A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Temporada de 1994 - Fabiano Guimarães - II


Após a prova noturna no final de 92 tínhamos decidido (eu e meu pai) a desistirmos da brincadeira. O dinheiro havia minguado, o patrocínio desistido e a aposentadoria - precoce, aos 22 anos - havia chegado. Durante todo o ano de 93 tentamos vender o Gol sem sucesso, quando no início de 94 o Waldemar dos Santos, "Dema", piloto e preparador viu um anúncio que havíamos colocado na revista "Oficina Mecânica" e procurou-nos com uma oferta: ao invés de me pagar pelo carro, eu correria 5 provas no campeonato paulista de Força Livre, categoria até 1.600, sem custo nenhum, apenas minha inscrição e no final das 5 provas o carro seria dele. Parecia loucura, mas na época foi o único jeito de matar um pouco mais a vontade de acelerar e livrar-nos do veículo "encalhado". 



A categoria na época contava com Gols, Voyages, Escorts e Fuscas, na maioria das vezes carros de categorias extintas pela FASP, formando um grid médio de 10 a 12 carros. Resumindo, pouco profissionalismo e muita diversão. Foi neste clima que corri a 1ª prova e cheguei em 2º e logo na 2ª etapa venci, após uma disputa acirrada com o Escort do Wanderlei Campos e o fusca do Antonio Couto . Dividimos o "Bico de Pato" eles bateram e segui tranquilo para minha primeira (e única) vitória com carros de corrida. Apesar da pouca expressão do campeonato fiquei muito feliz e fui para casa todo orgulhoso com o troféu de 1º lugar.



 Durante o campeonato cheguei mais duas vezes em 3º, uma em 2º e uma em 5º lugar, ficando com o vice-campeonato, atrás do Antonio Couto que na metade do campeonato trocou o fusca por um protótipo Aldee (o regulamento permitia), tornando a disputa desigual. Mas nem tudo foram flores, na penúltima etapa decidi correr com um Voyage de outra equipe na tentativa de bater o Aldee e o resultado foi desastroso: logo após a largada, no "S" do Senna fui tocado por outro Voyage, do Cristian Casal del Rey atravessei e fui atingido por vários carros que vinham atrás. Resultado: carro destruído, ausência em uma das provas por falta de grana, pontos preciosos perdidos e adeus campeonato. De qualquer maneira o saldo foi positivo e me despedi das pistas com um vice-campeonato, meu melhor resultado desde que havia começado em 1990."




Post original de 2 de Março de 2010


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

LEMBRANÇAS 2


Remexendo alguns álbuns antigos, achei esta foto, que poderia ser chamada de 'é de pequeno que se torce o pepino'. Trata-se de uma das muitas idas a Interlagos com o herdeiro. Chapéu do GP Brasil de F1, binóculo em uma das mãos e a revista Autoesporte na outra. Ao fundo, meio desfocado, passando um fusca, acho que da Divisão 1 da época.
Passávamos o dia inteiro lá, graças aos sanduíches preparados pela rainha do lar e aos sucos e cervejinhas na geladeira de isopor, devidamente acomodada no porta-malas do Maveco GT '75.
A conseqüência disso tudo: depois da época do autorama (estrelinhas, muras), vieram as corridas de verdade: kart, Speed 1600, Marcas Turismo "N", Marcas Turismo "A", Turismo Força Livre e... fim do paitrocínio! Tudo isso entremeado com a presença constante da "torcida uniformizada": avô, mãe, irmã, namoradas e anexos...

O que sobrou disso tudo? Algumas decepções (quebras, acidentes, incidentes com mecânicos, preparadores e alguns adversários...), muitas alegrias (boas classificações, belos troféus, algumas vitórias...) mas, e principalmente, a convivência sadia entre dois amigos - Fabiano e eu - , que, graças ao bom Deus, persiste até os dias de hoje.

Forte abraço,

Guima - Luiz Guimarães Junior

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

TEMPORADA DE 1991 por Fabiano Guimarães



Fabiano Guimarães e o Voyage. 

