A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ray Amm, a Norton Manx o Inglês e outras histórias!


Anos 1970, devia ser depois de 72, eu andava muito mais de moto do que de carros, sempre soube que com meus 1.90 e 90 kg nunca iria pilotar uma numa pista, mas chovesse ou não lá estava eu uma delas. Na época eu tinha uma BMW R60/5 prateada que havia comprado na CEBEM com o Kiki Kraus e o Agnaldo de Goes, era nesta moto que quando trabalhei com o Expedito Marazzi ele andava pelo autódromo de Interlagos de pé no selim, fazia isto pois as BMW tinham um parafuso que segura o acelerador, e lá vinha ele de pé na BMW!
Um pouco antes havia conhecido um Inglês totalmente maluco que tinha uma oficina de motos na Av Radial Leste, uma de suas pernas era totalmente torta em razão de um acidente quando sua moto bateu de frente num FENEME e sua moto era uma AJS com motor Norton, aliás da Norton Manx! 

Ray e Norton Manx em ação!
BELA DEMAIS!

Da Norton Manx já tinha ouvido muitas histórias, contadas pelo Expedito e por Edgard Soares, nelas a figura sempre presente era o corredor Ray Amm e a Ilha de Man, com ela ele  havia vencido 3 ou 4 vezes o Tourist Trophi da Isle of. Mam, um ídolo para os motociclistas mais velhos como os dois e desde então para mim também. 
Ray depois de ser contratado pela MV-Agusta no ano de 1955 faleceu em um acidente no GP da Alemanha neste mesmo ano.

O motor 500cc da Manx é uma jóia, monocilíndrico  super quadrado, com duas válvulas tem comando de válvulas no cabeçote movimentado por engrenagens e já na década de 50 tinha absurdos 47 Hps, quase 100 Hps por litro!
Pois bem, conversava muito com o Inglês ia visitá-lo sempre que podia e ele sempre olhando de cara feia para minha moto, ele não admitia que uma moto pudesse ter partida elétrica e outras modernidades mais!
Certo dia ele me fala para ir dar uma volta com a moto dele, tinha um baita ciúmes dela. Para os mais novos que não viram as motos inglesas e italianas tinham os comandos ao contrário das outras, o pedal do freio era o esquerdo e o de marchas o direito. Antes de sair ele me preveniu que a puxada era longa, ou seja a relação de corrente era bem longa com uma primeira marcha que passava dos 100 km/h e as outras logo a seguir como deve ser uma moto ou carro de pista. 
Desta minha volta vem à lembrança da puxada longa, a dificuldade em engatar as marchas e o maravilhoso ronco do motor Manx urrando em meu ouvidos!
Tempos depois me liga o Inglês e conta que havia uma Norton Manx à venda em uma loja acredito que de auto peças na Radial Leste, fui com ele ver e lá estava ela, linda, prateada e preta, mítica,  encostada em um canto.
Lembro que os donos da loja tinham com nossas industrias algum tipo de negócios, ou eram fornecedores ou prestadores de serviço, só lembro que fiquei maravilhado pela Norton, e minha curiosidade era saber à quem ela havia pertencido, onde e quando correra, mas eles nada sabiam. Acabei não comprando pois sequer cabia nela.
Hoje meu amigo Tito contou em seu blog que achou um game e que andou com ela na Ilha de Mam e ao invés de comentar por lá resolvi contar um pouquinho dessa minha paixão por elas aqui!

Para o Tito, Torquatto e Caranguejo

Rui

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Big John

John Surtees e o Cooper-Maserati no México 1970.

 Talento puro assim foi a carreira de Big John, o Caranguejo eu mostramos outro dia a decisão do Campeonato Mundial de Formula I de 1964 mas sua carreira começou muito antes, nas motos, onde foi também mestre. 

1955 aos 21 anos é contratado pela Norton para sua equipe, pilotaria a incrível Norton Manx e entre as 350cc e 500cc vence naquele ano nada menos de 68 corridas das 76 em que largou. 

