A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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sábado, 9 de março de 2024

Tigrão

 

Fotos de meu amigo Rogério DaLuz.


  Wilson Fittipaldi Junior foi um empreendedor, um realizador de sonhos, não fui seu amigo, mas o conheci e temos, ou tivemos, muitos amigos em comum.

Empreendedor, realizador, mas acima de tudo quando sentava em um carro de corridas acelerava, e muito, um tremendo bota, um talento natural.
Com quase quatro anos mais que seu irmão Emerson, tinha a mesma velocidade, a mesma capacidade de acerto de um carro de corridas, o mesmo talento.

Com o KG-POrsche da Dacon a frente de Luiz Pereira Bueno e Bird Clemente.
Formula Dois no Brasil.


Abandonou uma carreira onde poderia ter o mesmo sucesso do irmão, ou Pace, e foi concretizar um sonho. Eu, mesmo sendo critico da forma, jamais deixei de ser um apoiador e entusiasta do projeto, e faltou apenas um tantinho   para seguir e dar certo.
Mais tarde voltou a correr no Brasil, e para perpetuar a glória escrita no troféu venceu com seu filho Christian as Mil Milhas Brasileiras, criação de seu pai Wilson Fittipaldi e Eloy Gogliano décadas antes. Venceu em outras categorias com a Stock Cars, mais tarde mostro a vocês, com fotos de meu amigo Carlinhos.
Lembro de muitas corridas dele, de Gordini, Berlinetta, KG-Porsche e mais tarde com os Formula 2, Um e os Esporte Protótipos.
Lembro muito bem, estava perto do "S" original de Interlagos, hoje Autódromo José Carlos Pace, ele com a Lola T70, não lembro se a branca ou a amarela. Foi provavelmente na Copa Brasil de 1971, quando corri em Estreantes e Novatos.
Se me falha a memória da data exata, de meus olhos e minha mente não saem a visão dele chegando à curva naquela pequena reta que levava da curva do Laranja à primeira perna do "S" à direita. Freava forte, o bico do carro quase raspando o asfalto, a traseira abanando, enfiava uma marcha, provavelmente a primeira, tomava a curva e um pouco adiante do ponto de tangência pisava fundo naqueles talvez 50/70 metros que levava até o Pinheirinho, a segunda curva do "S", o original. A frente do carro levantava, entrava outra marcha e contornava o Pinheirinho forte, saindo na zebra de fora acelerando a caminho do Bico de Pato. 
 
É Tigrão eu vi, e nunca vou esquecer! 

Rui Amaral Junior


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Tigrão no Campeonato Europeu de Esporte Protótipos 1971.

 



 De um comentário do Barba no post sobre a T210/12, " O Wilson correu neste campeonato com um Abarth, acho que em 71. Lembro de ter lido a respeito na excelente revista argentina Parabrisas Corsa.", tentei encontrar algo a respeito, já que não me lembrava. Fui leitor assíduo da excelente Parabrisas Corsa, lembro bem que aos onze doze anos quando chegava em Montevideo ou Buenos Aires, logo ia a uma banca para compra-la.

Encontrei quatro participações do Wilson no Europeu de 2 litros, três com Chevron B19 Ford-Cosworth, que usava o mesmo motor da Lola T210/212 e uma com o Abarth 2.000 SP.
Meu post sobre a Abarth.

Em Hockenheim, com o Abarth, Wilson larga num excelente quinto lugar logo atrás de Merzario, piloto oficial da marca e de três Lolas T210.

Grid
Pole - Helmut Marko Lola T212 Ford Karl von Wendt Racing 2:07.300
2º - Vic Elford Lola T212 Ford Scuderia Filipinetti 2:07.300
3º - Jo Bonnier Lola T212 Ford Scuderia Filipinetti 2:07.400
4º - Arturo Merzario Abarth 2000 SP/71 Abarth & C. 2:07.400
5º  Wilson Fittipaldi Abarth 2000 SP Abarth & Co  2:07.500
6º - Toine Hezemans Chevron B19 Ford 2:07.700
Como podemos ver a categoria era disputadíssima as diferenças medidas em milésimos de segundo, e só feras na pista.
A vitória depois de duas baterias foi de Helmut Marko, que vinha fazendo uma bela carreira, tanto na F.Um como nos EP de cinco litros, e que meses depois venceria as 24 Horas de Mans. 
Resultado
1º - Helmut Marko Lola T212 Ford Karl von Wendt Racing
2º - Vic Elford Lola T212 Ford Scuderia Filipinetti
3º - Arturo Merzario Abarth 2000 SP/71 Abarth & C. 50
4º - Jo Bonnier Lola T212 Ford Scuderia Filipinetti

