A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ENTRE GUARAPIRANGA E BILLINGS

Chico Lameirão e Julio Caio
Julio Caio e Ingo.

E chegávamos afinal à decisão do I Campeonato Brasileiro de Fórmula Super Vê, a nova Fórmula de Monopostos do país e que mais tarde teria o epíteto de “A Fórmula 1 Brasileira”. Já contando com equipes bem estruturadas, bons profissionais em todas as áreas e nomes conhecidos do nosso automobilismo, naquele início de dezembro de 1974 pensávamos: quem levará a taça? Chico Lameirão, que é líder com 19 pontos? Ingo Hoffmann, vencedor de sete das quinze baterias já disputadas (e pole de todas) e seus 18 pontos? Nelson Piket, (de quem ouviríamos falar tanto mais tarde) que tinha 16 pontos? O experiente Eduardo Celidônio, e seus 14 pontos? O raçudo Ricardo Mansur, que computava 12 pontos ou Marcos Troncon, com participação em 6 corridas em sua carreira e que ficara de fora das duas primeiras etapas do Brasileiro, mas que possuía 11 pontos? Quantas interrogações...só até aqui contei seis. Além da decisão em si, a prova apresentaria um grid de dezoito carros, um deles, o Magnum-Kaimann de Alfredo Guaraná Menezes, estreando na categoria onde daria às cartas a partir de 1977. Na largada, o pelotão sofreu uma baixa; Newton Pereira, com problemas de suspensão não largou e eu pergunto onde estaria o amigo Comendador, Biju Rangel (como eu não sei mesmo, vamos torcer para que ele nos diga). Ingo disparou na ponta, seguido por Guaraná, Piket, Troncon, Júlio Caio de Azevedo Marques e Francisco Lameirão. Mas, como havia sido uma constante na temporada, Hoffmann logo ficou para trás, com uma misteriosa falhação. Piket ultrapassou Guaraná, para vencer. Ingo Hoffmann, após passagem pelos boxes, retornava a prova, mesmo com algum atraso e o motor de Chico Lameirão apresentava problemas no coletor dos carburadores. Custaria ao Chico uma volta e o tiraria da disputa. Ricardo Mansur, com um motor rateando, também via suas chances diminuírem. Piket chegou na frente, com Guaraná pouco adiante de Troncon, que espertamente, preparava seu pulo do gato. A segunda bateria foi vencida por Ingo, depois que seus mecânicos descobriram uma caprichosa pedra, que ficara presa no giclê dos carburadores impedindo a passagem da gasolina. O campeonato seria decidido num detalhe, mas a sorte já parecia ter escolhido seu preferido, pois na segunda série, os carros de Piket e Guaraná quebraram e Troncon passou a líder na soma dos tempos. Na bateria final, Marcos, que ao longo do campeonato só venceu uma bateria, administrou sua colocação. Ele foi o quarto colocado, chegando depois de Ingo, de novo o vencedor, Nelson Piket e Mauricio Chulan. Ficou com a vitória na etapa e com o campeonato brasileiro da categoria que revelaria futuramente grandes nomes do automobilismo nacional e um Tricampeão Mundial da Fórmula 1. E enquanto isso...finalmente achei o Biju Rangel, que teve problemas e deu poucas voltas. Bem, não deixo mal os meus amigos e em razão disso, a ele, Benjamin Rangel, pioneiro da Fórmula Super Vê, ofereço este trabalho, feito com simplicidade e sem ostentação, de um reles torcedor. E é tudo.









