceu com este carro uma prova de subida da montanha na Serra Velha de Santos e me parece que depois o carro foi vendido à Christian Heins...até então o Porsche era um 550 provavelmente 1952/53 com motor derivado do VW, Christian leva o carro para Porsche na Alemanha e o 550 volta um 550 RS 1500 Spyder totalmente diferente de carroceria e com o motor 1.500cc de duplo comando que tanto sucesso fez na América e Europa.
O que ouvi e o pouco que me lembro o 550 RS 1500 Spyder foi pilotado no Brasil e venceu com grandes pilotos como “seu” Chico, Christian Heins, Ciro Cayres, Celso Lara Barberis, José Gimenez Lopez e acredito que até Jean Loius Lacerda Soares.

José Gimenez Lopes e Jean Louis Lacerda Soares no Porsche que venderia ao meu irmão Paulo

 A carreta que transporta o Porsche era de Celso Lara Barberis

Os 500 KM de Interlagos 1961

Abaixo em Amaral em Revista

Talvez a primeira volta da corrida, Paulo largou...

Revista Quatro Rodas






1961 meu irmão Paulo e seus amigos Luciano Mioso e Victor Simonsen (Victor era então namorado de minha irmã Cida) compram o carro de Gimenez Lopez para correrem os 500 KM de Interlagos daquele ano, por problemas outros Victor não correu e Luciano e Paulo levaram o carro ao 5º lugar e primeiro da categoria até 2.500cc. Nunca mais correram com este carro ou outro, não eram pilotos e sim entusiastas e o 550 RS Spyder ficou na garagem de nossa casa por um longo tempo e junto com meus amigos sentávamos ao volante fingindo pilotar em Interlagos, Le Mans, Spa até chegar um adulto e sermos expulsos dele! 
Já escrevi sobre, foi o primeiro carro de corridas em que andei, tinha então 8 anos e meu irmão me levou à algumas voltas pelo Anel Externo de Interlagos...desde a primeira vez que entrei em um Box o cheiro da gasolina, óleo, pneus entrou pelas minhas narinas e se alojou em meu ser, o vento que bateu em meu rosto naquelas poucas voltas ainda hoje agita meus cabelos e essa paixão perdura até hoje...fez parte de cada vez que entrei em uma oficina, nas horas e horas em que passei vendo meus mecânicos mexendo em meus carros, nas inúmeras horas em que numa pista lutava para acertar um chassi ou motor e nas inúmeras largadas e bandeiradas...e ainda hoje agita meus cabelos cada vez que piso em uma pista!
Pois bem, aquele carro prateado com os bancos vermelhos escuro ficou em minha casa por um bom tempo depois dos 500 KM, os troféus no quarto de meu irmão, o capacete com aquela viseira eu afanava de vez em quando para descer feito louco aquelas belas ladeiras do Pacaembu em meu super carrinho de rolimã.
Da corrida meu irmão falecido no ano que passou já contou aqui alguma coisa, algumas coisas que ficaram para trás lembro agora, como no dia em que ele me contou que ao se preparar para largada chega Christian Heins e diz à ele que com aquela garoa venceria facilmente a corrida. Outra coisa que me chamou atenção foi o Paulo contar que o cambio apesar de ser o tradicional 4 marchas e H possuía uma marcha que ele chamava “primina”, situada ao lado da primeira precisava que a alavanca de cambio fosse levantada para engatar e eles nunca usaram essa marcha pois era muito curta! 
Depois do tempo em que ficou em nossa garagem o carro foi vendido ou trocado por um dos carros de rua de meu irmão, ele nunca lembrou para quem foi...
Não pesquisei o suficiente  para saber quem mais pilotou o carro depois dos 500 KM de 1961...




...quase ao final do ano de 1967 aparece a noticia que os irmãos Fittipaldi estavam fazendo um protótipo com motor Porsche e este protótipo nada mais era que o Porsche 550RS com um motor Porsche 2 litros que equipava um dos KG-Porsche da Dacon. Pelo que me contaram do carro usaram o chassi, suspensões, freios e cambio, fazendo uma bela carroceria usando rodas bem mais largas, carro rapidíssimo e que com a ida dos irmãos para Europa foi vendido ao piloto brasiliense Antonio Martins e pouco se sabe sobre o seu paradeiro atual.
Cerca de seis meses atrás fiquei sabendo pelo então dono do motor original que havia vendido um pouco antes.