Assim como nas outras participações, com o Chevron, Wilson também quebrou em  Hockenheim.
Sem encontrar fotos do Tigrão na Abarth mostro uma da guerreira Lella, quando pilotou uma nos 500 Km de Interlagos 1972. Além dela e Merzario grandes pilotos italianos correram com a Abarth 2.000 SP, os irmãos Brambilla, Giovanni Salvatti, entre outros.

Lella


Chevron B19 Ford-Cosworth. Wilson ou Miles?


Na foto do Chevron, estavam inscritos em Hockenheim Wilson e John Miles, então companheiro de Emerson na Lotus, e não sei qual deles está na foto.   

Valeu Barba.

Rui Amaral Jr


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

GP Brasil 1973- Algumas lembranças...

 

#1

 Foi a primeira prova válida para o Campeonato Mundial de Formula Um disputada aqui, graças ao empenho de Antonio Carlos Scavone e Mario Patti (pai).

Desta vez fui a todos os treinos, e na corrida não faria como na anterior, que homologou o circuito, quando com uma amiga chegamos tarde e mesmo com credenciais assistimos a corrida do barranco da Subida dos Boxes, isto depois de só conseguir parar o carro na Avon, quando tivemos que subir toda avenida, totalmente congestionada, e conseguir à duras penas encontrar um lugar naquele morro.

Linda foto, não sei de qual autódromo.
O tiro de Ronnie foi curto, cerca de cinco voltas...


Agora o Rato era rei, corria com o #1 de campeão e ainda Pace, Wilson e Luiz lá estavam.

Eu já tinha feito cerca de 7/8 corridas lá como Novato, mal sabia que voltaria a correr apenas na segunda parte do ano já como graduado.

Nos dias que antecederam a corrida fucei e olhei bem em tudo, alguns pilotos já conhecia das corridas da F.Dois e Três em temporadas de anos passados, alguns como Jackie Stewart, o bi campeão do mundo nunca havia chegado perto. 

Nas duas fotos com Ickx e Pace o malabarismo para pilotar os carros de então. Ickx vem saindo de traseira em ambas, na segunda talvez tenha se perdido um pouco, a 312 B2 era um carro complicado. Já Pace com a TS14A vem em ambas saindo muito de frente. 


Se Pace sofria com a TS14A imaginem Luiz com a TS9B, acredito que contemporânea das Alfettas de 1950/51! Notem a "parede" que era a asa traseira! Bico de Pato, Luiz deve ter batido o volante no batente para fazer a curva!   


Sempre gostei de assistir treinos em alguns de meus lugares favoritos, onde podia captar a técnica dos grandes pilotos. Em Interlagos alguns desses lugares me maravilhavam. O barranco da curva do Sol, aquela curva maravilhosa que separava os homens dos meninos, ou pouco antes da linha de chegada, naquele barranco, onde podia ver a descida do Retão, a Três, a Ferradura, Subida do Lago e Reta Oposta, a saída do Sargento, o Laranja, o S até o Bico de Pato e depois virando ver eles passando muito rápido na Reta dos Boxes. Outras vezes ficava na parte de dentro da curva Um ou lá embaixo na Três...Interlagos era intenso, forte e desafiador.

Na Ferradura sempre me impressionou o traçado que Luiz fazia, já tinha visto com inúmeros carros que pilotou, vinha mais aberto que os outros para tomada da segunda perna a esquerda e começava acelerar antes dos outros. Ronnie, Emerson, Stewart, Clay e outros já vinham pendurados, sendo que o Rato deixava o carro escorregar do meio para saída e rumava forte para a Subida o Lago. Outra coisa que nunca vou esquecer, a telegrafada que Lole dava no contorno da perna a esquerda.