CARANGUEJO
  






 Ricardo Mansur




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Me intrometendo novamente em outro post do Caranguejo, tomo a liberdade de fazer uma pequena homenagem à alguns amigos sempre presentes e que fizeram a diferença em nosso automobilismo com sua garra, perseverança e com seus talentos. A força de vontade e iniciativa deles tornou possível a realização deste primeiro torneio da Formula Super Vê.
Ricardo Achcar que com todo seu conhecimento construiu o Polar o carro vencedor. Chico Lameirão e Crispim, um campeonato perdido com muito talento, o ano seguinte seria deles. Biju Rangel cujo apoio e força de vontade foram muito mais importante para categoria do que se pode imaginar, um dia o Comendador de Ipanema vai contar tudo! Julio Caio Azevedo Marques um tremendo bota! Herculano e Antonio Ferreirinha, gente de primeira e construtores de mão cheia. Antonio Carlos Avallone, um lutador. Ricardo Mansur e Claudio Cavallini presença de peso, dois batalhadores. Alfredo Guaraná tremendo bota. 
E finalmente ao parceiro Caranguejo que apesar de não estar presente na época fala com tanto conhecimento e carinho de amigos tão caros.

Ao Nino

Rui Amaral Jr 

NT: O autódromo de Interlagos, hoje José Carlos Pace, fica situado na região entre as represas de Guarapiranga e Billings.  

Obrigado Rogério   


terça-feira, 7 de outubro de 2014

HARAGANO

Ingo, Celidonio, Nelson, Troncon...no Tarumã. 
"Ricardo Mallio Mansur no Face-Reparem na foto acima que os pilotos andavam em duplas utilizando o vácuo para se distanciarem... O Ingo Hoffmann com o Eduardo Celidonio, o Nelson Piquet com o MarcosTroncon, no fundo o Chiquinho Lameirão com o Julio Caio e eu em 5º, me virando sozinho... Pô sacanagem! Rsrsrsrs!"
Ricardo Mansur

A etapa gaúcha da Fórmula Super Vê começou a ser disputada sob a sombra de uma dúvida: o piloto Ingo Hoffmann, um dos destaques do certame estaria presente à prova na pista de Viamão? Tudo porque num dos treinos iniciais, Ingo bateu seu Kaimann na Curva 2 e o monoposto ficou bem afetado. A equipe Creditum teve de solicitar peças de São Paulo e os mecânicos trabalharam dobrado para os reparos. Quando muita gente pensava que o “Alemão” era carta fora do baralho, eis que ele foi para a pista e marcou a pole-position. Com 16 carros presentes e as estréias de Fausto Dabbur (Polar) e Jan Balder (Kaimann) a prova também trazia como atração para a gauchada a presença do Muller 742, um Super Vê “gaudério” do piloto Claudio Muller, que estreara em São Paulo. 


 Eduardo Celidonio. 


Julio Caio de Azevedo Marques pulou na frente na largada e ponteou por quatro voltas até apresentar problemas de motor e parar. Ingo, numa corrida cautelosa vinha em segundo e passou a liderança, com Eduardo Celidônio e Chico Lameirão logo depois. A baixa seguinte foi Lameirão, cujo carro começou a perder potência. Sem ninguém para ameaçá-lo, Ingo ganhou fácil, seguido de Celidônio, Mauricio Chulan, Marcos Troncon, Nelson Piket e Ricardo Mansur. Apenas onze carros voltaram para a segunda bateria, também vencida por Ingo Hoffmann. A disputa ficou restrita do segundo lugar para baixo, com Celidônio levando vantagem mas depois sendo superado por Piket. Chulan, Troncon e o santista Mansur completaram os seis primeiros. A bateria decisiva não contou com o estreante Balder e Milton Amaral, cujos motores também apresentaram problemas. Ingo mais uma vez deu o tom, largando na frente. Eduardo Celidônio outra vez o acompanhou, pois Piket perdeu posições ficando em quinto e recuperando-se depois. Amândio Ferreira foi o primeiro ocupante do terceiro posto, contudo perdeu terreno e o pega ficou mesmo entre Troncon, Chulan e Piket. Ricardo Mansur, com sérios problemas em seu Kaimann, que caiu da carreta que o conduzia (conta aí, Mansur) foi obrigado a abandonar. Com Ingo isolado na ponta e Celidônio em igual condição no segundo lugar, o interesse ficou com a animada disputa pela terceira posição, pega resolvido na última volta com uma ultrapassagem de Mauricio Chulan sobre Nelson Piket. Na soma dos tempos, dupla vitória da Kaimann, com Ingo Hoffmann e Eduardo Celidônio fazendo 1-2 e Mauricio Chulan com o Heve em terceiro; Piket com o melhor Polar em quarto e Marcos Troncon logo a seguir e Newton Pereira mais uma vez marcando presença com o Newcar, em sexto. A lamentar-se a ausência do determinado Benjamin Rangel (que houve Biju?). O título, é uma citação ao cavalo fujão e difícil de ser domado, conhecido nos pampas. E também uma homenagem ao preparador gaúcho Dino Di Leone, construtor do protótipo Haragano e da escuderia de mesmo nome. Dino foi por muito tempo, preparador dos pilotos do Rio Grande do Sul na Fórmula Super Vê e depois na FVW1600. Próxima parada, Capital do Oeste.





