A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Tazio Nuvolari. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Tazio Nuvolari. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Tazio Nuvolari e a Cisitalia

A Cisitalia na Autoclasica 2011- Foto: Vasco

Ao postar ontem as fotos de Tazio, recebo logo a seguir um e-mail de meu amigo Vasco com a foto acima e dois links em que o Mantuano aparece pilotando a Cisitalia, a seguir o e-mail do Vasco e os dois videos.
Ele escreve o exelente blog  Lauburu43

Saludos Vasco e muito obrigado!


 "Rui!!! he visto la entrada de Nuvolari en la que está con una Cisitalia:
Te comento que en la Argentina, se restauró una Cisitalia y toda la documentación da a suponer que era la de Tazio.
Te dejo un video donde se ve a Nuvolari probando.
Otro video donde se ve la Cisitalia ya restaurada y en el final del mismo se repite el video del gran Tazio probando.
Y también te mando una foto (perdón por la calidad) de la Cisitalia que estamos hablando, que fue galardonada en la Autoclásica 2011."

Saludos!!!!!!!

Vasco


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O GAROTO

O Mantuano na época da Auto Union.

Na Alfa Romeo P3 




A grandeza de um homem pode muitas vezes ser mensurada pela riqueza das histórias que ele deixa atrás de si. Na Targa Florio de 1932, TAZIO NUVOLARI, aquele que segundo um monumento em sua honra na cidade de Roma é o último dos grandes pilotos antigos e o primeiro dos grandes pilotos modernos, foi informado que deveria levar um mecânico como acompanhante durante o percurso da prova. Franzino e magro, Nuvolari foi falar com Enzo Ferrari, então seu chefe de equipe na Alfa-Romeo e pediu que lhe fosse designado um auxiliar que pesasse tanto ou menos do que ele. Enzo encontrou um jovem mecânico, tão magricela quanto o mantuano. Preocupado que sua condução pudesse assustar o garoto, Nivola combinou com o parceiro que o avisaria quando estivessem se aproximando de algum ponto de maior perigo durante a competição. Ele então deveria se abaixar atrás do painel e só sair de lá quando a dificuldade tivesse passado. No fim da prova, mais uma vitória de Tazio, Enzo foi perguntar ao mecânico como tinha sido a experiência. “Nuvolari começou a gritar na primeira curva e só parou na última. Estive deitado no fundo do carro o tempo todo”, contou o garoto.



Na Vanderbild Cup 1938.



CARANGUEJO


---------------------------------------------------------------------------------------------------------

NT: 35, 40, talvez mais, tantos são os posts que o Caranguejo e eu escrevemos sobre o Mantuano e certamente vamos continuar...abaixo um link que leva à vários posts escritos pelo meu parceiro ou por mim...Tazio vive!


Rui Amaral Jr

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ao mais veloz animal da face da Terra, o mais lento.

Simplesmente Tazio
Monza 1935

Não lembro quando foi a primeira vez que li o nome dele, era muito novo e naquela época era muito difícil termos acesso à informações. Tinha sempre algum grande piloto se referindo à ele, Fangio, Jimmy, Seu Chico, até que um dia chegou às minhas mãos um pequeno livro contando pedaços de sua vida, e com o tempo sempre pesquisando pude conhecer melhor sua carreira. Desde as corridas de motos, passando  pelas Alfa Romeo, de antes da equipe Ferrari, depois correndo com as Alfas na equipe do Comentattore e indo para Auto Union tentando dar um alento já nos estertores da equipe após a morte de Bernd Rosemeyer. 