Pode ser que deixe de escrever muitas coisas que vi, mais tarde na certa vou lembrar de tantas outras, mas nunca vou esquecer quando em algum dos treinos estava um pouco antes da Ferradura, acredito que tenha parado o carro ou moto naquele estacionamento, no meio da reta que ligava o Sol ao Sargento,  quando vejo Srewart saindo do Sol com Emerson grudado nele e bem na minha frente o Rato tira seu carro para a esquerda e toma o Sargento na frente... é nunca vou esquecer!

A corrida? Bem sobre a corrida talvez um dia lembre muita coisa, apesar da decepção da quebra de Luiz que mesmo naquela tranqueira que Surtees lhe entregou vinha bem, e também com as quebras de Pace e Wilsinho.

 Tudo foi compensado pela brilhante vitória do Rato, e o êxtase de todos e toda alegria de vê-lo no lugar mais alto do pódio.

 

 

Rui Amaral Jr


 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

500 Km de Interlagos 1966 - por Ronaldo Nazar

 


A realização da 9ª edição dos 500 km de Interlagos, foi no dia 07 de setembro de 1966, uma 4ª feira com o anel externo sendo o palco da grande disputa, agora todo reformado em virtude da equipe Willys ter recapeado o mesmo para poder realizar o recorde dos 50 000 km do Gordini no final de 1965. Com o retorno à Europa das Abarth Simcas, a equipe Willys era a grande favorita e os pilotos Bird Clemente e Luiz Pereira Bueno, comandariam seus novos Alpines A 1300, apesar de a recém surgida equipe Dacon com seus Karman Guia Porsche que seriam pilotados por Wilson Fittipaldi e Marivaldo Fernandes estarem desafiando o seu domínio. A equipe Vemag surgia como a 3ª força com os novos GT Malzoni e os sempre confiáveis DKW belcar tendo no comando Mário César Camargo o Marinho, José Ramos, José Contijo. A 4ª força viria da equipe Jolly, com Piero Gancia no comando da Alfa Giulia. 

Wilsinho, José Ramos e Bird.

Nos treinos a pole position ficou com Wilsinho Fittipaldi , tendo ao seu lado na 1ª fila José Ramos e o Pássaro Bird Clemente. A largada no estilo Indianápolis , foi dada às 14 hs com o dia ensolarado e a pista propícia à uma grande corrida. Na hora do larga, José Ramos pegou a ponta sendo ultrapassado por Wilsinho na curva 2 . Bird Clemente fez o mesmo na entrada da curva 3. Ao final da 1ª volta Wilsinho liderava , com Luizinho Pereira Bueno nos seus calcanhares em 2º, Marivaldo na 3ª posição, Bird em 4º , Marinho em 5º, Piero Gancia em 6º, José Ramos em 7º. José Contijo entrou nos boxes com o para brisa de seu Malzoni quebrado. Uma pedrada involuntária de um adversário era a razão da pane. 

Wilsinho, Bird e Luiz.

Na 2ª volta Bird Clemente ultrapassa Marivaldo Fernandes assumindo a 3ª posição. Os carros andam mais ou menos juntos , com destaque para a recuperação de José Contijo no Malzoni após o reparo do para brisa. Wilsinho vai liderando e na 6ª volta Luizinho quase o ultrapassa , aproveitando-se do tráfego dos retardatários. Os dois carros entram na curva 3 lado a lado , tendo Wilsinho resistido por fora . Lindo pega entre os cobras. Com esse pega , Luizinho virou em 1m15"2, que acabou sendo a volta mais rápida da corrida. Na 9ª volta Wilsinho entra nos boxes com vazamento de óleo no motor Porsche do Karman Ghia .O carro 77 ficou nos boxes por cerca de 3 minutos para fazer o reparo,Wilsinho voltou disposto a recuperar o terreno perdido. Lá na frente liderando os dois Alpines de Luizinho e Bird diminuem o ritmo e passam a virar em 1m18s. Marivaldo os segue, também mantendo o mesmo ritmo dos líderes. Só Wilsinho que virando em 1m16s , vai descontando e é o carro mais rápido da pista. O resultado é que na volta 30 Wilsinho já corre em 4º lugar, tendo acabado de ultrapassar o DKW de Marinho. Quem também resolve apertar o ritmo é Piero Gancia que após ultrapassar Marinho e Contijo aloja-se na 5ª posição na mesma volta dos líderes, só aguardando algum entrevero para ganhar posições. Bela corrida do ítalo-brasileiro da equipe Jolly. Na volta 54 , Bird entra nos boxes em parada inesperada. O pneu traseiro direito o mais solicitado dechapou obrigando o pássaro a entrar nos boxes para troca-lo e reabastecer. Na 60ª volta , é Wilsinho quem entra nos boxes para trocar o mesmo pneu traseiro . O resultado é que quando ele retornou à pista para buscar velocidade , notou que havia algo na suspensão traseira que foi afetada pelo furo do pneu. Com isso Wilsinho abandonou. Bird retornou na 3ª colocação. 

