A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Conta Tito...

...meus heróis não vieram do espaço.Não usavam colants deMillus, nem eram milionários que viviam em cavernas. Nunca salvaram o mundo. Não comandavam naves estelares, não combatiam monstros, e nunca se perderam no espaço.
Meus heróis vestiam macacão, usavam capacete, e pilotavam ... fucas!
Inacreditáveis fucas! Maravilhosos fucas!


 Arturo
Teleco 
 Jr Lara
 Tide
 Bruno
 Bé-Clelio
 Plinio e Guaraná
 Rui, Duran, Orlando e Ferraz
 Adolfo
 Rui, Ferraz e Duran
 Sueco
 D4, Jan, Newton, Chico e Jayme

Keniti
e por último ao lado do #44 do Sueco o sempre presente João Lindau..


Alguns tinham, sim, dupla identidade , mas a maioria não tinha rosto , nem nome . Uma multidão de "corredores x ".
"Olha o 99!" , "vai, 217!" , "o cara do vermelho é maluco!"...
Mais que um carset para o rFactor, meu projetinho é uma pequena homenagem a turma dos "pinicos atômicos".
Um reconhecimento a pilotos, preparadores, patrocinadores (de grandes marcas, até a boutique da irmã e o hot dog da esquina) que, de alguma forma, contribuiram para este espetáculo que não nos sai da lembrança.
Neste espaço, vamos tentar desvendar a identidade ,dar nomes e rostos a cada corredor x , dar informações técnicas e estatísticas de cada carro.
O projeto ainda está engatinhando, mas tenho já uma bela coleção.
Ainda não há uma versão pública para download, porque eu não tenho autorização do autor do modelo 3d utilizado até aqui.
Estou trabalhando nos meus próprios modelos 3d, com os paralamas alongados, cortados, perfurados, alargados...
Claro, é quase impossível reproduzir todas as inacreditáveis modificações produzidas pela "engenharia aerodinâmica"da época, mas as caracteristicas principais a gente consegue.
Vou fazer um post para cada carro, e a gente vai pondo os detalhes nos comentarios.
Conto com a colaboração de cada um que passar por aqui.
Mandem fotos, desenhos, ilustrações, dolares, informações sobre os carros, pilotos, preparadores, quem criou o visual, quem pintou, onde foi feito, mandem depoimentos, comentários, mais dólares...

Tito

link


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Tempos mais tarde através do Fabio Poppi conheci o trabalhos maravilhoso desses MALUCOS...Tito, Torqatto, Fabiano e Caranguejo, através de milhares de trocas de e-mails eles conseguiram à perfeição fazer as replicas de nossos D3 VW de uma forma maravilhosa e emocionante. Sim emocionante pois a primeira vez que vi um deles nas mãos do Fabinho fiquei emocionado de verdade.
Corri com um deles a primeira das Mil Milhas Paperslotcar com o Fabinho, a emoção estava à flor da pele e se não fosse as Alicatadas de meu parceiro certamente teríamos vencido, rsrsrs!
O Fabiano e Caranguejo se juntaram à mim na tarefa de escrever, o que é uma grande honra!
No blog Tito Tilp vocês encontram as MARAVILHAS feitas por eles e podem encomendar para Slot Cars ou montadas com rodas.
A vocês Tito, Fabiano, Torquato e Caranguejo nosso muito obrigado.

Rui

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Stock Cars

Belas fotos, uma curva inesquecível. Na foto 1 -identifico o Pedro Queiroz Pereira, #15; 2 - Lara Campos, #55 e Capeta, #1; 3- Marcos Troncon, #16; 6- D.Casarini, #3 e Bolão Spinelli, #58; 7 - Reynaldo Campello, #11 e 8 - Ingo Hoffmann, #7 e Aroldo Erni Bauermann, #17. 

Caranguejo


Na semana passada o Carlos mostrou algumas dessas fotos em nosso Face da D3, é uma corrida da Stock Cars em Interlagos em Junho de 1981, alguns comentários são do Jr Lara Campos e do Fabiano Guimarães, tirados do Facebook.

