A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

GP da Espanha 1968 - Jarama

Amon sem combustível!

Pedro toma a ponta seguido por Beltoise.
Amon já à frente de Pedro

Ontem meu amigo Charger Le Mans me enviou no Face a bela foto de Chris Amon, logo notei que era de 1968 e procurando encontrei a corrida!
Jarama 1968 GP da Espanha a segunda prova do campeonato, Jim Clark após a vitória na primeira etapa havia na Africa do Sul havia perecido em uma corrida de F2, quem seria o novo Rei?
Na minha imaginação de 15 anos apenas Amon poderia substituir meu ídolo à altura na Lotus, com todo respeito e admiração que nutria por Hill, Rodriguez, Bruce, Courage, Rindt... 
Apenas treze carros largaram em Jarama, Amon na pole com a Ferrari 312, a seguir Pedro Rodriguez - BRM
Denny Hulme - McLaren M8/Ford
Ludovico Scarfiotti - Cooper/BRM
Jean-Pierre Belboise - Matra/Ford
Graham Hill - Lotus/Ford 

 Hill estreando o patrocínio da Gold Leaf seguido por Hulme.

Na corrida Rodriguez toma a ponta seguido Beltoise estreando um carro de Formula Um já que Kyalami havia pilotado um Formula Dois, tendo logo à seguir Amon. Logo a seguir é a vez do novato Beltoise liderar a corrida, logo em sua segunda participação na categoria. Problemas o levam ao Box quando o pole Amon toma a liderança para  faltando poucas voltas para o final parar por falta de combustível entregando a liderança à Grahan Hill que corre pela primeira vez com a Lotus vermelha e dourada  patrocinada pela Gold Leaf.

RESULTADO 

1º  #10  Graham Hill - Lotus-Ford  90 voltas
2º  #1    Denny Hulme - McLaren-Ford
3º  #14  Brian Redman - Cooper-BRM
4º  #15  Ludovico Scarfiotti - Cooper-BRM
5º  #6    Jean Pierre Beltoise - Matra/Ford

Melhor volta: Jean Pierre  Beltoise 1'28.300


Alguns amigos meus acertaram, o Hélio, Paulo, os irmãos Heitor Luciano Nogueira Filho e Clovis Nogueira que enviou o vídeo. Barba, Tony Marx, Cuca até que tentaram!
Tohmézinho pensou ser um alicatão e passou longe!

À todos meu forte abraço!



quarta-feira, 10 de julho de 2013

ENCONTRO DE GIGANTES

É hoje que meu amigo Caranguejo fica mais velho!  Procurei seu primeiro post no Histórias mas lá se vão quatro anos, 102 posts assinados como Caranguejo e outros tantos como Carlos Henrique Mércio então resolvi mostrar novamente um dos tantos posts sobre Jimmy, uma grande admiração que dividimos. Além de Jimmy ele é fã de carteirinha de dois outros gigantes, Tazio e Fangio, sobre quem também escreveu uma série de posts.
Parabéns meu amigo, um forte abraço! 





Keith Duckworth, Chapman, Clark e Hill olham o Ford Cosworth DFV.

Zandvoort/67


Corrida divisor de águas, foi nela que o mundo das corridas viu estrear o mais vitorioso propulsor da Fórmula 1 de todos os tempos, o motor Ford Cosworth V8, que sob muitos aspectos, foi o componente que garantiu a sobrevivência da categoria e permitiu o surgimento de muitas novas equipes. Zandvoort era uma pista próxima do litoral holandês, com uma estranha característica: proporcionava um novo desafio aos pilotos devido a areia que invadia o asfalto, formando uma perigosa mistura com o óleo dos carros. Nunca se conseguia determinar a quantidade desse “produto” na pista, apenas seu perigo real. Teria sido o fator determinante no acidente fatal de Piers Courage em 1970. Na corrida de 1967 estrearam alguns carros novos como o Brabham BT 20, BRM P83 e Eagle-Weslake T1G, além do Lotus 49-Cosworth. Enquanto Hill já o conhecia e testara, Clark só viu o novo carro na pista holandesa.