Marivaldo....
...saindo da Dois.
José Ramos, o grande Marinho e o Gordini de Pelicciotti.

Com essas mudanças , Marivaldo Fernandes passa a baixar a bota e cola em Luizinho, ultrapassando o Alpine na 66ª volta. Passou e foi embora . Depois dos reabastecimentos , Luizinho reassume a ponta graças ao belo trabalho de boxe da equipe Willys. Marivaldo tb perde a 2ª posição para Bird . Marivaldo vai recuperando na pista o tempo perdido nos boxes e cola na traseira de Bird até que na 112ª volta , ultrapassa o Alpine 46. Na 114ª volta , Bird recorre aos boxes novamente com o pneu traseiro direito dechapado. Na troca a equipe verifica que o rolamento da roda do pneu trocado precisa de cuidados , e a qsuspensão está torta. Grecco fala para Bird desistir , mas este não cede e volta para a pista , mostrando toda a sua garra e coragem . Na 126ª volta Luizinho lidera com cerca de 30 segundos de vantagem para Marivaldo que vem descontando cerca de 1 segundo por volta , Marivaldo vai ultrapassar Luizinho antes do final e vencer a corrida. Só que na volta 128 o Karman Ghia passa em frente aos boxes soltando fumaça do motor e na volta 130 abandona com o cabeçote rachado. Aí coube á dupla da Willys diminuir ainda mais o ritmo para receberem a bandeira fazendo a dobradinha vencedora dos amarelinhos. Na 3ª posição ,fechando o pódium Piero Gancia coroa a sua bela corrida.Marinho finaliza em 4º com o Dkw , que foi assim o 1º colocado conduzindo um carro de fabricação nacional. Após a volta de desaceleração , Luizinho e Bird foram carregados pela torcida que invadiu a pista. Uma verdadeira apoteose para os ases da equipe Willys. 

Mestre Luiz.


A classificação da prova foi a seguinte:

1º Luiz Pereira Bueno, Alpine 1300, 154 voltas, 3h28m1s, média horária 145,163 km/h

2º Bird Clemente, Alpine 1300 149 voltas.

3º Piero Gancia , AlfaGiulia TI, 147 voltas

4º Mário Cesar de Camargo Fº DKW, 142 voltas

5º José Ramos DKW Malzoni , 142 voltas

6º Jota , Simca- 139 voltas


Ronaldo Nazar

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 Delicia de texto do Ronaldão!

Ligo para ele, atende a querida Sônia, lá de trás ele já grita "grandãooooooo!"

"Ronaldão, posso postar seu texto e fotos, do Velocult no Histórias?"

Velocult no Facebook - link

"Pode mulekeeeeeeee!"

Bem; o papo não foi só bem este, como sempre repleto de bobagens, para terminar comigo emocionado, sinto falta dos amigos e Sônia, Ronaldão e Pandora são daqueles que estão sempre num canto especial do coração.

Lendo me emocionei, não vejo o Bird desde o começo da pandemia, eles também.

Ainda liguei para o Chico Lameirão perguntando o por que dele não ter corrido, um dia lembramos direitinho.

E tem Mestre Luiz, de quem fomos fãs e amigos, e faz uma baita falta!

Beijão fraterno meus amigos.

E a vocês que nos acompanham um abraço e  desculpem meu blá blá blá ao final do texto, foi apenas escrito do coração.


Rui Amaral Jr


 

 

  



quinta-feira, 30 de julho de 2020

Separados pela sorte...

