A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Escola

1972 - Em meu primeiro ano como piloto graduado as corridas no Brasil eram poucas, Interlagos hoje Autódromo José Carlos Pace estava em reforma, uma reforma séria que deixaria a pista pronta para o fabuloso automobilismo que viria nos anos seguintes e eu aos 19 anos  fui trabalhar com meu amigo Expedito Marazzi em sua escola enquanto fazia meu VW D3. Foi um aprendizado e tanto, na foto os carros da escola na Reta Oposta de Interlagos, os boxes estavam em reforma e usávamos apenas o circuito interno usando a Junção para descer para a curva Quatro.
Saudades do amigo Expedito.

Rui Amaral Jr 

NT: Encontrei ontem a foto acima e digitalizei para vocês.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Rainha


Comecei a correr desde os 12 anos, numa cidade do interior de Sampa, Sertãozinho, a cidade da cana de açúcar, foi a minha mãe que me ensinou a dirigir, e eu adorei, e comecei no kart lá mesmo, em competições na terra nada profissional quando voltamos pra São Paulo, comecei a freqüentar Interlagos, aí já tinha 20 anos, certo dia vi um anuncio no jornal, que precisavam de uma cronometrista, o piloto era o Fausto Resende, de minas, da terra da Dna Beija, logicamente, que era do pelotão do meio...rssssssss, 
me candidatei à vaga e fui a escolhida, na época eu era modelo da Ellus e do Casarão das Noivas... e com certeza dava para unir o útil ao agradável,  até ai nada demais, fui me interessando e apreendendo um pouco de mecânica, com pouco mais de um ano com o Fausto, fui fazer o curso de pilotagem com o falecido Prof. Marazzi, eu era a única aluna.  Ele me chamou e falou: “você tem certeza que é isso mesmo que quer? Vai sofrer 1 preconceito danado, mas se quiser mesmo estou com você para o que der e vier, mas também terá que fazer  curso de mecânica básica assim não vai ser enganada por ninguém“...e foi assim...que tudo começou, foram muitas as barreiras, inclusive na sala de aula e também nas aulas práticas, mas consegui superar, até tirar a minha carteira de graduada “A“. Bem a primeira etapa estava vencida, agora era juntar dinheiro e comprar um carro e prepará-lo para andar, precisava de ajuda...
Isto foi em 1985, conheci o então piloto da Stock Car e preparador Carlos Castrale que  junto com o Sandro Bono e o Ferramenta me ajudaram a colocar o carro na pista, vocês vão me perguntar como que consegui. Consegui patrocínios de peças, da Arteb caixas de faróis dianteiros e faróis de milha, da  Juntas Stewaux peças, Varga sistemas de freio, Bardhal  óleo de motor e  aditivos, com esses produtos na mão lá vai a Regina vender na Av. do Cursino, e mesmo com a nota fiscal da fabrica o pessoal só pagava 60% do valor, com esse dinheiro comprava o que precisava para manutenção do carro, e o resto pagava jantar e fazia o rateio entre os meninos...

Largando na Stock...


Minha primeira corrida foi um escândalo, pois eu mesma fui com a pasta debaixo do braço com as fotos do carro nas rádios e na televisão e nos jornais, que São Paulo  ia ter a primeira piloto Brasileira a correr na categoria de elite do Automobilismo; a Stock Car.
Como era de se esperar foi um desastre, os pilotos do primeiro pelotão não quiseram deixar eu correr, falavam que lugar de mulher correr era pilotando fogão, meu professor falou, “Regina não bata boca com ninguém, vamos entrar mandado de segurança, pois você tem que respeitar os seus patrocinadores“ e foi isso que fizemos. Em nenhuma corrida da Stock até aquele momento aconteceu repescagem, na minha teve corrida teve.
No momento de entrar na pista, não queriam me deixar entrar para fazer a classificação de tempo, o Expedito entrou na frente dos carros na saída dos boxes e falou; “se ela não fizer a tomada de tempo, ninguém vai pra pista, temos um mandado de segurança“...bem depois de vários minutos de bate boca finalmente entrei para a classificação para o Grid, mas como se não bastasse teve a primeira repescagem por excesso de carros, eu tinha que voltar pra pista com mais quatro e virar não me lembro quantos segundos a menos para me qualificar, quando consegui todos os bandeirinhas, gritavam e agitavam suas bandeiras pra mim, era como se fosse o primeiro lugar, pois atrás de mim tinha um monte de marmanjos...rssss! Nesta corrida o pole foi o Alecar Jr, com 3m05s ou , o segundo era  Marcos Gracia, e o terceiro era Luiz Pereira com 3.06.06m  bem tinham 56 carros e eu larguei em 44!