Chapman e Clark

 Nos treinos, Graham foi o melhor na sexta-feira (1:25,6). Gurney, o segundo, apenas dois décimos atrás. E Clark, só problemas. G.Hill e “The Great Daniel” continuavam debatendo a pole e Dan, após estabelecer 1:25,1 parou achando que não seria alcançado. Hill continuou e em sua última tentativa marcou 1:25,0 (mas os cronômetros oficiais acusaram 1:24,6). Para Clark, só a terceira fila, ao lado de Hulme e Surtees. No dia do GP, já na largada, Jimmy ganhou duas posições, pois a direção de prova holandesa (sempre inepta) esqueceu que um dos fiscais ainda estava no meio do grid e largou assim mesmo. Hulme e Surtees tiveram que desviar do bandeirinha e perderam tempo.
As primeiras voltas foram num ritmo tranquilo e na volta 7, Gurney parou nos boxes . Ele voltaria só para abandonar na volta seguinte, com problemas na injeção de combustível. Uma volta depois, Hill abandonava na liderança: um dente de uma engrenagem de seu motor quebrou. A Brabham de Old Jack assumiu a ponta, mas após 15 voltas, Clark já estava pegando gosto pela nova barata. Ele havia ultrapassado Rindt e na volta seguinte deixa Black Jack para trás. Rodriguez quebra, Rindt e Stewart também.


Hulme é quem consegue sobreviver. Ele se impõe no terceiro lugar e resiste aos ataques de seu compatriota, Chris Amon. O “Rei do Azar” será o quarto colocado, à frente de Mike Parkes e Ludovico Scarfiotti, todos de Ferrari. Clark vence fácil, 23 segundos à frente de Brabham. Para Clark, Lotus e Cosworth era o começo de uma relação curta, porém marcante e vitoriosa. O grande campeão morreria numa prova de F2 na Alemanha em 68. Já o Cosworth só encerraria sua jornada em 1983.



C.Henrique Mércio


Clark já no grid.
Durante a corrida notem suas mãos a volante e a tocada suave.
Clark e a Lotus em Monaco.
Seu lugar de direito, o alto do podium.

Post de 20 de Abril de 2010

terça-feira, 19 de março de 2013

THE RIME OF THE ANCIENT MARINER *

Jimmy

Ano de 1968, véspera da Corrida dos Campeões, disputada como sempre na pista de Brands Hatch. Colin Chapman, todo poderoso da Equipe Lotus, recebe um telefonema de um alto executivo da ITV, rede de televisão encarregada de transmitir a prova. O sujeito logo foi dizendo o que queria: se Colin não desse um jeito na cabeça de marinheiro que aparecia em seus carros, a transmissão seria cancelada. Que marinheiro, se a prova nem era de vela? Resposta, a embalagem dos cigarros Gold Leaf, que patrocinavam a Lotus e que traziam estampadas a cabeça de um velho marujo. Para a TV, aquilo caracterizava uma marca e eles não queriam fazer publicidade de graça para ninguém. 

 Jimmy e a Lotus 25
Jimmy e Hill na  Lotus 49 antes da Gold Leaf
 Hill em Mônaco
 Jimmy na Tasmânia 
 Andretti largando na pole em Watkins Glem 1968
Emerson na vitória em Watkins Glem 1970

Eram os primórdios do automobilismo com o apoio de empresas não necessariamente ligadas à indústria automotiva. No começo, o espaço para propaganda nos carros era reduzido, medido com régua se fosse o caso. E obrigatoriamente, tinham de ser fabricantes ligados aos automóveis: pneus, auto-pecas, carburantes e por aí vai. Mas o desenvolvimento dos carros de competição, exigia quantias cada vez maiores. Em 1968, a Equipe Gunston, da Rodésia (atual Zimbabwe) tornou-se a primeira a inscrever seus carros em um GP, no caso o da África do Sul, pintados nas cores de uma embalagem de cigarros. Colin Chapman viu abrir-se aí uma grande oportunidade e firmou contrato com a Imperial Tobacco, uma multinacional tabagista britânica, para divulgar um de seus produtos, o cigarro Gold Leaf. Os Lotus, que até então usavam a cor oficial da Grã-Bretanha nas pistas, o verde, passaram a ser vermelho, branco e dourado, a cor das embalagens e tudo começou. A Lotus apareceu com a novidade na disputa da Tasman Series de 1968 e mesmo os oceânicos torceram o nariz. Mas foi na Corrida dos Campeões que os puristas ingleses ficaram mesmo indignados e ameaçaram com o boicote. Colin resolveu o impasse com um símbolo acima de qualquer suspeita: cobriu a cabeça do lobo-do-mar com a Union Jack, a célebre bandeira do Reino Unido. E a prova foi ao ar; vencida por Bruce McLaren e todos viveram felizes.

*Sim, é uma referência à canção da banda inglesa Iron Maiden.