São Paulo 1976 - Com o FD 04 Emerson na curva do S, quase na tangencia do Pinheirinho.
( primeira prova do campeonato )

 1975 - Wilson Fittipaldi começa a saga da equipe Fittipaldi na Formula Um, ele e Arturo Merzario não marcam nenhum ponto no mundial, era o aprendizado, contavam com um bom projetista, uma bela verba de patrocínio, masss...  
Vamos considerar a chegada do bi-campeão à equipe em 1976, na primeira corrida do campeonato, em Interlagos, Emerson faz um excelente quinto lugar no grid, 830/1000 atrás do pole, a McLaren de James Hunt, apenas 170/1000 da Ferrari de Clay Regazzoni o quarto. Com problemas no motor Emerson amarga um decimo terceiro lugar...
Neste ano Emerson e a equipe Fittipaldi fizeram três pontos no mundial, com os sextos lugares em Long Beach, Monte Carlo e Inglaterra. 

 Buenos Aires 1977 - Com o Wolf  WR1
( primeira corrida do campeonato )

 1976 - Depois de se separar de Frank Willians o canadense Walter Wolf ( não vem ao caso falar sobre ), trás o projetista Harvey  Postlethwaite para projetar seu carro. Chama Jody Schekter para pilotar o único carro da equipe.
A estréia é no primeiro GP do mundial de 1977 na Argentina, Jody vence a corrida, tendo Pace com a Brabham BT45 em segundo, Reutmann com a Ferrari 312T em terceiro e Emerson com o FD 04 em quarto. 
Neste ano a Wolf e Jody venceram mais duas vezes, Monaco e Mosport, terminando o campeonato na segunda colocação, atrás da Ferrari de Niki Lauda.

Em Monte Carlo já com o Wolf WR3, uma evolução do WR1 à frente de John Watson, que substituía Pace na Brabham.


 Ora...ouço e li ( hoje não leio quase sobre automobilismo, apenas de quem sei que sabe muito ), muitas bobagens sobre a bela saga da equipe Fittipaldi na Formula Um, mi mi mi, blá blá blá, a equipe foi boicotada pelos fornecedores de motores, só para ter uma ideia eles tinham dezessete Ford Coshorth DFV, pelos fornecedores de pneus, que faltou grana e mais blá blá blá, Quando  alguém me pergunta sobre algo que leu na internet então!!!!!
Ao contrário da Wolf que em 1977 priorizou sua força em um único carro, a Fittipaldi em 1976 trouxe outro brasileiro para a equipe, dividindo forças, mesmo Emerson sendo o primeiro piloto com toda prioridade da equipe.

A Wolf durou mais dois anos, quando foi comprada pela Fittipaldi, que durou até mais três anos até 1982. Foi uma pena, pois a equipe tinha tudo para dar certo, a grande tocada de Emerson, a vontade de Wilsinho, a competência de Divila... 

Faltou sorte.  
Sim, a sorte que aliada à competência e ao profundo conhecimento faz os campeões.
O resto é mi mi mi.

Rui Amaral Jr






segunda-feira, 13 de agosto de 2018

JUSTA HOMENAGEM



 Cinquenta anos atrás Chico vencia Campeonato Brasileiro de Turismo à bordo de uma Alfa Romeo GTA da equipe Jolly Gancia, dia 7 de Julho o Alfa Romeo Clube do Brasil prestou uma bela homenagem à ele numa reunião em São Paulo...justa homenagem!  

 
 Vencendo na Guanabara em 1968 com Emilio Zambello.(a data na foto está errada)
Podium Chico no alto com Zambello erguendo a taça, Bird com a mão em sua barriga, ao lado Luiz Pereira Bueno, de camisa escura Eduardo Celidonio e Carlos Alberto Sgarbi.
Resultado
1º - Chico e Zambelo - Alfa GTA eqiupe Jolly Gancia
2º - Luiz e Bird - Bino MKII - equipe Willys
3° - Celidonio e Sgarbi - protótipo Snob`s
Luiza e Bird Clemente com Wilsinho e Chico
                                                  Chico Lameirão - Na Pista por 3 Gerações 
link 
Roberto Zullino, Miguel Crispim Ladeira, Marcos Lameirão. Ricardo Bock e eu.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Seis Horas de Curitiba por Ari Moro

Lá se vão quatro anos desde que a Graziela Rocha me apresentou o Ari e ele me presenteou com alguns exemplares de seu jornal e autorizou a reprodução das matérias. Caros Ari e Graziela é sempre uma honra e um privilégio te-los aqui, um forte abraço e obrigado! 