Mille Miglia de 1935
Com a Alfa Romeo P3
Com a Auto Union

Um dia ganho um livro do Adolfo Cilento, o Bambino, contando boa parte da vida do incrível piloto. Aí sim pude ler e absorver toda vida dele e minha admiração apenas cresceu... 
Tazio Giorgio Nuvolari, nasceu em Castel d`Ario em 16 de novembro de 1892 e na contramão dos tempos atuais, participou de sua primeira corrida de motocicletas aos 28 anos. Pilotando uma Bianchi, Nivola deu origem a sua lenda, quando venceu o campeonato italiano de motociclismo mais enfaixado do que uma múmia. Acidentara-se nos treinos e o médico recomendou que ficasse de "molho" pelo menos por um mês. No dia seguinte, coberto de bandagens e amarrado em sua moto, só fez aos mecânicos dois pedidos: que o empurrassem na largada e o segurassem na chegada. Não deu outra. Venceu a corrida e de quebra o campeonato. Assim era o Mantovani Volante. Embora fosse excelente com motos, aos 32 anos passou para os automóveis, depois de conhecer um certo Enzo...Ferrari.


Campari, Enzo, Tazio e Borzzachini.

Enzo e Tazio


Targa Florio 1931

Diz a lenda que "Il Drake", apressou sua decisão de abandonar as pistas depois de enfrentar Nuvolari nas corridas. Enzo passava longe de ser um fracote, mas tomava o maior couro nas curvas daquele mantuano magricela,que tinha um jeito todo próprio de conduzir,a derrapagem controlada.
Em 1931, Nuvolari vence a Targa Florio e utiliza-se de um estratagema: corre a maior parte do tempo com os faróis desligados. Só os acendeu no final quando surpreendeu o líder e seu eterno rival, Achille Varzi.


                                Monza 1935 com a Alfa na frente de Bern Rosemeyer, Auto Union



Também venceu as 24 Horas de Le Mans de 1933, em dupla com Raymond Sommer, mas seu grande feito foi a vitória no GP da Alemanha de 35, em Nurburgring, quando a bordo de sua Alfa de 370 cv, derrotou os Auto Union Type C que debitavam 520 cv e Mercedes Benz W125, de 646 cv. Nesse dia, Nivola deixou para trás gente do quilate de Hans Stuck, Achille Varzi e Bernd Rosemeyer (Auto Union) e Rudolf Caracciola,Luigi Fagioli e Herman Lang (Mercedes Benz). Faleceu em 11 de agosto de 1953 e enquanto correu, conservou o pequeno broche de ouro, em forma de tartaruga,que lhe fora presenteado pelo amigo Gabrielle D`Annunzio.


Caranguejo e Rui

NT: O titulo deste post se refere ao símbolo que Tazio usava, uma tartaruga que ganhou de Gabriele D'Annunzio como conta nosso amigo Carlos de Paula;

RIPOSA EN PACE GRANDE CAMPIONE

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Nas duas e quatro rodas!

Tazio Nuvolari
Tazio na Auto Union 1938, quando ninguém mais podia vencer ele era chamado!
 Em Monza 1928



Comentando hoje no blog de meu amigo André com o Borgmann a bela foto de Mike The Bike em Interlagos falamos dele de Big John Surtees e citamos outros grandes nomes do motociclismo. 
É complicada e tarefa de sair das duas rodas e passar para as quatro e não foram muitos os que conseguiram à contento, mas também é complicado para mim lembrar de todos, e com minha habitual mania de nada consultar vou escrevendo ao vento e vou tentar me redimir um pouquinho aqui.
Falamos do Expedito Marazzi que era bom nas duas e quatro rodas mas deixei de lado tantos e tantos pilotos que admiro tanto e que jamais poderia esquecer.
O assunto dessa transição foi motivo de muitos papos com o Expedito mais de trinta anos atrás. A maior dificuldade para o motociclista quando pilota um carro é a aproximação das curvas, a freada que nos carros é muito mais “lá dentro“, o contorno das curvas que mesmo hoje em dia o das motos é mais lento e a retomada quando transmitir a potencia ao solo é mais difícil numa só roda, acredito que não mudou muito ou então veríamos o grande Valentino Rossi pilotando uma Ferrari!
E para compensar meu esquecimento vou citar alguns grandes nomes que foram botas nas duas e quatro rodas; os campeonissimos Tazio Nuvolari e Alberto Ascari, também Johnny Cecotto, Adú Celso,  Carlinhos Aguiar, Jean Pierre Beltoise...

Big John 
México em 1970 com a Cooper-Maserati
Com a incrível Norton Manx, no ano de 1955 venceu com ela 68 das 76 corridas que participou.