CARANGUEJO – automobilista e roqueiro.





terça-feira, 23 de outubro de 2012

Zandvoort 1962

A primeira vitoria de Graham Hill na Formula Um


1961 marcou o inicio dos motores de 1.500cc na Formula Um, que valeria até 1965. Neste ano a Ferrari, com seu modelo 156 Shark Nose, dominou a categoria, vencendo o mundial de construtores e pilotos, com Phill Hill.
Para 1962 Sir Alfred Owen, dono da Owen Racing Organisation e por conseqüência da British Racing Motors -BRM- concluiu que apenas a fabricação de um motor próprio poderia colocar seus carros na disputa pelo campeonato, na temporada anterior a BRM havia usado o motor Conventry-Climax de 4 cilindros. 
Depois de muitas idas e vindas o novo motor ficou pronto para temporada de 1962, e estreou na primeira corrida da temporada em Zandvoort. Era um V8 à 90º com curso de 50.8mm e diâmetro de 68.5mm e desenvolvia 188hp à 10.250 rpm.
Chega então Zandvoort e a estréia do carro no Campeonato, a pole foi de John Surtees pilotando uma Lola-Climax seguido de Hill e Jim Clark.
Na largada Clark assume a ponta após um terrível acidente de Surtees, com Hill em sua cola. Mas logo na terceira volta Clark tem problemas de embreagem e Hill assume a ponta, e caminha para sua primeira vitória na Formula Um.
Este seria o seu ano, mas isso fica para outro dia...

Rui Amaral Jr     


 Carro: BRM P57 
Construtor: BRM - Inglaterra
1962
Formula 1
Motor - BRM P56
V8-90º
Diâmetro  68,5 x Curso 50,8 mm
1,498 cc
Potencia 188 Bhp a 10,250 rpm 

Com a Lotus 24 Clark quebrou na 3ª volta
As Shark Nose já não eram páreo, #4 Von Trips e #8 Ricardo Rodriguez

A CORRIDA

GRID

1ª  John Surtees_1'32.500
2º  Graham Hill_1'32.600
3º  Jim Clark_1'33.200
4º  Jack Brabham_1'33.300
5º  Bruce McLaren_1'33.900
6º  Innes Ireland_1'34.100

RESULTADO

1º  #17 Graham Hill/BRM-Arthur Owen P57
2º  #5   Trevor Taylor/Lotus 24
3º  #1   Phil Hill/Ferrari 156
4º  #2   Giancarlo Baghetti/Ferrari 156
5º  #7   Tony Maggs/Cooper Car Co T55
7º  #14  Carel Godin de Beaufort/Porsche 718
8º  #11  Jo Bonnier/Porsche 804
9º  #21  Jackie Lewis/Yeoman T53



NT: A BRM abandonou os escapamentos verticais pois quebravam muito, apesar de que isso não causasse muita alteração no motor.

O GP da França


Anexei mais um belo vídeo


terça-feira, 9 de outubro de 2012

ANTOLÓGICAS

Graham Hill e a Lotus 49

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Graham Hill

  Apenas algumas fotos do Grande Campeão!
Graham Hill se despede das pistas
 Vencendo as 24 Horas de Le Mans, 1972 em dupla com Henri Pescarolo, pilotando a Matra-Simca MS670
Formula 2, 1964 
MacLaren Elva/Olds 1965 
Formula 2, 1965
Targa Florio 1965, Porsche 904/8 em dupla com Jo Bonnier
MacLaren Elva/Olds
Brands Hacth 1966 de BRM P261 à frente de Jack Brabham, o vencedor e Jimmy Clark
 Campeão do mundo , 1962 pilotando a BRM P57


Começando a testar a Lotus 72, os pneus ainda não eram slicks
Num belo sobresterço  em Brands Hacth 1966 com a BRM P261


domingo, 7 de novembro de 2010

LOTUS 72

Digitalizei dezenas de fotos para este post, mas escolhi dois desenhos maravilhosos de meus amigos geniais Ararê e Mauricio para iniciar. Acima a extraordinária criação do Ararê para o Lotus 72 #24 em que Emerson conquistou sua primeira vitória na Formula Um. Abaixo a obra de tirar o fôlego do Mauricio para o Emerson já Campeão. No fim do post uma foto do amigo fotografo  Paulo Sallorenzo com o carro do Ayrton. Aos três meu muito obrigado e um forte abraço.   



1969 Jochen Rindt estava pensando em abandonar a carreira, a Lotus 49 C já não era competitiva e ele pensava que nunca se tornaria Campeão do Mundo.
Mas Colin Chapman e Maurice Phillippe já estavam com o modelo 72  pronto e Rindt começava a testá-lo para temporada seguinte juntamente com Grahan Hill e John Milles.

Notem que nos primeiros testes no ano de 1969 os pneus ainda não eram Slics. Acima Rindt, Chapam, Phillippe. Abaixo Granham Hill.