Post de Quinta-Feira, 13 de agosto de 2009
Assim Ari Moro contou as Seis Horas de Curitiba,


A carretera 27 de Altair Barranco/José Grocoski.
"Se eu tivesse que escolher, preferiria quebrar o carro, mas, sentir o gosto de estar liderando uma prova, do que levá-lo até o final da competição, sem quebrar, mas, terminar a corrida sem ter ponteado um instante sequer." Esta, uma declaração de Altair Barranco, talvez o mais popular, o mais comentado de todos os pilotos de carreteira do Paraná, apesar de ter iniciado sua carreira numa época em que as competições automobilísticas começavam a experimentar uma nova fase, com a entrada em cena dos carros de fabricação nacional e o declínio do uso dos "carros adaptados", as famosas carreteiras.

Carretera Gordini Equipe Willys.
Carretera Gordini e um Ford.
A freada do fim da reta , briga entre Simca e DKW.
Carretera 12 de Bruno Castilho, chassi F 100, motor Mercury Interceptor e cambio Corvette.

AS SEIS HORAS DE CURITIBA


Em 1963, o jornal Gazeta do Povo promoveu a primeira das três emocionantes provas automobilísticas de rua, denominadas Seis Horas de Curitiba, reunindo pilotos locais e de outros Estados, sobretudo de São Paulo, de onde vieram nomes famosos como Bird Clemente e Wilson Fittipaldi, pilotando os Gordini e as Berlinetas Interlagos da equipe Willys. Daqui, além de Barranco, correram pilotos de peso como Bruno Castilho, Adir Moss, Osvaldo Curi (uma das carreteiras mais bonitas já feitas), Johir Parolim:
Cidalgo Chinasso, Orlando Hauer, Conrado Bonn Filho (Dinho), entre outros, além do famoso Angelo Cunha, da cidade paranaense de Laranjeiras do Sul (dono da primeira carreteira a usar aros tipo tala-larga na traseira).
A largada, no final da tarde, foi na avenida Presidente Kennedy, sentido bairro-centro, seguindo depois pela rua Mal. Floriano Peixoto, virando na avenida Presidente Getúlio Vargas, descendo a rua Brigadeiro Franco - na praça do Clube Atlético Paranaense, contornando esta praça e dali em frente por outras ruas até chegar na avenida Presidente Kennedy novamente;
Conta Barranco que, pouco antes da largada, teve um desentendimento com Adir Moss. O caso sofreu a interferência do dirigente de entidade automobilística Anfrísio Siqueira, o qual chamou os dois pilotos e disse-Ihes que só largariam se um apertasse a mão do outro e fizessem as pazes. E assim aconteceu.
Já na terceira volta Barranco liderava a corrida. Na esquina da Kennedy com a Mal. Floriano existiam umas tartarugas no meio da rua. Na primeira volta, Barranco passou por fora; na segunda, passou por dentro; e, na terceira, bateu com as rodas nas tartarugas, tendo que trocar uma delas depois. "Mesmo assim - relata - quando cheguei no final da reta da Mal. Floriano, na terceira volta, olhei para trás e não vi ninguém, nem o Gordini equipado com o motor R-8 francês dos paulistas. "
Mais tarde, Barranco entregou o volante ao piloto José Grocoski, seu companheiro de equipe. Grocoski, por sua vez, também na Mal. Floriano, pegou o meio fio e entortou uma roda da carreteira. O conserto do estrago custou à dupla um atraso de cinco voltas em relação "ao primeiro colocado. Na seqüência, Altair pegou o volante de novo e, ainda na esquina da Mal. Floriano com a Presidente Getúlio Vargas, perdeu uma roda traseira, cujo aro foi cortado por dentro, ficando só o seu miolo. "Várias pessoas correram até meu carro e ergueram-no - conta ele - enquanto eu trocava a roda. Mas, eu só dispunha de roda tamanho menor, que era usada na frente, correndo o risco de quebrar o diferencial. Assim, tive que dirigir a carreteira até o meu box, na Kennedy, a fim de trocar a roda novamente, por uma maior. "
Apesar de todos esses percalços, Barranco conseguiu tocar seu carro até o final da competição e colocá-lo em quarto lugar. A sua carreteira na oportunidade era um Ford cupê 1940 - nº 27, com motor Mercury e equipamento importado, três carburadores, dando-lhe 300 cavalos.