Depois conto tudo!

Regina Calderoni

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Hoje já escrevi sobre o Crispim e Biju, agora mostro à vocês o primeiro do que serão muitos textos de minha querida Regina. O titulo "Rainha" cabe como uma luva à essa mulher batalhadora, determinada que com sua presença traz sempre luz por onde passa.
Mas muito mais que uma amiga Regina é para mim uma irmã muitíssimo querida, e para nós todos nossa Rainha.

Um abraço bem apertado como só você sabe dar Regina e muitos mas muitos beijos, meu carinho, respeito e admiração...aliás meu e de todos nós!

Rui Amaral Jr

 Com Duran, Marcelo e João Carlos Bevilacqua, no lançamento da Old Stock.

 Com Oídeo Campos
 Com Cassio Toledo, eu e Arturo Fernandes
 Sem comentários!
Com Wagner Gonzalez e Claudinho Carignato
 Eu mereço...Yeda Mello e Regina
 Gláucio Teixeira, Regina e Duran.
 Regina, Duran, Vera, Arturão e em pé meu filho Francisco e eu.

 Arturão, Vera Guimarães e Conde - Luiz Hemrique Pankowski.
Com Gláucio e Duran
Querida malvadaaaaaaa... 


     

sexta-feira, 19 de julho de 2013

ÓLEO EM TODA A PISTA!


Neste ano corri com o D3 com numero 9, patrocínio do Curso Universitário. Deve ser 1978. Umas das únicas boas largadas. Lá do fundão cheguei na ferradura em quinto. O preparador foi o Fabião (Magrão).

A lambança já começou na curva da Ferradura!

Na ponta esta o Marazzi com um baita 2 litros jogando óleo pela tampa de válvulas. Dai da ferradura Encostei no Afonso Giafone (que esta no Passat) e na subida do Lago todos nos escorregamos no óleo do Expedito. Bandeira vermelha,ninguém bateu forte. Dentro do carro, pensei, volto para o boxe tiro o spoiler que era de alumínio e havia enroscado nas telas de proteção, quando o Passat do Vicente Correa que havia largado dos boxes não viu a bandeira vermelha  e deve ter imaginado que iria para a ponta na primeira volta. Entrou com tudo na traseira do meu Fusquinha. Aquele belo motor do Magrão veio parar nas minhas costas. Não fosse o banco de Kart com encosto p/ cabeça feito pelo Luiz Manzini 'babau". Este foi o fim do numero 9 com patrocínio do Universitário.

Luiz Henrique Pankowski

 Regulando válvulas Manzini, Gil Pereira e Conde

Com João Lindau
Eu, Adriana Greco, Francisco, Conde e Duran 
Duran, eu, Conde, Francisco e Fernando Fagundes

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Pio, Pio, Pio...


Meu saudoso pai, Wilson Souto Maior, conheceu o Expedito na Mercedes-Benz em São Bernardo dos Campos, éramos vizinhos, e ai nasceu a nossa amizade.
O serviço deles, incluía viajar e visitar diversas concessionárias, a grande maioria no sul do pais. Essas viagens eram feitas num fusquinha “pé de boi” da Mercedes sempre pelos dois, mas, houve uma única vez, em que um piloto de teste chamado Celso Graminha foi junto não sei porque razão.
Meu pai já estava acostumado a andar com o Marazzi e sabia do que ele era capaz de fazer com um simples fusquinha, e segundo ele, o Celso era um excelente piloto de testes.
A certa altura da viagem, o Celso pela primeira vez pegou o carro. Meu pai, um grande “barbeiro seguro” segundo o Marazzi, nunca dirigia. Expedito foi meio que deitado e entediado no banco de traz, meu pai, lógico no carona. No meio de uma serra, Expedito quase que dormindo disse:

-Tá lento...