Final do ano passado, após a morte de meu irmão minha sobrinha Viviane Amaral me entrega um dos troféus que ele recebeu nos 500 KM, lembro que eram dois, este pela vitória na categoria e outro pela colocação na geral que cada um dos pilotos recebeu. Hoje ele repousa muito bem guardado em minha casa.   

É um pouco do que sei e me foi transmitido por meu irmão e alguns amigos..

Rui Amaral Jr


A réplica de meu amigo Juan!


Porsche 550-1500 RS Spyder “Carrera Panamericana”1954-1955

Motor: refrigerado a ar quatro cilindros flat
Válvulas: duas por cilindro acionadas por dois comandos por cabeçote. 
Cilindrada: 1,498 ccm
Diâmetro e curso: 85 x 66 mm
Potencia máxima: 117 bhp (86 kW) at 7,800 rpm
Torque: 129 Nm (95 ftlb.) à 5,300 rpm
Alimentação: dois carburadores Solex 40 PJJ duplos
Transmissão: cambio 4 marchas + ré, diferencial autoblocante ZF 
Freios: Hidráulicos à tambor
Velocidade máxima: 220 km/h (137 mph)
Peso: 550 kg
Pneus; dianteiros 5.00-16 traseiros 5.50-16
Entre eixos: 2100 mm
Comprimento:3.600mm
Largura:1.550mm
Altura:1.015mm 


Meu muito obrigado ao grande Bird, Milton Bonani e Fernando pelas fotos e pelo carinho! 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MULHER NO VOLANTE


Com tantas mulheres por aí dirigindo nas ruas, é de se perguntar por que não há mais delas pilotando nas pistas, dividindo também aí, o espaço com os homens. Certo que vez ou outra encontramos a Bia Figueiredo, a Simona de Silvestro, a Zizi Paiolli ou a Cristina Rosito fazendo boas apresentações. Mas é só? Vejamos. 
No passado, a pioneira Helle Nice enfrentou o preconceito e o machismo nos anos trinta e nos primórdios da F1, a italiana Maria Teresa de Phillips algumas vezes esbarrou em proibições que a impediram de dar continuidade à sua carreira. 
 Agadir 1955.
 Busquet e o Gordini.
Recebendo a premiação em Agadir 1954.

Parte disso pode ser creditado à tragédia de uma outra pioneira, a austríaca Annie Bousquet. Nascida Schaffer (em data desconhecida), Annie ficou famosa participando de competições na França, alternando aparições em rallys ou provas em circuitos.
Seu grande incentivador era seu marido Pierre Bousquet. A partir de 1953, obtém bons resultados com um Renault 4CV, derrotando até mesmo alguns homens mas no ano seguinte, sofre um sério acidente em Agen com um DB Panhard 500. Após um mês de molho, retorna à pistas participando da “Coupe des Dames”, reservada às mulheres e consegue uma segunda colocação,  perdendo apenas para a belga Gilberte Thirion. Surge uma rivalidade entre elas... Com um Porsche Spyder, ela consegue o oitavo lugar no Tour de France, em dupla com Marie Claire Beaulieu, o melhor resultado de sua carreira. 

Annie Busquet e  
Marie Claire Beaulieu.




Em 1956 o incentivador e companheiro Pierre morre em um acidente de trânsito, mas ela não abandona às pistas, competindo com um Triumph TR2 nas Mille Miglia, terminando em quarto na sua classe. Participa também dos 1.000 Km de Montlhéry num Maserati 150S do argentino Alejandro De Tomaso. Em julho decide participar das 12 Horas de Reims, na Classe 1.500 com um Porsche 550 Spyder. Sua parceira seria a americana Isabel de Haskell.

 O belo  Porsche 550 Spyder.
Annie e o 550 Spyder.

Porém Annie acidentou-se logo no começo da prova. Seu Porsche azul saiu da pista e ela foi ejetada cerca de quinze metros do carro. Muito ferida, morreu no hospital.
Outros pilotos concluíram que Bousquet fora vítima de estafa, pois se deslocara até Zuffenhausen para realizar melhoramentos em seu Porsche e voltara dirigindo para correr. A proeza custara-lhe uma ou duas noites sem descanso e depois cobrou-lhe a vida. Após seu acidente, alguns organizadores franceses resolveram banir as mulheres das pistas ea tal proibição vigorou até a participação de Marie Claude Beaumont nas 24 Horas de Le Mans de 1971 .

Dedicado à Maria da Glória, minha companheira de equipe.