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Formula 3 na Argentina 1966

Com as fotos do post anterior, minha intenção era mostrar o piloto inglês Chris Irwin. Sem duvida alguma um grande nome, mas que por vários nunca alcançou o ápice da carreira. Aqui vou relembrar a Temporada Argentina de F3 do ano de 1966, quando Luiz Antonio Greco levou  sua equipe para  disputar a temporada, tendo como piloto Wlison Fittipaldi Jr. O carro rebatizado de Gávea era um Alpine A270 Renault R8/Mignoret, cedido pelo francês Jean Redelé chefe da Alpine o braço de competições da Renault.
Nesta temporada Irwin andou muito, mas o campeão foi o inglês Charles Crichton-Stuart que corria pela equipe de Stirling Moss.

#17 - Chris Irwin - Reg Parnell Racing - BRM P83, #5 - Jim Clark - Team Lotus - Lotus 49;
#16 - Jo Bonnier - Joackim Bonnier Racing Team - Cooper T81;
#22 - Jean-Pierre Beltoise - Matra Sports - Matra MS7,#17 - Chris Irwin - Reg Parnell Racing - BRM P83

TEMPORADA ARGENTINA F3 1966

O campeão Charles Crichton-Stuart, Brabham BT10 Ford
Wilsinho, Greco e observando Emerson
O Gávea em ação

Jonathan Willians, Brabham BT10-Ford lidera 
Silvio Moser, Brabham BT10 Ford/Cosworth
 Acima Chris Irwin lidera uma corrida de F3 em Siverstone

XV Temporada Argentina,  1ª corrida.


Autódrom Municipal Alte. Brown, Buenos Aires, Argentina 

Pole Position;  Chris Irwin, 1'41.2" volta mais rápida: Chris Irwin, 1'40.8"

FINAL

 1 30 Chris Irwin, GB The Chequered Flag Brabham BT16 - Ford/Cosworth 59'57.6" 

 2 20 Charles Crichton-Stuart, GB Stirling Moss Auto Racing Team Brabham BT10 - Ford/Cosworth 1:00'29.1" 

3 6 Nasif Estefano, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 1:00'35.4" 

4 18 Jonathan Williams, GB Charles Lucas (Engineering) Brabham BT10 - Ford 1:00'45.5"

5 26 Eric Offenstadt, F Stephen Conlan Motor Racing Lola T60 - Ford/Cosworth 1:01'32.2" 

6 2 Jorge Cupeiro, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham BT15 - Ford 1:01'35.7" 

 Wilsinho terminou em 15º .

                                      --------------------------------------------------------------------- 

Gran Premio Internacional Ciudad de Rosario ACINDAR S.A. 1966

XV Temporada Argentina, 2ª corrida.

Parque Independencia, Rosario, Argentina 



Janeiro 30. 3 x 10 voltas x 2779 m = 27.8 kms + Final 30 voltas = 83.37 kms.
Pole Position;  volta mais rápida: Silvio Moser, 1'27.7"


FINAL


 1 36 Silvio Moser, CH Martinelli + Sonvico Racing Team Brabham BT16 - Ford/Cosworth 48'35.4"

 2 6 Nasif Estefano, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 48'53.4" 

 3 48 Mauro Bianchi, B Société des Automobiles Alpine Alpine A270 - Renault R8/Mignotet 49'15.0"

 4 24 Picko Troberg, S Picko Troberg Brabham BT15 - Ford/Cosworth 49'30.0 

 5 22 John Cardwell, GB Goodwin Racing Brabham BT15 - Ford/Cosworth 49'49.3"

 6 8 Juan Manuel Bordeu, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 49'50.0" 

 Wilsinho terminou em 9º. 
  