CARANGUEJO

terça-feira, 16 de setembro de 2014

NÃO SOU CONDUZIDO, CONDUZO

Troncon - A marca SILPO no adesivo é do preparador Silvano Pozzi.
O carro de Julio Caio, de costas meu amigo Manduca Andreoni, agachado Carlão meu mecânico anos após, com a mão ao rosto Henrique Paulo pai do Julio e sem camisa Toninho de Souza.(Rui)
Ricardo Di Loreto e Benjamin "Biju" Rangel. 
Na foto a dedicatória de Ricardo ao preparador Carlos Jaqueire, cedidas à mim por seus filhos.(Rui)  


A terceira etapa da mais nova categoria de monopostos nacionais chegou a São Paulo, exibindo uma característica muito especial: o equilíbrio. Muitos pilotos, carros diferentes e resultados inesperados. Isso fora a tônica nas etapas no Planalto. Repetir-se-ia na paulicéia, a sede da maioria das equipes? Na sexta-feira, quando os times começaram seus trabalhos, adentraram à pista quatro nomes novos: Marcos Troncon e seu Polar; Julio Caio de Azevedo Marques, da Kaimann; Claudio Muller finalmente estreando seu Muller 742 e Amândio Ferreira,o Gigante, também de Polar. O número de carros no grid subia então para quinze monopostos. Mas esperava-se que o grande duelo ficasse outra vez com o trio Ingo Hoffmann-Francisco Lameirão-Nelson Piket. Nos treinos porém, Ingo confirmou a fama de rei das poles e ele, que já largara na posição de honra nas duas primeiras provas, cravou 3m04’968 e nem participou da segunda sessão. Milton Amaral foi o segundo com 3m09’913; Eduardo Celidônio em terceiro com 3m09’979; Ricardo Di Loreto em quarto, 3m10’341 e os demais. Já nesta sessão, uma baixa importante: o brasiliense Nelson Piket foi informado do falecimento de seu pai e retornou à Brasília, sendo substituído no Polar da Equipe Brasal-Induspina por ninguém menos que Ricardo Achcar, construtor dos Polares juntamente com Ronaldo Rossi. 

Benjamim "Biju" Rangel

Também nos treinos, o piloto Benjamin Rangel, que prestigia estas mal traçadas linhas, levou um susto quando seu carro teve a suspensão dianteira quebrada na Curva do S. Conta aí como foi isso, Biju. A primeira bateria foi liderada por Ingo, seguido de perto pelo repatriado Julio Caio de Azevedo Marques, que participara de algumas provas do britânico de F3. Revezando-se na liderança, os dois faziam um bloco à parte, vindo na sequência, Milton Amaral e Ricardo Di Loreto. Alguma distância e aparecia Mauricio Chulan, puxando um grupo onde estavam Benjamin Rangel, Chico Lameirão, Marcos Troncon, Newton Pereira e Ricardo Achcar. O último bloco era formado por Amândio Ferreira, Claudio Dudus, Celidônio e Ricardo Mansur, com seu motor falhando acima dos 6.000 giros. A disputa Ingo-Julio Caio terminou num impasse, já que ambos tiveram problemas e abandonaram. Ingo, com motor quebrado e Julio Caio com problemas em uma mola de válvula. Como Ingo parou na última volta, a liderança caiu no colo de Di Loreto, mas ele pegou uma mancha de óleo na Curva 3 e foi a deixa para o carioca Milton Amaral vencer com o Heve. Di Loreto ainda foi o segundo e o estreante Troncon o terceiro. Achcar terminou em quarto e Benjamin Rangel e Ricardo Mansur completaram os seis primeiros. A segunda disputa da tarde foi liderada por Julio Caio de Azevedo Marques, que saiu das últimas posições para o primeiro lugar, num começo alucinante. Veloz e azarado, Júlio Caio teve problemas com a mangueira de óleo e abandonou logo na segunda volta. Troncon, o estreante pé quente disputou com muita segurança a ponta com Chico Lameirão e eles só decidiram na bandeirada, por alguns milésimos, a favor de Marcos. 

