A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens com marcador FELICE BONETTO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FELICE BONETTO. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 28 de abril de 2015

Monza 1953

Recebi hoje do Caranguejo a bela obra de Michael Turner pedindo para que postasse perguntando tudo sobre a corrida, imediatamente postei em meu perfil do Face e um minuto depois vem o João Valente e em resposta mostra o vídeo que vou mostrar abaixo. Então resolvi mostrar as fotos e o vídeo e contar um pouco da corrida e do campeonato de 1953.
Obrigado Caranguejo e João. 

Ciccio, Farina, Marimon e Fangio.

1953 - Assim como no ano anterior a Formula Um correu com os carros da Formula Dois e a Equipe Ferrari novamente com seu extraordinário modelo 500 foi imbatível correndo com quatro grandes pilotos; Gigi Villoresi, Nino Farina, Mike Hawthorn e Alberto “Ciccio” Ascari.
A Maserati bem que tentou trazendo para a equipe Juan Manuel Fangio, Froílan Gonzalez e Felice Bonetto, mas seu modelo A6GCM-53 com  o novo motor de dois litros mesmo se mostrando rápido não  era páreo para a 500.
O campeonato teve nove corridas e Ciccio só não venceu em duas sendo que em Reims venceu seu companheiro Hawthorn e em Nurburgring seu outro companheiro, o veterano Nino Farina o primeiro campeão do mundo da F.Um.
Desde a bela vitória em Bremgarten no GP da Suiça, quando depois de parar nos boxes para reparos e voltando no sexto lugar fez uma corrida espetacular ultrapassando seu companheiro de equipe Nino Farina à doze volta do final e sagrando-se bi campeão do mundo  na penúltima etapa do campeonato.

 #50 Juan Manuel Fangio-Maserati A6GCM-53, #4 Alberto Ascari-Ferrari 500, #6 Nino Farina-Ferrari 500, #54 Onofre Marimon, Maserati A6GCM-53.
 Nino Farina-Ferrari 500, Alberto Ascari-Ferrari 500, Juan Manuel Fangio-Maserati A6GCM-53, Felice Bonetto-Maserati A6GCM-53
 Fangio e Ascari.
Seu Chico com a Maserati A6GCM em Bremgarten, seu carro não tinha a evolução dos de fábrica.

Chega Monza o templo italiano da velocidade e Ciccio faz nova pole 50/100 à frente de Fangio e 1s20/100 à frente de Farina. Mas na corrida o que se viu foi uma disputa ferrenha pela vitória entre cinco pilotos; Ciccio, Farina, Fangio, Bonetto e Onofre Marimón que corria de Maserati.
Nesta batalha chegam à ultima volta e na entrada da Parabólica Ciccio vem à frente de Farina e Fangio e escapa dando uma rodada levando seu companheiro de equipe com ele, deixando a vitória na última prova do campeonato para Fangio e sua Maserati!  



Rui Amaral Jr


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Pedralbes 1951

O primeiro titulo de Fangio
 Fangio e a Alfa Romeo 159M
Largada, pole de Ciccio Ascari e a Ferrari 375, ao seu lado em outra Ferrari 375 o #6 Froilan Gonzalez, ao lado dele Nino Farina na Alfa 159M e um pouco atrás Fangio.
Ciccio Ascari e a Ferrari 375
Felice Bonetto, 5º lugar com a Alfa 159

Antes de tudo quero deixar à todos um maravilhoso 2013, estive ausente alguns dias e quero agradecer às pessoas que mesmo sem novos posts continuaram a nos prestigiar, abraços à todos!
Barcelona 1951 no circuito de Pedralbes, Juan Manuel Fangio, após vencer sua quinta corrida na Formula Um, Mônaco, Spa e Reims em 1950, quando foi vice campeão, agora com a segunda vitória na temporada de 1951, finalmente vencia o Mundial de Pilotos da Formula Um, e assim começava sua caminhada aos cinco títulos que conquistou.

Rui Amaral Jr



Antes da grande decisão de 1951, Fangio e Ciccio Ascari fizeram uma aposta, pois a pendenga, estava claro (sem nenhum desrespeito ao grande Gonzalez), seria resolvida entre os dois.
Combinam que o vencedor, bancaria a festa onde iriam celebrar e o perdedor escolheria os convidados e o local.
Trato feito, dias depois, Fangio patrocina a festa, em um restaurante de Milão, para os quarenta convidados de Alberto Ascari. O Chueco contratou uma orquestra espanhola, que entreteu os convidados, personagens de um tempo em que esse tipo de atitude e camaradagem era corriqueira.

Caranguejo


Assistindo ao vídeo no blog Forgoten F1, lembrei de algumas fotos da corrida. 

RESULTADO

1º   #22   Juan Manuel Fangio Alfa Romeo 159M
2º    #6    Froilan Gonzalez         Ferrari 375
3º   #20    Nino Farina                 Alfa Romeo 159M
4º   #2    Alberto Ascari                 Ferrari 375
5º   #24   Felice Bonetto                 Alfa Romeo 159


CAMPEONATO 

Juan Manuel Fangio   31
Alberto Ascari      25
Froilan Gonzalez      24
Nino Farina              19
Luigi Villoresi              15
Piero Taruffi              10




segunda-feira, 4 de junho de 2012

CARRERA PANAMERICANA 1953



Bonetto com a Cisitalia 1200, num belo sobresterço!