O Celso olhando pelo espelho retrovisor perguntou em tom de brincadeira:

-Você faz melhor ?

-Mais rápido e melhor.

O Celso parou o carro imediatamente abrindo a porta e descendo do carro.

-Então vem e faz.

Meu pai meio que rindo sem graça disse:

-Não faz isso não Celso...

Expedito foi para o volante e o Celso para o banco traseiro.

Bom, da para imaginar o que o Marazzi fez com o carro.

Depois de uns cinco minutos, o Celso Graminha começou a pia sem parar.

-Pio, pio, pio, pio...

Meu pai irritado perguntou:

-Tá piando porque ?

-Bom “seu” Wilson, já ouvi falar de tanta gente que morre sem dar um pio que estou dando todos os que posso.

Claro, todos caíram na gargalhada, e jamais um piloto experiente como o Celso ficaria com medo do que o Expedito estava fazendo. Mas segundo meu pai, a coisa era muito assustadora, e, só quem conhecia e já andava há muito com o Expedito ficava tranqüilo.

Meu pai; o velho “Seu” Souto, contava esta historia sempre, as vezes na frente do Expedito que ria a valer, ao que meu velho sempre dizia:

-Você tá rindo, pois não era você que estava no banco do carona segurando no PQP.

Mario Cuca

Podium de Turismo 5.000 Expedito de macacão azul, em 1º Ney Faustini e de macacão branco e azul João Lindau.
#88 Expedito em Jacarepaguá...


quinta-feira, 7 de março de 2013

POLAR Divisão IV

O Polar na bela arte de Mauricio Moraes

Quando mostrei o HEVE minha intenção era mostrar também o Polar, mas tive vontade de fazer um post separado. Hoje pela manhã em meu Facebook vem uma pergunta do Hélio - Canini Jr -“e o Polar?”, respondi que ia escrever breve e saí. De onde estava enviei um e-mail ao Ricardo Achcar pedindo algumas fotos e informações e logo ao chegar vejo a resposta do sempre solicito amigo.
Ricardo, piloto dos bons, bons mesmo, construtor e muito mais, construiu esses belos carros para o Campeonato Brasileiro de Viaturas Esporte a Divisão IV - aqui uso a grafia que ele usou em sua resposta - neles grandes pilotos nossos mostraram nas pistas um carro muito bem feito, rápido e belo demais. Fora o carro do Jaime os outros usavam motores VW Boxer 2.000cc.
 
 Expedito Marazzi testando o Polar.  
 Chico Lameirão no Polar da Motoradio e Mauricio Chulan no Heve da Hollywood
 Jaime Levy
Jan Balder


Largada em Curitiba, o  Polar da Lonex de Nilton Pereira
Eles na visão de meu amigo Tito, para carros de fenda.

Mais tarde conversando com um amigo pergunto sobre o carro de Jaime Levy que utilizava o motor do Ford Corcel com turbo compressor, ele me disse para procurar a ADILVOX, e seu proprietário Adilson, que era o responsável pela preparação do carro do Jaime. 
Da bela conversa com Adilson, as fotos e muitas informações, me contou que o bloco era o original do Corcel, mas o cabeçote era o do Renault R8 com fluxo cruzado, de um lado o coletor de admissão do outro o de escape, válvulas maiores que as do Corcel, 1.340cc para se enquadrar na categoria A, até 2 litros. Seu turbo trabalhava à uma pressão de 2.5 kg e que eles tiveram muitos problemas em toda adaptação. Citou a corrida de Cascavel, quando teve problemas na largada, e mesmo saindo lá atrás logo tinha ultrapassado vários concorrentes e terminou a corrida em 3º na categoria.      