No final de 1990 decidimos - eu como piloto e meu pai como chefe de equipe - comprarmos o Passat que havíamos alugado em 1990 e participar novamente do Paulista de Marcas Grupo A, porém descobrimos que o carro já estava sendo superado pelos Voyages e Gols da categoria. Surgiu a oportunidade de dividir a pilotagem com o Voyage do José Baltazar Dias, o "Frango Voador", pois a corrida era em duas baterias sendo obrigatória a formação de duplas. Fizemos um total de 4 provas com um 7º lugar como melhor resultado.


      Fabiano e o Passat.

Após algumas desavenças, decidimos preparar o Passat para o Grupo N, com custos menores e sem a necessidade de formar dupla, ou seja, eu correria as duas baterias. O carro só ficou pronto faltando duas etapas para o término do campeonato e obtive um 10º lugar na penúltima etapa e na última prova corri boa parte em 4º, disputando com o Beto Napolitano e o Ricardo Flaquer entre outros quando perdi a 3ª marcha e finalizei em 8º. Com este mesmo Passat faríamos a temporada de 1992, porém esta história fica para o próximo capítulo.


     "S" do Senna Interlagos Fabiano na frente.


Texto e fotos Fabiano e Luiz Guimarães.

domingo, 8 de novembro de 2009

MEMORIAS DE UM FÃ

"As fotos que enviei são de temporadas diversas, vou tentar puxar na memória datas e pilotos. O fusca nº 37 parado na entrada do "Laranja" é do "Tide Dalécio" e foi fotografado pelo meu pai, Luiz Guimarães Jr., em 1980 durante um treino de Sábado para a última prova de Divisão 3, assim como o Fusca do Lara que estava acelerando nos boxes improvisados na curva do Sargento. Estes boxes eram utilizados pela categoria "Estreantes e Novatos".


MIL MILHAS 1984 João Lindau/Sebastião Santos/Arlindo Camargo .


Outras 3 fotos são das Mil Milhas de 1984: o fusca nº 91 do José Ferraz em dupla com o Julio Migliori, outro fusca, o nº 61 da dupla Carlos Manzetti / Julio Borella e o Opala nº 54 do João Lindau compondo o trio com o Sebastião Santos e Arlindo Camargo. Essa prova foi caracterizada por um violento acidente na largada, com chuva, quando o Opala do Beto Nogueira que largava em 2º ficou parado, provocando a colisão de 8 veículos dentre os 70 que largavam.





MIL MILHAS 1984 Julio Borella/Carlos Manzetti .

MIL MILHAS 1984 José Ferraz/Julio Migliolli .

Tide Dalécio quebrado no "Laranja"

As demais fotos são de uma prova de Hot Car em 1984, quando poucos fuscas ainda resistiam na categoria, já dominada pelos Opalas da extinta Classe C, empobrecendo o espetáculo e minando os mais belos carros de competição que já vi correr. O nº 1 é do Amadeu Rodrigues, veículo reconstruído após o incêndio na penúltima etapa de 1983. O nº 37 é novamente o "Tide Dalécio", com o carro que pertencia ao Laércio dos Santos e anteriormente era do Amadeo Campos. O nº 66 é do Carlos Manzetti e o n° 13 do Isnaldo Bezerra, da Jovem Car de Santo André, veículo que em 82 e 83 pertenceu ao Orlando Belmonte. Em 1985 havia apenas um fusca correndo regularmente na categoria, do José Forcolin que posteriormente também trocou o carro por um Opala e o "Sueco" que participou de uma ou duas provas para em 86 correr com um Fiat 147 e depois também optou pelo Opala. O último fusca que presenciei em Interlagos foi este mesmo que pertencia ao "Tide" quando o Marcio Sciola correu na temporada de 90 pela categoria Força Livre." Fabiano Guimarães .
Junior Lara Campos .

NT : As fotos e texto do Fabiano Guimarães são do tempo em que ele incentivado por seu pai era um fã , depois vai nos contar de sua carreira . E juntos vamos escrever das MIL MILHAS de 1984 em que corri em parceria com Fabio Levorim e Alexandre Benevides . As fotos mostram meus amigos Ferraz , Junior e o saudoso João Lindau , valeu Fabiano !