FELICE BONETTO, o Homem do Cachimbo, não é dos pilotos italianos mais conhecidos, o que não é justo, visto ser ele um daqueles pioneiros dos primeiros mundiais da Fórmula 1. Bonetto participou em 1950 com a Maserati 4CLT, marcando os primeiros pontos com uma quinta colocação no GP da Suiça. No ano seguinte, fez sua melhor apresentação, obtendo três colocações com a Alfetta 159, a melhor delas o terceiro lugar em Monza. 


Em 1952 retorna para a Maserati, agora com o modelo A6GCM e em 53, volta a pontuar com mais consistência, fazendo dupla com Froilan Gonzalez (terceiro em Zandvoort) e Juan Manuel Fangio (quarto em Bremgarten). Talvez a falta de melhores resultados na F1, fosse causada pelo fato de Felice ser um grande piloto em provas de estrada. Em 1952 ele vencera a Targa Florio com uma Lancia Aurelia B20 e logo, esse piloto, famoso por não se separar de seu cachimbo nem durante as corridas, encontraria seu destino numa das curvas da perigosa CARRERA PANAMERICANA.  
Targa Florio 1952, Bonetto e a bela Lancia Aurelia B20.

Essa singular corrida mexicana tinha 3.077 Km de percurso e era disputada em quatro dias de etapas duplas, atravessando o país, partindo de Tuxtla Gutierrez  ao sul, na fronteira com a Guatemala, terminando em Ciudad Juarez, no limite com os Estados Unidos. Obviamente, os desastres eram generalizados entre pilotos e espectadores e foram eles que determinaram o cancelamento da prova após 1954. Criada em 1950, a Carrera fazia parte do Mundial de Marcas, o que atraia o interesse das grandes equipes europeias. Em 53, a Lancia e a Ferrari vieram para essa prova com ambições diferentes. Aquela queria ganhar a corrida e esta, o Campeonato Mundial de Marcas. Para tanto, a Lancia trouxe como pilotos Felice Bonetto, um dos principais pilotos italianos de provas de estrada; Piero Taruffi, vencedor da edição de 1951 e Juan Manuel Fangio além de Giovanni Bracco e Eugenio Castellotti; os três primeiros com a Lancia D24 (motor 3.300 e 240 cv) e os dois últimos com a D23 (motor 3.000 e 235 cv). A equipe mobilizou ainda trinta mecânicos e engenheiro, um caminhão de serviços e Gianni Lancia em pessoa como chefe de equipe. Dispunha até mesmo de um avião  para monitorar os seus pilotos. A Ferrari, com um estratégia diferente, contava com três duplas: Umberto Maglioli-Pasquale Cassini; Mario Ricci-Forese Salviati e Luigi Chinetti-Fon de Portago, todos com a Ferrari 375MM. 


Entre as Ferraris de equipes privadas, chamava a atenção a da dupla de jovens norte-americanos Phil Hill-Richie Ginther enquanto o francês Louis Rosier corria sozinho com sua Talbot-Lago. Bonetto, tirando proveito dos pneus Pirelli que só a Lancia possuía (permitiam percorrer 2.500 km rodando a mais de 200 km/h), andou muito bem no primeiro dia e no segundo, era o líder na classificação geral, com vantagem de 41 segundos. Fangio sofrera um acidente e tivera o eixo da Lancia danificado. Os mecânicos haviam conseguido reparar, mas o Chueco tinha uma diferença de sete minutos em relação ao Homem do Cachimbo. Quem parecia ameaçar Bonetto era Piero Taruffi, vencedor da Carrera dois anos antes. No segundo dia, eles começaram uma disputa dura pela liderança, qua acabou quando Taruffi sofreu uma saída de pista. Sem maiores danos, voltou para a prova, bastante atrasado. Bonetto porém, não aliviou o ritmo, provavelmente, por não ter notado que o rival já não o acompanhava. Quando passava por um trecho que cortava a aldeia de Silao, Felice perdeu o controle do carro e bateu contra a varanda de uma casa. O piloto não resistiu aos ferimentos. Chocada, a Equipe Lancia pensou em retirar-se em sinal de luto mas Fangio, Taruffi, Bracco e Castellotti foram contra, dizendo que completando a prova, estariam honrando a memória do colega morto. Dali em diante, com outros concorrentes como Maglioli tendo problemas mecânicos, Fangio venceu, ainda que sem ganhar nenhum estágio. 

Juan Manoel Fangio na Carrera Panamericana 1953
No México há pelo menos dois monumentos em homenagem a Bonetto. Na aldeia de Silao, na parede em que bateu existe uma placa que marca o ocorrido e no cemitério há um busto de bronze, dentro do qual diz a lenda, está guardado o coração do piloto falecido. O médico que realizou a autópsia, impressionado com a garra do italiano, pensou que um coração tão forte quanto o de Bonetto deveria permanecer no México.

CARLOS HENRIQUE - Caranguejo