Era um novo conceito na Formula Um, com barras de torção na frente e atrás e com ação anti mergulho na frente e anti agachamento atrás. A parte dianteira do carro era bastante leve, já com o uso de fibra de carbono. Seus radiadores foram colocados na lateral atrás do piloto  o que dava a frente um perfil cuneiforme e segundo Chapman “ o exemplo mais perfeito em aerodinâmica da história das corridas”. O carro era todo uma asa e tinha uma pequena resistência ao ar em retas e seu perfil atuava como uma asa gigante.  
 O carro tinha inúmeros problemas provocados pela suspensão dianteira anti mergulho, a traseira que parecia querer levantar nas curvas e seus braços triangulares quebravam com certa freqüência. Fora isso os freios dianteiros um board que se aqueciam demais e aqueciam também os pés dos pilotos, enfim estava difícil.



Outra novidade na temporada de 1970 Rindt teria como companheiro de equipe um jovem brasileiro de 22 anos com pouca experiência na categoria mas um enorme potencial, Emerson Fittipaldi.
Livrando-se do anti mergulho na dianteira e anti agachamento na traseira o carro se mostrou rápido e fácil de pilotar o que deu a Rindt novas esperanças.
O Campeonato Mundial de Formula Um de 1970 mostrou um Rindt quase imbatível, ele venceu os Gps de Mônaco com a 49C, Holanda, França, Inglaterra e Alemanha e estava na liderança do Mundial quando perdeu a vida em um treino em Monza.  Aí veio o GP dos EUA em Watkins Glen e a primeira vitória de seu jovem companheiro de equipe Emerson Fittipaldi. Mesmo sabendo que a vitória de Emerson se deu pela quebra dos então favoritos, entre eles Pedro Rodrigues ela foi incontestável pois o jovem brasileiro acompanhou durante toda corrida o ritmo dos mais experientes e soube aproveitar sua chance.
1971 foi um ano difícil e sem vitórias no Mundial, mas chegou 1972 com Emerson já um piloto experiente, grande acertador e com uma vontade férrea de mostrar ao mundo todo seu valor.
Na prova extra campeonato em Interlagos o mesmo problema que afligia desde o começo voltou a tirar uma vitória folgada de Emerson, a suspensão traseira. Mas daí em diante foi um show de Emerson, vencendo os Gps da Espanha, Bélgica, Inglaterra, Áustria e finalmente a vitória triunfal em Monza sagrando-se Campeão Mundial de Formula Um aos 25 anos, o mais jovem até então.

1973 o Grande Emerson já Campeão do Mundo vence em Interlagos.

1973 e Chapman contratou o sueco Ronnie Perterson para ser companheiro de Emerson e apesar das sete vitórias a “briga” interna na equipe permitiu que Jackie Stewart se tornasse Campeão do Mundo com a Tyrrel.
O Lotus 72 e o 72D foram Campeões do Mundo de Construtores nos anos de 1970/72/73,
consagrou Rindt, Campeão postumamente e nosso eterno  Campeão Emerson Fittipaldi.

Vitórias

1970

Jochen Rindt - GP da Holanda, Zandvorth
Jochen Rindt - GP da França, Clermont-Ferrand
Jochen Rindt - GP da Inglaterra, Brands Hacth
Jochen Rindt - GP da Alemanha, Hockenhein
Emerson Fittipaldi - GP dos EUA, Watkins Glen

1972

Emerson Fittipaldi - GP da Espanha, Jarama
Emerson Fittipaldi - GP da Bélgica, Nivelles.
Emerson Fittipaldi - GP da Inglaterra, Brands Hacth
Emerson Fittipaldi - GP da Áustria, Österreichring
Emerson Fittipaldi - GP da Itália, Monza

1973

Emerson Fittipaldi - GP da Argentina, Buenos Aires
Emerson Fittipaldi - GP do Brasil, Interlagos
Emerson Fittipaldi - GP da Espanha, Montjuich
Ronnie Peterson - GP da França, Paul Ricard
Ronnie Peterson - GP da Áustria, Österreichring
Ronnie Peterson - GP da Itália, Monza 
Ronnie Peterson - GP dos EUA, Watikins Glen

1974

Ronnie Peterson - GP de Mônaco, Monte Carlo
Ronnie Peterson - GP da França, Dijon-Prenois
Ronnie Peterson - GP da Itália, Monza  



Não poderia deixar de lembrar nossos dois Campeões que também correram na Lotus. Acima Ayrton em Jacarepaguá 1985 em foto de Paulo Sallorenzo. Abaixo Nelson no GP da Espanha 1990.