 

1956 é contratado pela Italiana MV Agusta para disputar o Mundial de Motociclismo nas categorias 350cc e 500cc e logo em seu ano de estréia vence três GPs nas 500cc, Inglaterra em Assen, Spa e na terrivel Ilha de Man tornando-se pela primeira vez Campeão do Mundo das 500cc.
Com a MV Agusta o casamento é perfeito. 1957 é um ano atipíco e Big John não vence nenhum dos campeonatos 350/500cc. Mas a partir daí só vitórias, foi Campeão do Mundo nas 350 e 500cc nos anos de 1958/59/60.
      
No dificilímo e mortal circuito da Ilha de Man vence seis vezes em onze participações.

No ano de 1961 testa um Lotus pela primeira vez e logo é chamado por Colin Chapman para fazer as quatro ultimas corridas daquela temporada. Neste teste com vários pilotos que como ele seriam grandes na Formula I em um futuro bem próximo o único piloto mais rápido do que ele foi um jovem talento Escocês Jim Clark. 


terça-feira, 23 de junho de 2009

Edgard Soares

Procurando na Internet o nome deste grande homem achei um texto que gostaria que fosse meu , assinava João Tadeu Boccoli , não o conhecia , imediatamente enviei-lhe um e-mail que me respondeu de pronto , algum tempo depois conheci-o num churrasco de meu amigo Gabriel Marazzi , e me autorizou a transcrever seu texto de nosso amigo .

Edgard e a Norton Manx , a foto é pequena o homem foi um gigante .

EDGARD SOARES ... UM MERECIDO TRIBUTO

"Quando falamos de MOTOCICLISMO, temos em mente a mais comum das definições : Nome genérico de todas as atividades esportivas disputadas em motocicletas ... ainda nos vem a mente o nome das grandes marcas e seus fabricantes. Porem, nesta semana que temos um mês do falecimento do grande EDGARD SOARES, me vejo pensando em outros valores que os apenas intrínsecos.
O motociclismo não são as motos, as marcas, ou ainda seus fabricantes; são todas as expressões geradas e criadas pelos motociclistas, por aqueles que viveram ou vivem de e para a motocicleta.
Tal como o Tite falou em seu editorial “O senhor da velocidade”, o bom Edgard tinha um humor um tanto quanto elástico.
Lembro bem que por volta de 1974, fugíamos do colégio e íamos ver as motos na “esquina do veneno”; lembro melhor ainda do meu sonho que era uma DUCATI 400 DESMO novinha na loja do Seu Latorre, saiamos de lá e íamos à loja do Seu Edgard.
Lá nunca sabíamos como nós, os pequenos ‘malas’ de carteirinha, iríamos ser recebidos, porem sou, até em nome da verdade, testemunha que o muito que eu sei hoje, foi ministrado por esse homem, com muita paciência.
Tinham horas, a maioria delas, que apenas seu olhar, calavam as nossas pequenas, porem poderosas e rápidas bocas, mas sempre abrindo mais a nossa sede de saber.
Outro ponto muito importante que, no meu entendimento, divide todas relevâncias, é que alem do filho, do piloto, do pai, do comerciante; perdemos um pedaço insubstituível da História do Motociclismo Nacional, da História da Motocicleta no Brasil, enfim, da Historia Brasileira.
Mais uma estrela se apaga no céu da sabedoria, e a tristeza preenche o meu coração !
O que será das novas gerações ? ... onde encontraremos outros SEUS EDGARDS dispostos a dividir conhecimentos, experiências e estórias ? ... para onde meus netos irão ir em suas fugas do intervalo da escola ? ... eu me encontro um pouco só e cheio de duvidas, da mesma forma que nos meus bons tempos de Colégio de São Bento !
Falar de história é falar em preservar, difundir, e cultuar. Posto isso, após conversa com o bom amigo Ricardo Pupo do Moto Clássicas 70, tomo a licença, alem do grande prazer em transcrever um grande material que ele já tinha em seu site, anterior mesmo ao falecimento, o que ainda me obriga a agradecer e parabenizar por tal atitude, pois não teria mais nada a acrescentar."

Vejam a matéria completa deste baita jornalista em :



http://www.motonline.com.br/colunistas/boccoli/e-soares-12dez06.html
Agradeço a foto ao amigo Edgar Rocha Souza Filho , e deixo meu abraço ao Edgarzinho Soares .