"Quanto ao Polar, considerando todos os anos já passados, podemos acreditar que é um clássico.
Da categoria Protótipos, já que era muito semelhante á Lola T210 ( que o Emerson trouxe para o Brasil para um Torneio, junto com a Lola T70 e que acabou originando o protótipo Avallone). 
O Polar utilizava um motor, bloco Ford Corcel, 1.340cc, com cabeçote R8 de fluxo cruzado, Turbo Lacom , caixa de cambio Hewland ( não lembro se MK8 ou FT200) 
Abs,
Adilson Castardelli"

Agradeço ao amigo Ricardo sempre um cavalheiro e ao novo amigo Adilson pelo belo papo e todas informações e fotos.
Uma grande duvida me assola neste momento; A quem oferecer este post?
Quase todos citados são amigos, Expedito e Jaime subiram antes da bandeirada final. Ricardo, Chico, Jan, Adilson e Hélio  com a Graça de Deus estão todos ótimos e certamente vão ler o post, menos o Chico que não domina essa máquina como dominava aquelas em que foi campeão nas várias categorias de nosso automobilismo.
Sei que faltaram alguns detalhes técnicos do chassi, mas sei também que nos desenhos e fotos do Ricardo vocês vão desvendar grande parte dele..
Então esse post vai para todos nós, foi muito bom escreve-lo!  

Rui Amaral Jr













quarta-feira, 22 de agosto de 2012

AUTOGRAFO

Meu carro, a Brasilia do Adolfo e a do Bruninho...

Ao ler ontem no blog do Carlos de Paula seu texto sobre manecas em corridas "Consultoras" me veio a memória uma corrida, o ano 1977 ou 78. Eu estava já algum tempo sem correr, neste ano havia patrocinado Nivaldo Correa em motos e o Chico Lameirão em Super V, e tinha comprado do Luizinho Pereira Bueno um VW D3 em que o Alex Dias Ribeiro tinha defendido as cores da HOLLYWOOD, e dois motores do Gigante, só que ainda não tinha dado tempo de correr. Comecei em uma prova do Brasileiro de D3 em Interlagos, já nos treinos uma roda do Passat do João Franco passou por mim na entrada do "S", e na classificação um motor estourado. Na época os boxes eram divididos por equipes, cada uma ficando com uma porta que ia até o fundo área do Padock, coube a mim um box ao lado do mesmo João Franco, perto do Adolfo Cilento. Bons tempos, antes de abrirem a saída para o GRID, os fiscais passavam de box em box avisando, 20 min, a adrenalina subindo, motores esquentando, alguns já se atando aos carros, uma loucura! O João e eu conversávamos atrás do box quando surgiu aquela visão, duas manecas, que na época participavam de uma promoção da FIAT, e faziam demonstrações com carros e macacões cor de rosa, vieram nos cumprimentar e continuaram sua caminhada. O João ficou atônito, seus olhos faiscavam e me puxando, esquecendo a largada que se aproximava, fomos conversar com elas. Pedimos um autografo, e uma delas me deu uma etiqueta colante com seu nome e telefone, a outra pegou uma caneta para dar o autografo ao João, e disse "autografo aonde?", no que ele imediatamente abriu seu macacão, tirou a malha e disse "aqui!" batendo no peito, o que ela fez imediatamente.
Grande cara o João, se os bandeirinhas fossem mulheres acredito que ele não terminasse uma corrida sequer, ficaria com elas acompanhando "seu trabalho". E a corrida? Bem depois de toda essa emoção, eu que estava largando do meio do pelotão, depois de uma largada excelente, passei pelo João na entrada da "Ferradura", devia estar entre os cinco primeiros, na "Reta Oposta" ele me tomou novamente a posição, eu grudado nele via o Adolfo no carro de trás me acenando, pensava "quer me distrair, para passar por mim", na entrada da "Junção" percebi o por que dos acenos, do bocal do tanque do carro do João escapavam rios de álcool, e o Adolfo sempre cavalheiro e o grande homem que foi, estava me avisando, rodei até ficar parado meio tonto naquela reta usada pelo anel externo, vendo todo mundo passar e tendo que voltar ao fim do pelotão, depois de umas duas voltas um pneu furado na curva do "Sargento" me tirou daquela bateria.
Na segunda bateria , depois de largar lá atraz, encontro no meio do caminho o Expedito Marazzi, e viemos ganhando posições, eu atraz dele, até que no meio da curva do "Sol", antes da segunda perna desta curva maravilhosa, encontramos um conhecido "alicatão", uns 20 Km mais lento que nós, e acabamos nos enroscando, o "Velho" tentou passá-lo por fora, eu vendo seu carro abrir coloquei por dentro, foi uma loucura, não batemos por puro milagre, e o referido piloto ( não escrevo seu nome nem sob tortura ) foi embora. Logo no termino desta volta, em frente aos boxes meu segundo motor explodiu, fui estacionar na entrada do "Retão", numa pista paralela que havia para serviços, onde um bandeirinha e um bombeiro vieram me ajudar a sair do carro, assustados com aquela fumaceira toda.
Desolado sentei-me ao lado do carro, e ao abaixar a parte de cima do macacão, vi colado na manga aquele adesivo, que aquela loira maravilhosa havia me dado, não pensei mais no prejuízo, nem na corrida, os carros passavam e eu não ouvia, só pensava na loira. O dia não era para correr, era para namorar, pena que não tivesse percebido antes da primeira largada. Quanto ao João , deve ter ficado com aquele autografo no peito por um bom tempo, duro deve ter sido explicar para patroa! 