Ricardo Mansur

Destaque-se a boa briga entre Ricardo Mansur, Milton Amaral, Celidônio e Ricardo Achcar, pela terceira posição, com vantagem para Milton. Na bateria final, Chico Lameirão foi superado por Milton Amaral e Troncon mas recuperou-se. Chico logo foi em busca de Troncon enquanto Milton tinha problemas e ficava para trás. Uma grande disputa teve lugar entre o #14 e o #16, com o carro de Lameirão apresentando uma falhação constante que não lhe permitiu “fugir” de Troncon. Assim, Chico foi o vencedor mas perdeu na soma de tempos para Troncon...por menos de um segundo. Marcos Troncon, o estreante, foi o vencedor, com Lameirão em segundo e Ricardo Mansur em terceiro; Biju Rangel foi o quarto, Eduardo Celidônio o quinto e Milton Amaral o sexto. Ricardo Achcar, após três anos afastado das pistas, soube aproveitar o carro de Piket e foi o sétimo. Em nove baterias disputadas, quatro vencedores diferentes. Lameirão continuava líder, com 19 pontos, seguido por Mansur, com 12 e Ingo, Newton Pereira e Marcos Troncon com 9. Que surpresas estariam reservadas para a etapa seguinte no Tarumã, tchê?

CARANGUEJO






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NT: O titulo deste texto  de meu amigo Caranguejo faz uma referencia ao brasão da cidade de São Paulo e ao nosso lema "NON DUCOR DUCO". Obrigado pela lembrança meu amigo.

Rui 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

NO PLANALTO CENTRAL


Chico Lameirão -

Uma semana após a boa estréia em Goiânia, o circo da Fórmula Super Vê movimentou-se em direção à capital do país com um grid aumentado: o carioca Mauricio Chulan com um Heve e o paranaense Luis Moura Brito com o seu Manta, iriam estrear em Brasília. Na formação do grid, o então líder do campeonato Ingo Hoffmann fez a pole (2m11’16), seguido por Piket (2m13’24), Lameirão (2m14’02) e o estreante Chulan (2m15’09). A primeira bateria foi dominada por Ingo e seu Kaimann, com Piket e Chico Lameirão envolvidos em uma bela disputa pela segunda posição. À duas voltas do final, Chico conseguiu manter-se na frente do Candango e ficou com o segundo lugar. Depois de Piket, chegou Ricardo Mansur. Na segunda bateria, os líderes foram surpreendidos pela boa largada de Milton Amaral, que juntou-se aos ponteiros. Nelson Piket teve problemas de embreagem que o fizeram ficar para trás. Outro, cujo motor apresentou problemas foi Benjamin Rangel. Com isso, a vitória passou a ser discutida entre Ingo e Lameirão. Chico passava pelo “Alemão” no miolo, mas na reta dos boxes, Ingo retomava a posição. E assim prosseguiram até a bandeirada, com o piloto do Kaimann sendo outra vez o vencedor. Milton Amaral foi o terceiro, Ricardo Di Loreto o quarto e Newton Pereira o quinto. A bateria final prometia ser outra vitória de Ingo Otto Hoffmann, mas ele próprio não estava tão seguro: seu motor terminara a segunda bateria fumando um pouco e seria preciso um pouco de sorte para completar a prova. 

