A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

CAMPEÃO

Celidonio recebe a bandeirada e Camilo vibra!

Camilo e seu tio Chico Landi
Escrevi o texto "Amarelo 18" e postei logo que comecei o Historias, três anos atrás, depois mostrei mais uma vez. Hoje no Facebbok um amigo escreveu algo sobre o Camilo e mostrei à ele.  
Algum tempo depois de postar, tive a oportunidade de comentar o post com dois amigos, ambos envolvidos diretamente nesta historia, o Jan -Jan Balder- e Mestre Crispim, um querido amigo.
Confesso a vocês, que anos mais tarde, já conhecendo o Camilão, me desiludi um pouco com sua tocada, para algum tempo depois voltar a admirar sua garra e força de vontade para fazer o que gostava e sabia muito bem!
Hoje guardo no coração algumas vezes que estive com ele e alguns de nossos papos, não foram muitos, mas muito mais do que isto, hoje sei que naquele dia estava certo, Glória Eterna a você Camilo, nosso campeão!    

 Duas fotos de meu amigo Mike Mercede, no alto Celidonio volta à corrida depois de abastecer, ele já vinha tocando e Camilo não quis substitui-lo. A outra acredito que na Ferradura.


AMARELO 18

“O ano era 1966, eu então com 13 anos, já vinha perturbando minha mãe,"quero ir assistir as Mil Milhas o Camilo vai ganhar", ela não me deixou ir assistir a largada que era a meia noite, assim que amanheceu pedi para alguém me levar até Interlagos, que na época era no fim do mundo, não lembro quem me levou. Do lado de fora do autódromo, já entrando, o amigo que tinha ido comigo e eu falávamos ao ouvir o ronco dos motores, “é o Camilo“. Devia ser umas 9h, e para nossa decepção não era ele quem liderava. Suprema ousadia, a prova era liderada pelo Pace com KG-Porsche seguido se não me engano pela dupla Jan Balder/Emerson Fittipaldi com Malzoni, para nós na época, simples figurantes no palco montado para vitória de nosso campeão. Não sabíamos nós de todas as glórias que estes três rapazes nos trariam no futuro, já estávamos vendo uma página da história. De repente a liderança passou ao Emersos/Jan, e lá vinha o Camilo, com aquele ronco ensurdecedor do V8, e nós torcendo. Acho que eles nem sentiram o gosto da liderança, um problema no motor os fez parar logo depois, e para nossa alegria lá vinha o Amarelo 18 na liderança. Se não me falha a memória, depois foi só entregar o carro ao Celidonio e comemorar a bandeirada de vitória.
Posso estar muito enganado, mas no troféu das Mil Milhas está escrito "Gloria eterna aos vencedores das Mil Milhas" deve ter sido o Barão, Wilson Fittipaldi que idealizou e realizou as Mil Milhas quem a escreveu.
Neste dia a gloria, para nossa felicidade, foi da dupla Camilo/Celidonio. Voltamos para casa felizes, tivemos que descer até o Largo do Socorro para pegar um táxi, uma baita caminhada, só falávamos da vitória do Amarelo 18 do grande Camilo Cristófaro.”


Rui Amaral Jr

NT: As Mil Milhas Brasileiras foram idealizadas e realizadas por Wilson Fittipaldo e Eloy Gogliano.