Expedito
 Na Divisão 3
Com uma Honda 750

Beltoise
 Mônaco 1972 com a BRM.
Com uma Morinni 250cc

Adú Celso
 Com a Yamaha 350 TZ
Na Formula 2.

Mike "The Bike" Haiwood
 Com a Surtees TS19
E a MV Agusta



sexta-feira, 6 de agosto de 2010

AUTO UNION - II

Terça-feira, 1 de Setembro de 2009

AUTO UNION

Tazio Nuvolari Auto Union Tipo D 1938 .



Alguns anos após o fim da Iª Guerra mundial , a Alemanha totalmente quebrada , unem-se quatro industrias automobilisticas com o símbolo dos Quatro Aros , eram a DKW , Audi , Horch e a Wanderer . Elas se fundem sob a denominação Auto Union . Não quero entrar aqui em celeumas , problemas políticos e quetais , o certo é que o novo governo apoiou o projeto da nova industria de entrar na categoria GP . Com a entrada de recursos é contratado o estúdio de Ferdinand Porsche , que à época tinha quase pronto um projeto de um carro de GP . Como vemos na foto do chassi abaixo , seu motor V 16 era colocado entre eixos , caixa de cambio de cinco marchas , suspensão independente nas quatro rodas . O motor V 16 com compressor tinha 68mm de diâmetro x 75mm de curso tendo assim 4.358 cc e desenvolvia 295 hp à 4.500 rpm . Seu tanque de combustível era entre o motor e o piloto . Nos primeiros testes , os pilotos demoram a se acostumarem a nova configuração , alem disso queixam-se da suspensão traseira com eixos oscilantes que provocam mudanças repentinas na cambagem assim provocando um grande sobresterço . Só que o carro era rapidíssimo e logo nos primeiros testes já podia mostrar seu potencial .


Hans Stuck num belissimo sobresterço num Tipo A 1934 .

 
Hans Stuck larga na dianteira no Circuito da Gavea , Trampolim do Diabo .

 

Mesmo com o problema da difícil saída de traseira Hans Stuck vence no primeiro ano algumas corridas como o GP da Alemanha em Nurburgring , de Berna na Suíça e alguns outros mais . Sem duvida Stuck foi o primeiro grande vencedor com esse carro mesmo tendo outros grandes pilotos na equipe a rivalizar , como o grande piloto Italiano Achille Varzi . Tudo mudou um pouco com a chegada em 1935 de Bernd Rosemeyer sem duvida alguma mais rápido que seus parceiros e alem disso queridissimo na Alemanha . A esta altura já correm com o Tipo B , com o mesmo motor V 16 tendo sua cilindrada aumentada para 4.951 cc com o aumento do diâmetro dos pistões para 72,5mm , girava esse motor à 4.800 rpm e ganhava quase 100 hp gerando 375 hp . Com esse carro Bernd venceu muito , alem de tudo era o piloto de exibição da fabrica e com ele ao volante foram quebrados muitos recordes de velocidade . Em 1936 o novo modelo Tipo C tem sua cilindrada aumentada para 6.005 cc com o aumento do diâmetro dos pistões para 75 mm x um curso de 85 mm gerando assim 520 hp à 5.000 rpm . Bernd , Stuck e Varzi continuam a vencer , concorrendo principalmente com as Mercedes e Alfa Romeo .


Bernd Rosemeyer e o Tipo C 1936 .


Bernd Rosemeyer



No ano de 1938 cria-se uma nova formula para os carros de GP , os motores passam a ter no máximo 3.000 cc e um limite mínimo de peso . Porsche deixa a Auto Union e o engenheiro Eberan von Eberhorst cria um novo carro tendo como base o antigo , o Tipo D de 1938 , seu motor agora era um V 12 com 2984 cc tendo o diâmetro de seus pistões 65 mm x 75 mm de curso . Com um compressor mais potente gerava esse motor 485 hp à 7.000 rpm . O novo carro tem os tanques de combustível laterais para tentar diminuir a saída extrema de traseira e encontra muitas dificuldades para vencer os rivais .