Rui Amaral Jr


#55 Jr Lara Campos e Paulo Gomes 

“EU IA COM OS AMIGOS DE SÃO CAETANO ASSISTIR AS PROVAS EM INTERLAGOS, ENTRAVAMOS PELOS BURACOS DOS MUROS PARA ASSISTIR AS PROVAS E ZANZARMOS PELOS BOXES SEM CREDENCIAIS E VERMOS O QUE ACONTECIA, AI ENCONTRÁVAMOS ALGUNS CONHECIDOS, ARTURO, RENATO NARDI, ZÉ ROMANO, LEANDRINI, BRUNO NA D-3  E OS PILOTOS QUE JÁ NÃO ESTAVAM MAIS PARTICIPANDO DA D-3 E ESTAVAM NA STOCK. NA PROVA DA STOCK FICAR NO FINAL DO RETÃO ERA MUITO LEGAL, POIS OS CARROS URRAVAM NA DESCIDA E ONDE ALICATAVAM PARA FAZER A  "3". O JR BRIGAVA MUITO COM PAULÃO, COLOCAVA O CARRO AONDE MENOS  SE ESPERAVA QUE DESSE PARA PASSAR BRIGARAM POR POSIÇÃO A CORRIDA TODA  ENTRE OUTROS PILOTOS.” 
Carlos Bonesso



 Luiz Fabiano Pereira Guimarães - Denísio por dentro e Avallone.
Luiz Fabiano Pereira Guimarães - #25 Eduardo Miragaia, Essa foto é uma raridade, acho que a única do Miragaia nessa temporada, depois ele sumiu. 


Junior Lara Campos - Stock-Cars, essa categoria era mais competitiva que a D3. Esses carros Opala equipados com motor GM 4100 cc. com sua preparação muito limitada pelo regulamento, usavam pneus radiais lixado (pneus novos que se mandava lixar em maquina) com 3 mm para corrida e 1,5 mm para classificação. Neste ponto da foto, curva 3, final da reta em Interlagos chegavam perto dos 230 km/h, tinha de "bombar" o pedal do freio para encostar as pastilhas para ai frear, o auto-controle emocional do piloto era muito importante para andar rápido, pois uma escapada perdia-se pelo menos duas posições em corrida no meio do bolo....




Quatro Rodas Julho de 1981


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MIL MILHAS 1973

GLÓRIA IMORTAL AOS VENCEDORES DAS MIL MILHAS BRASILEIRAS

É o que está escrito no Troféu da Bardhal que homenageia os vencedores dessa magnífica prova criada por Elói Gogliano e Wilson Fittipaldi.
Eu particularmente acredito que apenas a participação nela já traz um pouco de Glória a qualquer piloto, independente da classificação.
Aos meus amigos que nela correram e ao Tito, Caranguejo, Torquato, Anêmona e  Luiz e Fabiano. 



 Pole: Pedro Victor De Lamare/Cacó - Carlos Alberto Quartin de Moraes.
Ao lado de Pedro/Cacó o Opala #45 de Antonio Castro Prado e Antonio Tarlá e o Maverick #20 Bird Clemente e Nilson Clemente, o vencedor.