Carlos Henrique Mércio - Caranguejo

sábado, 9 de novembro de 2013

Porsche 550 Spyder

1961 Interlagos, Paulo Amaral e o Porsche 550 Spyder.



sábado, 4 de julho de 2009

PORSCHE 550 Spyder

Paulo no 550 em um treino na curva "Três" 1961
550 RS de Carel Godin de Beaufort , 14º colocado no GP da Alemanha de 1957 , uma volta atrás de Fangio , outro 550 RS de Nº 21 pilotado por Edgar Barth chegou em 12º lugar , vencendo na F 2 .

Um 356 de competição 1953 , predecessor do 550 Spyder .

Os 550 Spyder de 1954 . Nascidos para vencer .
O vento batia em meu rosto , deste dia tenho algumas lembranças bem vagas tinha só oito anos e estava a bordo de um 550 Spyder descendo o "Retão" em Interlagos . Tínhamos ido para Interlagos no Tunterbird azul de meu irmão , na época ir a Interlagos era complicado , ficava no fim do mundo . No carro o Paulo guiava e junto estava um amigo não lembro se era o Luciano , saímos de casa no Pacaembu e do caminho só lembro de passar onde hoje é a Av. Ibirapuera , lembro do bonde que passava pela avenida e uns grandes eucaliptos que a margeavam . Minha mãe Arinda devia estar viajando , pois ela nunca me deixaria ir com aqueles playbois , ainda mais até Interlagos . Outra lembrança viva , estava no box , que eram no "Café" e alguém disse que um carro havia voado na "Três" e todo mundo correu para lá , fui depois de todos , quando cheguei à junção levei um susto , o mato era alto e eu querendo atravessar sem saber se viria algum carro por lá . Hoje eu sei que não viria pois o treino para os 500 Kilometros era somente pelo anel externo . Cheguei a "Três" que na época era conhecida como "Bacião" devido a sua inclinação , a tempo de ver alguém sendo carregado de maca , seu rosto estava sujo o carro caído do outro lado da pista num barranco , na época não havia guardrails . Hoje conversando com meu irmão Paulo lembramos que era uma Maserati , pilotada por um mecânico , não lembramos de quem era o carro nem o nome do mecânico .
Outras lembranças que tenho deste carro é que ficou um tempão na garagem de casa , seus bancos vermelhos escuros , sua carroceria de alumínio que ao ser apertada afundava , ele era , e ainda é , lindo . Uma lenda.

Nesta corrida em Avus , Jean Behra perdeu a vida pilotando um 550 RS , 1959 .



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Conta Chico...

A foto que recebi do Chico de uma mini que ele fez do 550 com a asa invertida!

À respeito do post anterior quando o Ricardo narra a saga de Jim Hall, Harp Sharp e o Chaparral recebi um e-mail do Chico Lameirão mostrando um Porsche 550 que havia tentado o correr  os 1.000 KM de Nurburgring de 1956. Procurando algo encontrei um belo texto no blog de meu amigo historiador dos 550 Andrew Hosking.
Lá ele conta que Michel May engenheiro suíço e piloto amador instalou em seu 550 uma asa invertida e seu carro foi mais rápido nos treinos que os carros de fábrica o que provocou da fábrica um protesto e ele foi obrigado à tirar a asa do que seria a primeira vez que se usou este artificio aerodinâmico na historia do automobilismo.
Vejam abaixo o texto do Andrew em seu blog que trata todos aspectos dos Porche 550 e um dia conto aqui como começou a nossa troca de informações sobre o 550...


"In 1956, a 22 year old Swiss engineer and amateur racing driver, Michel May became a pioneer in the future of Formula One racing. Michael was still a student at the Zurich Technical University and his cousin, a banker bought the car. He saw the potential of using aerodynamics as a means to effectively convert horsepower into forward motion by producing a negative force towards the ground. He experimented with an inverted wing mounted over the cockpit of his Porsche 550 Spyder (550-0031) which he raced on the European circuit. Michel and his brother Pierre saw the immediate benefits of the downward forces created to increase grip and cornering and with modifications including a lever system to adjust the tilt of the wing, created outstanding results..."
Andrew Hosking

link





 Aos amigos Chico, Ricardo e Andrew meu muito obrigado por toda troca de conhecimento que eles nos proporcionam, pela amizade e o carinho de sempre.