                                    -------------------------------------------------------------------------- 
  
Gran Premio Internacional Yacimentos Petroliferos Fiscales 1966
XV Temporada Argentina, 3ª corrida;

Autodromo General San Martin, Circuito No. 2, Mendoza, Argentina 



Fevereiro 6. 2 x 25 voltas x 2645 m = 66.125 km + Final 50 voltas = 132.25 kms Pole Position;  Jonathan Williams, 1'08.7"

Volta mais rápida: Chris Irwin, 1'08.5"

  Final


 1 20 Charles Crichton-Stuart, GB Stirling Moss Auto Racing Team Brabham BT10 - Ford/Cosworth 58'13.6"

 2 30 Chris Irwin, GB The Chequered Flag Brabham BT16 - Ford/Cosworth 58'15.1"

 3 6 Nasif Estefano, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 58'54.9"

 4 26 Eric Offenstadt, F Stephen Conlan Motor Racing Lola T60 - Ford/Cosworth 58'58.9" 

 5 22 John Cardwell, GB Goodwin Racing Brabham BT15 - Ford/Cosworth 59'01.1" 

 6 42 Carlo Facetti, I Scuderia Sant'Ambroeus Brabham BT10 - Ford 59'13.5"

Wilsinho terminou em 20º , Clay Regazzoni em 22º e Piers Courage em 25º. 
  
                              ------------------------------------------------------------------------------- 
  
Gran Premio Internacional Yacimentos Petroliferos Fiscales 1966 
XV Temporada Argentina, 4ª corrida.

Autodromo General San Martin, Circuito No. 2, Mendoza, Argentina 

Fevereiro 6. 2 x 25 voltas x 2645 m = 66.125 km + Final 50 voltas = 132.25 kms Pole Position; Jonathan Williams, 1'08.7"


Volta mais rápida: Chris Irwin, 1'08.5"

  Final


 1 20 Charles Crichton-Stuart, GB Stirling Moss Auto Racing Team Brabham BT10 - Ford/Cosworth 58'13.6"

 2 30 Chris Irwin, GB The Chequered Flag Brabham BT16 - Ford/Cosworth 58'15.1" 

 3 6 Nasif Estefano, RA Escuderia Argentina Automondo Brabham - Ford 58'54.9" 

 4 26 Eric Offenstadt, F Stephen Conlan Motor Racing Lola T60 - Ford/Cosworth 58'58.9"

5 22 John Cardwell, GB Goodwin Racing Brabham BT15 - Ford/Cosworth 59'01.1"

 6 42 Carlo Facetti, I Scuderia Sant'Ambroeus Brabham BT10 - Ford 59'13.5"

  Wilsinho terminou em 20º e Clay em 16º. 

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Agradeço ao Caranguejo, ao André do blog Por Dentro dos Boxes  e ao Joca do Blog do Mestre Joca que neste link conta a história de Chris Irwin. 


NT:  Irwin é um enigma até hoje. Pouco se sabe dele, seu paradeiro atual é desconhecido, aparece quando quer e ficou com sequelas do acidente.
O trecho da pista em que se acidentou é o famoso Flugplatz, trecho preferido por dez entre dez fotógrafos que fazem cobertura em Nurburgring , pois é o trecho onde os carros "decolam".

Para finalizar, o Grande Fangio, mentor das temporadas argentinas de F3, dá conselhos à seu filho Cacho.


Na edição de Março de 1966 a reportagem sobre a temporada 


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Algumas fotos de Grandes Pilotos

Procurando fotos em meus arquivos, encontrei o Calendário da METAL LEVE de 2004, e entre as magníficas imagens preparei três. Grandes Pilotos que estão e estarão sempre presentes cada vez que falarmos de automobilismo.

 Luizinho Pereira Bueno, com o Mark I da Equipe Willys no Autódromo do Rio de Janeiro, prova Almirante Tamandaré 1967
 Marinho Cezar de Camargo Filho, com a Carretera DKW, vencedor do IV Circuito da Barra - Salvador BA - 1963.
Wilson Fittipaldi Jr e Vitório Andreatta, vencedores dos 500 Milhas de Porto Alegre no Circuito Cavalhadas-Vila Nova em 1963, com o Willys Interlagos.

Fotos: Francisco Feoli, Luiz Pereira Bueno e Auto Union DKW Club do Brasil.