Foi as Mil Milhas Brasileiras da Divisão 3, essa categoria que encantou o Brasil e colocou nos cenário do automobilismo nacional nomes que por décadas iriam vencer em pistas de todo o mundo.
Depois de três anos ela iria ser disputada novamente, em 1970 havia sido uma prova internacional com Porsches, Ferraris, Alfas e outros carros das categorias Protótipo e GT.
Agora seria na categoria que levava multidões aos autódromos e mexia no imaginário dos fãs do automobilismo. Opalas com  mais de 300hp, Mavericks com mais de 300 e na classe “A” os incríveis VW com seus motores de 1.600cc e uma geração de pilotos que os pilotava sem medo de encarar a maior potencia dos adversários.
Na classe “C” grandes nomes de um passado recente, Bird, Camilo, Celidônio, José Argentino, Dante de Camilo, Pedro Victor, Jan Balder e outros mais. Na “A” o futuro, meu amigo Julio Caio de Azevedo Marques em dupla com Luiz Evandro Aguia, outro amigo querido o Teleco - Luiz Antonio Siqueira Veiga - , Alfredo Guaraná Menezes certamente o piloto mais rápido de nossa geração, eles e mais  outros pilotos que fariam o futuro de nosso automobilismo, com os VW Divisão 3,  carro que até hoje é venerado pelos fãs da categoria.  
Sessenta e dois carros largaram com o Opala de Pedro Victor de Lamare/Cacó - Carlos Alberto Quartin de Moraes - na pole com o incrível tempo de 3m15s50/100 ao seu lado o Opala de Antonio Castro Prado/Antonio Carlos Tarla e completando a primeira fila o Maverick da equipe Greco com a dupla vencedora Bird/Nilson Clemente. O primeiro VW  era o de Alfredo Guaraná Menezes que largou na quinta posição. 
Escrevendo voltei no tempo e lembro perfeitamente de toda expectativa em torno dessas MM , eu tinha um carro pronto, um VW D3 que havia comprado do Expedito Marazzi e corrido a Copa Brasil de 1972, e por motivos outros não pude competir.
Todo padock falava do Opala de Pedro Victor/Cacó e o tempo que havia conseguido virar, os outros carros inclusive o Maverick de Bird/Nilson tinham tempos semelhantes, inclusive alguns  VW de ponta.
Na largada Pedro Victor vai embora, tal qual Jarrier/Shadow nos anos seguintes 75/76, e sua corrida durou aproximadamente umas seis voltas, se não me engano logo depois o carro de Castro Prado/Tarlá tomou a ponta para logo ser superado pelo  Maverick da Equipe Greco pilotado por Bird/Nilson Clemente. Os dois irmãos lideraram 192 das 202 voltas da corrida e completaram as Mil Milhas em 12h53m15s com quatro voltas de vantagem para dupla Camilo/Celidônio.
Em quarto vinha o VW de Guaraná/Giobbi que a poucas voltas do fim com problemas perdeu uma posição e terminou em quinto com 195 voltas. 
Essa foi a ultima corrida de Bird, que assim encerrou sua carreira com chave de ouro.
A maioria de fotos desse post são de meus amigos Fabiano e seu pai Luiz Guimarães, dois apaixonados por automobilismo e pela categoria e o texto a seguir é de Fabiano com suas lembranças da corrida, que assistiu depois do dia clarear, quando tinha apenas três anos. 

Rui Amaral Jr


"Lembro muito vagamente desta prova pois tinha de 3 para 4 anos, segundo meu pai foi a primeira vez que pisei no autódromo e talvez por este motivo tenha me apaixonado pela Divisão 3. Na época meu pai era amigo pessoal do "Gigante" e é claro que fui induzido a torcer pelo carro laranja e branco. Gostei também do Opala do Rodão (Argentino/Natividade) pois terminou a prova sem capô, despertando atenção de um moleque de 3 anos.
Como foi minha primeira prova como expectador marcou-me bastante e despertou-me uma grande paixão que dura até hoje pelo automobilismo. Fabiano Guimarães"




Bird Clemente e Nilson Clemente




Camilo Christófaro e Eduardo Celidônio 

José Argentino e Raul Natividade

Bob Sharp e Jan Balder




Julio e Águia

Alfredo Guaraná Menezes e Luigi Giobbi
 Alex Dias Ribeiro e Ingo Hoffmann 
Ricardo Málio Mansur/Pepa-Pedro Paulo Costa
 Carlos de Carvalho e Vicente Galicchio 
 Dante de Camilo e José Augusto Contijo 
 Erico Pereira e Luís Osório 
 Amandio Ferreira e Sérgio Alhadeff 
 Plínio Giosa e Jacinto Tognato 
 Jerônimo Pereira e Francisco Pereira 
 Maurício Chulam e Sérgio Benoni 
 Toni Rocha e Peter Schultswenk 
 Mane Simão e Alberto Serrodio 
Walter Barcchi e Aguinaldo Serra 