Abraços 

Rui Amaral Jr 

terça-feira, 25 de abril de 2017

Porsche 550 RS Spyder - por Roberto Zullino

Von Stuck largando em Interlagos com o carro que trouxe ao Brasil.
Bino Heins largando e Interlagos já com o carro que trocou na Alemanha...
...para vencer Ferraris e Maseratis!
Celso Lara Barberis
Chico Landi
Jean Louis Lacerda Soares e de óculos José Gimenez Lopez que vendeu o carro a Paulo Amaral.
Paulo Amaral
Paulo nos 500 KM de Interlagos 1961

Esse carro veio para cá trazido pelo Hans Stuck e era um dos primeiros, tinha o farol vertical e carroceria um pouco diferente. Veio equipado com um motor VW com alguns mandraques. A Porsche antes de 1955 quando saíram os primeiros 550 de produção, usou motores VW 1100 em Le Mans em protótipos para ganhar o tal Índice Enérgético, uma patriotada francesa para jacatraias dos Renné Bonet e Dyna Panhard ganharem o que os franceses teimavam ser o prêmio princioal, cada uma.
O carro não era do Stuck, era da Porsche e a missão do Stuck era vendê-lo, o que conseguiu, mas não lembro para quem. Certamente, o carro trazido pelo Stuck foi fabricado em 53/54 e não era modelo de produção, os 550 só foram fabricados em 55. Para encurtar a história, o carro foi enviado para a Alemanha para reforma e voilá, mandaram um 550 de produção equipado com motor Furhman Quad Cam 1500 roletado e carroceria de 550 normal já com os faróis de Fusca. Correu na mão do Heins fazendo picadinho de Maseratis e Ferraris e no final foi abandonado na oficina do Seu Chico na Rua Afonso Brás em estado lastimável em cima de outras sucatas. O Darci Medeiros era aprendiz, entrou lá com 14 anos e lembra direitinho do carro, tanto que uma vez me perguntou se o meu era o tal carro. O carro foi comprado pelo Marivaldo que o repassou para os irmãos brothers que fizeram o Fitti-Porsche. A mecânica usada foi dos KG Dacon usando motor Furhman Quad Cam de 2 litros, mas usando bronzinas, a Porsche abandonou os roletes que quando davam problema nem Jesus arrumava. Fora que com o passar do tempo a qualidade das bronzinas melhorou. Na mão dos irmãos fez algumas corridas sem muito sucesso de resultados, mas o carro dava espetáculo, sendo o mais rápido em quase todas as provas que participou. Foi repassado para a escolinha Bardhal sem a mecânica Porsche, usava mecânica VW. Foi vendido para o Sergio Magalhães que fez algumas corridas e vendeu para um cara de Bauru que vendeu para um cara de MG ou Brasília. A última vez que foi visto foi disputando arrancadas em MG. Certamente, sua carroceria de alumínio, feita pelo funileiro Picciuto, virou panelas e os tubos do chassis devem ter sido levados pelo garrafeiro e virado aço de construção. No entanto, como a esperança é a última que morre pode ser que um dia apareça.
O pior nem é isso. Há uns anos um cara estava anunciando o Porsche do Stuck na Europa em um desses foruns ingleses. Entrei e desanquei o cara e acabei com o negócio dele contando a história toda. Hoje não faria isso, porque pode ser que ele tivesse razão, o chassis dele devia ser o original que ficou lá na reforma, já que o carro que veio para cá depois da reforma parecia outro. Ou não trocaram o chassis e deram uma modernizada no carro que virou esse da foto e o cara era um pilantra que devia saber das coisas e falsificou um chassis. Who knows? Nas fotos do Stuck com ele aqui o carro é diferente.
abs,

Roberto Zullino

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De um comentário em post da semana passada meu amigo Zullino, contou um pouco, ou muito, da trajetória deste carro que von Stuck trouxe ao Brasil.
Valeu Zullino, um abraço.

Rui Amaral Jr

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Formula 2



Jochen Rindt, 1970 Nurburgring, Lotus Cosworth FVA
Alberto "Ciccio" Ascari e a Ferrari 500, bi campeão da F.Um 52/53 e bicho papão da F2.
  Graham Hill, Brabham BT16-BRM e Jim Clark Lotus 35-BRM disputam em Snertteton, 1965  

Criada em 1947 como uma opção à caríssima categoria GP e depois em 1950 à Formula Um, a F2 foi celeiro de grandes campeões e belas disputas até seu final em 1984 quando foi substituída pela F.3000.
Durante a sua duração e principalmente nas décadas 50, 60 e 70 eram muitos os campeonatos pelo mundo, em 1967 a FIA introduziu o Campeonato Europeu de Pilotos da F2. Além dos campeonatos muitos torneios, como vimos o Internacional realizado em 1971 com Brasil e Argentina e 72 apenas no Brasil. Eram muitas as corridas extra campeonato, quando grandes nomes da F I e outras categorias eram convidados, nos anos de 1952/53 a Formula Um correu com carros da F2 (não vou comentar aqui os motivos) e Ciccio Ascari foi campeão com  a bela Ferrari 500, alem disso ele venceu inúmeras corridas de F2 com esse carro. Também Jim Clark corria sempre na F2 e foi num desses carros que nosso campeão nos deixou.