Tipo D 1938 , simplesmente lindo , só que já não era capaz de vencer seus adversários .


1938 começa difícil para Auto Union , o novo carro pouco competitivo frente aos adversários e seu grande piloto , que era chamado para bater todos recordes de velocidade , um habito constante para divulgação da marca , sofre um grave acidente com um dos Auto Union aerodinamicos , numa das rodovias expressas da Alemanha bate seu carro numa ponte a mais de 440 km/h eu escrevi quatrocentos e quarenta kilometros hora , vindo a falecer instantaneamente .

Bernd Rosemeyer num dos Auto Union aerodinamicos .

Outro dos modelos aerodinamicos .

Hans Stuck já não consegue fazer frente a seus adversários , com melhores carros e vence algumas corridas de menor importância . A morte de Bernd era muito sentida sob todos aspectos , quando ninguém menos que Tazio Nuvolari é chamado para tentar alguma reação . O Grande Tazio testa o carro já quase no fim da temporada , e vence triunfalmente o GP de Monza dando novo animo a equipe . Vence também outro GP e algumas corridas sem a mesma importância . Em 1939 com a Europa já tomada pela 2ª Guerra , Tazio vence uma ou duas corridas . Com o cancelamento das corridas de GP acaba-se também a grande marca , que em cinco anos , perpetuou seu nome na história do automobilismo .


O belo chassi do Auto Union Tipo C , o motor V 16 e o grande radiador dianteiro .




Dedico esta postagen a meus amigos Vera e Ricardo Bock , ele um grande admirador desse carro .
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Tazio e a Cisitalia


A Cisitalia Type 360 nasceu do sonho do empresário e ex-piloto italiano Piero Dusio, que encomendou a Porsche Engineering, um chassi para disputar provas no formato Grand Prix.

O Mantuano e a Cisitalia Type 360
Dusio esperava assim consolidar essa nova marca. Em 1946, Ferdinand e Ferry Porsche, que estavam presos na França (acusados de colaboracionistas) começaram a executar o projeto: carro pequeno, leve, com motor 12 cilindros e 1,5 litro com compressor. O Type 360 deveria ficar pronto em 1947, mas sem verba para tocar a empreitada, Dusio rumou para a América do Sul, onde encontrou o apoio incomum do ditador argentino Juan Domingo Peron, um entusiasta do automobilismo.
Dusio, Tazio e a equipe.
Testando com Boneto e Bucci.
Notem que sua concepção era moderna. Motor entre eixos com cambio traseiro, suspensão traseira independente com semi eixos, a suspensão dianteira uma herança Porsche, independente com barras de torção.  

Tazio

Em 1951, pintado nas cores argentinas (o azul e o amarelo), o carro ganhou as pistas. Testado pelo italiano Felice Bonetto e pelo argentino Klemar Bucci em San Isidro, próximo de Buenos Aires, o carro não entusiasmou. Na Europa, Piero conseguiu um reforço de peso na figura do grande Tazio Nuvolari, que chegou a conhecer a Cisitalia, mas talvez não tenha tido tempo de experimentá-lo. Ressalto que ele só não usou a Type 360. Correu a Mille Miglia de 1947 com uma Cisitalia 202 Spyder. Tinha então 55 anos e só não venceu porque "atropelou" uma poça d`água. Em 1948, a Cisitalia quebrou nos treinos e Enzo ofereceu-lhe uma Ferrari 166 S. Há sete meses longe das pistas e sem conhecer o carro, deu espetáculo. Em Pescara já era o líder; em Roma tinha 12 minutos de vantagem; em Livorno 20 minutos e em Florença já tinha meia hora. Mas - aí a prova de que Tazio era maior do que Enzo - o carro não estava à sua altura. Peças começaram a se desprender: um paralamas, o capô, os parafusos do banco. Quando um feixe de molas da suspensão soltou-se, desistiu.
Sua última vitória foi a Subida de Montanha Palermo-Montepellegrino, onde foi o primeiro de sua classe com uma Cisitalia 204.
Caranguejo