Classificação final

1º Ford Maverick Div 3 nº 20 Bird Clemente e Nilson Clemente SP – 201 voltas (12:53’15”)
2º Ford Maverick Div 3 nº 18 Camilo Christófaro e Eduardo Celidônio SP – 197 voltas
3º Opala Div 3 nº 58 José Argentino e Raul Natividade SP – 196 voltas
4º Opala nº 7 Bob Sharp e Jan Balder RJ/SP – 196 voltas
5º VW nº 29 Alfredo Guaraná Menezes e Luigi Giobbi SP – 195 voltas
6º VW nº 47 Bruno D’Almeida e Voltaire Mogg RS – 191 voltas
7º VW nº 19 Toni Rocha e Peter Schultswenk SP/RJ – 190 voltas
8º Ford Maverick nº 22 Dante de Camilo e José Augusto Contijo SP – 189 voltas
9º VW nº 15 Plínio Giosa e Jacinto Tognato SP – 188 voltas
10º VW nº 54 Amandio Ferreira e Sérgio Alhadeff SP – 188 voltas
11º Opala nº 5 Walter Barcchi e Aguinaldo Serra SP – 186 voltas
12º VW nº 62 Kenti Yoshimoto e Hiroshi Yoshimoto SP – 185 voltas
13º VW nº 17 Alex Dias Ribeiro e Ingo Hoffmann DF/SP – 184 voltas
14º VW nº 16 Nélson Giraldes e Maximo Pedrazzi SP – 177 voltas
15º Opala nº 14 Nicola Papaleo e Antonio Versa SP – 173 voltas
16º VW nº 63 Carlos de Carvalho e Vicente Galicchio SP – 172 voltas
17º VW nº 36 Pietro Jaconelli e Vincenzo Jaconelli SP – 171 voltas
18º Ford Corcel nº 48 Jerônimo Pereira e Francisco Pereira SP – 166 voltas
19º VW nº 11 Júlio Renner e Fernando Esbróglio RS – 154 voltas
20º VW nº 50 Mane Simão e Alberto Serrodio SP – 154 voltas
21º VW nº 30 Maurício Chulam e Sérgio Benoni RS/PR – 153 voltas
22º Opala nº 67 Juan Gimenez e Francisco Guariso SP – 146 voltas
23º VW nº 26 José Balieiro e Edimir Fernandes – 141 voltas
24º Chevette nº 37 Newton Pereira e Ricardo Villares – 139 voltas
25º VW nº 24 Erico Pereira e Luís Osório – 138 voltas
26º VW nº 51 Bruno Rubinatto e Koji – 138 voltas
27º VW nº 41 Julio Caio Marques e Luís Evandro – 135 voltas
28º Opala nº 46 Luís Landi e Nelson Silva – 128 voltas
29º Dodge nº 38 Nelson Marcílio e Nelson Billot – 126 voltas
30º VW nº 61 Norberto Gresse e Estanislau Fraco – 119 voltas
31º Opala nº 42 Leopoldo Abi Eçab e Laércio G. dos Santos – 112 voltas
32º VW nº 60 Amadeo Campos e Oswaldo Melone – 111 voltas
33º VW nº 69 Luís Dassoler e Roberto Wypych Jr. – 103 voltas
34º VW nº 59 Edson e Miguel Yoshikuma – 97 voltas
35º VW nº 34 Arturo Fernandes e Oswaldo Carajelescow – 83 voltas
36º VW nº 3 Sidney Mosca e Rubens Chiodi – 81 voltas
37º Opala nº 31 José Carlos Catanhede e Marco Emilio Pires – 70 voltas
38º VW nº 6 Ney Faustini e Aloysio Andrade Fº - 68 voltas
39º VW nº 33 Paulo S. Caetano e Ricardo Coelho – 66 voltas
40º Opala nº 53 Edson Graczik e Celso Frare – 51 voltas
41º VW nº 68 Pedro e Antonio Muffato – 48 voltas
42º Opala nº 57 José Chateaubriand e Edgar Mello Filho– 48 voltas
43º Opala nº 45 Antonio Castro Prado e Antonio Tarlá – 47 voltas
44º VW nº 28 José Melkan e César Fiamenghi – 42 voltas
45º VW nº 52 José Luís Nogueira e Antonio Furneel – 42 voltas
46º VW nº 49 Alfredo de Mattos e Teleco – 41 voltas
47º VW nº 65 Ricardo Mansur e Pepa – 38 voltas
48º Corcel nº 44 Geronimo e Francisco Pereira – 34 voltas
49º VW nº 25 Cláudio Cavallini e Orlando Lovecchio – 25 voltas
50º VW nº 35 João R. Schimot e Ricardo Di Loreto – 20 voltas
51º VW nº 1 Jozil Garcia e Francisco Gondim – 20 voltas
52º Chevette nº 4 Armando Andreoni e Luís C. Giannini – 19 voltas
53º Opala nº 21 Fausto Dabbur e Reinaldo Campello – 18 voltas
54º Opala nº 43 Claudio Dudus e José Serra – 12 voltas
55º VW nº 23 Odair Lopes e Clelio de Souza – 12 voltas
56º Brasília nº 2 Mario Pati Jr. e Mario Ferreira – 11 voltas
57º VW nº 32 Tony Pirillo e Dante Chiaroni – 11 voltas
58º VW nº 70 Othon Echel e Raul Machado – 9 voltas
59º VW nº 27 Ronald Berg e Wilson Sapag Jr. – 6 voltas
60º Opala nº 10 Milton Amaral e Renato Peixoto – 6 voltas
61º VW nº 9 Luís Brazolin e Ricardo Mogames – 6 voltas
62º Opala nº 8 Pedro Victor Delamare e Cacó Q. Moraes – 4 voltas
63º VW nº 56 Dimas Pimenta e Fausto Wajchemberg – 4 voltas
64º VW nº 40 Eduardo Lopes e Paulo Della Volpe – 1 volta
Obs: Melhor volta – Pedro Victor Delamare e Cacó Q. Moraes – Chevrolet Opala Nº 8 Div. 3 - 3min26s7 na quarta volta.