 Emerson Fittipaldi, Lotus
 1968, François Cevert, Tecno 68-Cosworth FVA, GP de Pau, França 
 Bruno Giacomelli, March 782-BMW
 Cevert
 1984, o final da Formula 2, #2 Roberto Moreno, Ralt RH16 Honda-Mugen, e Phillipe Streiff, AGS JH19C BMW-Mader largam na ponta em Brands Hatch.
1967, Jackie Ickx, Matra MS5 Cosworth-FVA
 Carlos Reutman, Brabham BT16
 1973, Emerson Fittipaldi, Lotus Texaco Star
 1968, Jarama, #10 Jean-Pierre Beltoise, Matra MS7 Cosworth-FVA e Jochen Rindt, Brabham BT 23C Cosworth-FVA
 Wilson Fittipaldi Jr e Tim Schenken 
1979, Zandvoort, #4 Teo Fabi e Stefhen  South, ambos de March 792 BMW-Mader
 1957, Nurburgring, na Formula Um para completar o grid alguns F2 entre eles o Porsche 550 Spyder de Carel Godin de Beaufort.
 1972, Interlagos, Chco Lameirão, March 722 BDA-Hart
1965 Outon Park, Denis Hulme, Brabham BT16 SCA  
1965, Black Jack larga na ponta com a Brabham BT16 SCA
1976, Alex Dias Ribeiro, March 762 BMW-Rosche
1968, Jochen Rindt testa um pequeno aerofólio em sua Brabham! 

Um pouco do regulamento, chassi monoposto, apesar de alguns Porsche 550 Spyder correrem na categoria.
De 1947 à 53 os motores eram livres, obedecendo o limite de 2.000cc ou 500cc sobrealimentados.
1954 à 56 o mesmo regulamento, mas apenas algumas corridas européias foram realizadas.
1957 à 60 motores de 1.500cc.
1961 à 63 as corridas foram disputadas com os carros da Formula Junior.
1964 à 66  motores de 1.000cc.
1967 à 71  os blocos dos motores  de 1.600cc tinham que vir de marca em que pelo menos 500 unidades haviam sido fabricadas no ano anterior, com no máximo seis cilindros e preparação de cabeçotes livre.
1972 o bloco do motor de 2.000cc tinha que vir de uma marca com no mínimo 1.000 unidades produzidas, a preparação continuava livre.
1973 à 75 o bloco do motor 2.000cc tinha que vir de uma marca em que pelo menos 100 unidades haviam sido fabricadas.
1976 à 84 eram permitidos os motores de corridas especialmente feitos para categoria.   

Campeonato Europeu

1967-Jacky Ickx-Tyrrell Racing-Matra–Cosworth
1968-Jean-Pierre Beltoise-Matra Sports-Matra–Cosworth
1969-Johnny Servoz-Gavin-Matra International-Matra–Cosworth
1970-Clay Regazzoni-Tecno Racing Team-Tecno–Cosworth
1971-Ronnie Peterson-March Engineering-March–Cosworth
1972-Mike Hailwood-Team Surtees-Surtees–Cosworth
1973-Jean-Pierre Jarier-March Engineering-March–BMW
1974-Patrick Depailler-March Engineering-March–BMW
1975-Jacques Laffite-Ecurie Elf-Martini–BMW
1976-Jean-Pierre Jabouille-Equipe Elf-Elf 2J–Renault
1977-René Arnoux-Ecurie Renault Elf-Martini–Renault
1978-Bruno Giacomelli-Polifac BMW Junior Team-March–BMW
1979-Marc Surer-Polifac BMW Junior Team-March–BMW
1980-Brian Henton-Toleman Group-Toleman–Hart
1981-Geoff Lees-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda
1982-Corrado Fabi-March Racing Ltd.-March–BMW
1983-Jonathan Palmer-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda
1984-Mike Thackwell-Ralt Racing Ltd.-Ralt–Honda 


Jimmy

Rui Amaral Jr