 Chico Lameirão
Milton Amaral

Assim, Chico Lameirão largou e assumiua ponta. Ingo tentou acompanhá-lo ao menos à distância, mas o motor quebrou de vez faltando quatro voltas para a bandeirada. Com Lameirão tranqüilo na frente, o que animou a disputa foi a briga entre Eduardo Celidônio, Ricardo Di Loreto e Milton Amaral pela quarta posição, com vantagem para Celidônio. O segundo lugar ficou com Ricardo Mansur e o terceiro com Newton Pereira. Na soma dos tempos, A vitória foi do Chico, com Newton Pereira e seu Newcar em segundo e Milton Amaral em terceiro; Nelson Piket, mesmo com os problemas de embreagem ainda foi o quarto e Ricardo Mansur o quinto, como o melhor dos Kaimanns. Assim a mais nova categoria nacional deixou o centro-oeste, com a certeza de que seria um sucesso. E demonstrando um grande equilíbrio. O favorito Ingo Hoffmann estava quatro pontos atrás do experiente Francisco Lameirão (13 pts), empatado com Newton Pereira. Ricardo Mansur era o quarto colocado com 8 pontos e depois vinha Milton Amaral com 6. Sem falar no brasiliense Nelson Piket, com 4 pontos. Quem diria que esse moço iria dar tanto o que falar...

CARANGUEJO


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Abaixo o comentário de Ricardo Mansur


Ricardo Mallio Mansur4 de setembro de 2014 20:39
Essa prova de Brasilia ficou marcada na minha memória por uma frase dita por um grande e experiente piloto após a 2ª bateria: Newton Pereira! "Quando pilotos de ponta, começam a se enroscar comigo, não duram mais que duas voltas!" Realmente, ele estava correto, rsrsrs! Não consegui tempo bom para classificação, o Kaimann não chegava aos 6.000 rpm! Se em Goiânia meu carro era o 11º em velocidade na reta, em Brasilia certamente era o último! O Ingo até estranhou meu tempo, 2,19'10 contra 2,11'16 sua melhor volta! Como estávamos em 1º e 2º no Campeonato de Construtores, por duas vezes ele tentou me ajudar e "puxar" no vácuo mas o #98 não ia nem com reza brava... O máximo que conseguia era pegar sua turbulência! O tempo do alemão era fantástico, 2 segundos no Piquet e 3 no Lameirão! No limite, com "ajuda" dele, alinhei na 3ª fila com o 6º tempo: 2,17'42.
Na 1ª bateria o "sangue" esquenta e não sei como cheguei no 4º lugar, ótimo!
Na 2ª bateria, foi terrível! Foi aí que veio a frase do Newton Pereira... 
O Kaimann se negava a andar, só funcionavam três cilindros, eu tinha que entrar nas curvas acima do limite pois não tinha torque pra sair, o carro entrava "solto" e saía uma barbaridade de frente... Nessa inusitada situação, me aproximo de um carro de ponta: Nelson Piquet com um cheiro terrível de embreagem queimada, fumaça, chegava a arder os olhos... Na mesma situação que eu, sem torque pra sair de curva, ele fazia as curvas sem trocar de marcha, para tentar colar o disco... Nós dois nessa situação, quando "lotado" passa por nós o Newcar do Newton Pereira, passou e sumiu... Rsrsrs! Por quatro voltas o Piquet e eu ficamos trocando posições até finalizarmos em 7º e 8º respectivamente!
Para última e 3ª bateria achei meu problema: Uma pequena fissura no coletor de admissão! Peguei emprestado os carburadores completos do Claudio Dúdus da Sabrico e o carro virou um "corisco"... Chiquinho ganhou e eu cheguei em 2º... Bom também!!! Rsrsrs!

Valeu, Rui! Abs.