Agradeço as fotos e depoimentos de meus amigos Luiz e seu  filho Fabiano Guimarães e as fotos ao Jan Balder, Águia e Luiz Salomão. Fotos da largada calendário Metal Leve.

Post original de 19 de Dezembro de 2010







quinta-feira, 3 de maio de 2012

Temporada de 1994 - Fabiano Guimarães - II


Após a prova noturna no final de 92 tínhamos decidido (eu e meu pai) a desistirmos da brincadeira. O dinheiro havia minguado, o patrocínio desistido e a aposentadoria - precoce, aos 22 anos - havia chegado. Durante todo o ano de 93 tentamos vender o Gol sem sucesso, quando no início de 94 o Waldemar dos Santos, "Dema", piloto e preparador viu um anúncio que havíamos colocado na revista "Oficina Mecânica" e procurou-nos com uma oferta: ao invés de me pagar pelo carro, eu correria 5 provas no campeonato paulista de Força Livre, categoria até 1.600, sem custo nenhum, apenas minha inscrição e no final das 5 provas o carro seria dele. Parecia loucura, mas na época foi o único jeito de matar um pouco mais a vontade de acelerar e livrar-nos do veículo "encalhado". 



A categoria na época contava com Gols, Voyages, Escorts e Fuscas, na maioria das vezes carros de categorias extintas pela FASP, formando um grid médio de 10 a 12 carros. Resumindo, pouco profissionalismo e muita diversão. Foi neste clima que corri a 1ª prova e cheguei em 2º e logo na 2ª etapa venci, após uma disputa acirrada com o Escort do Wanderlei Campos e o fusca do Antonio Couto . Dividimos o "Bico de Pato" eles bateram e segui tranquilo para minha primeira (e única) vitória com carros de corrida. Apesar da pouca expressão do campeonato fiquei muito feliz e fui para casa todo orgulhoso com o troféu de 1º lugar.



 Durante o campeonato cheguei mais duas vezes em 3º, uma em 2º e uma em 5º lugar, ficando com o vice-campeonato, atrás do Antonio Couto que na metade do campeonato trocou o fusca por um protótipo Aldee (o regulamento permitia), tornando a disputa desigual. Mas nem tudo foram flores, na penúltima etapa decidi correr com um Voyage de outra equipe na tentativa de bater o Aldee e o resultado foi desastroso: logo após a largada, no "S" do Senna fui tocado por outro Voyage, do Cristian Casal del Rey atravessei e fui atingido por vários carros que vinham atrás. Resultado: carro destruído, ausência em uma das provas por falta de grana, pontos preciosos perdidos e adeus campeonato. De qualquer maneira o saldo foi positivo e me despedi das pistas com um vice-campeonato, meu melhor resultado desde que havia começado em 1990."




Post original de 2 de Março de 2010