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NT: Escrevi este texto logo no começo do blog, em 7 de Fevereiro de 2009, hoje não sei por que cargas d`água em  minhas estatísticas haviam 8/9 visitas nele. Então resolvi mostra-lo novamente. 
Apenas uma coisa não contei e agora conto para vocês; 
Quando da manobra do alicatão no Sol, quase o Expedito e eu nos demos mal, isso a mais de 170/180 km/h. E quando me acertei, fui atrás do tal alicatão para dar um totó nele. Sabia ser uns 20/30 km/h mais rápido que ele na curva Um e era lá que ia novamente encostar nele. Mas Deus é Pai, e na frente dos boxes, meu segundo motor daquele fim de semana explodiu!


sexta-feira, 6 de abril de 2012

VITÒRIA

O post a seguir escrevi em Junho de 2009, havia começado a escrever o blog alguns meses antes. Depois de postar uma reportagem da Quatro Rodas, em que meu amigo Expedito Marazzi, contava sobre a carretera #50, entra em contato comigo o Fabio Poppi e me apresenta Victório e seu filho Marcelo Azzalin.
Hoje, Sexta Feira Santa, abro minha caixa de correspondências e vejo um e-mail em que a pessoa se identifica e conta que trabalhou com meu amigo nessa memorável vitória.
Ligo de imediato para o Victório e conto; “O Wilson - Bataró - deixou um comentário no post das MM”, de imediato ele sorri e fala que a algum tempo não o vê. É meu amigo Victório de sempre.
E é assim que vou escrevendo, com os amigos e para os amigos, felicidade ter tantos que viveram tantas Histórias.
Para o Victório, Marcelo, Fabio e Wilson.
Feliz Páscoa a todos!


O comentário do Wilson no post original.


MEUS AMIGOS


EU ESTAVA LÁ E FIZ PARTE DA EQUIPE 50.
O CARRO FOI UMA LOUCURAS TRABALHAMOS NELE 03 MESES DIA E NOITE.
DEVEMOS SEMPRE LEMBRAR O GORDINHO "MECANICO" QUE ÉRA UM COLOSSO EM MECANICA.
FIZEMOS O CARRO A MODA CASEIRA, MAS COM MUITA EFICIENCIA, E TESTAVAMOS ELE NA RUA LÁ NA RUA BONSUCESSO EM FRENTE A NOSSA OFICINA.
TENHO UMA HISTORIA VSTA DESSE GRANDE PREMIO QUE GANHAMOS. TENHO FOTOS ALGUMAS SÓ POIS A MAIORIA SE QUEIMOU EM UM INCENDIO NA CASA DA MINHA SOGRA ONDE ESTAVAM GUARDADAS AS MINHS COISAS.
A HISTORIA É MUITO VASTA SE QUISEREM SABER ME CONTATEM QUE TEREI O PRAZER DE ESCREVER TUDO SOBRE ESSA VITORIA.
UM GRANDE ABRAÇO A TODOS = WILSON - NA PROVA CONHECIDO COMO BATARÓ.


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JUSTINO DE MAIO E VITÓRIO AZALIM VENCERAM A VII MIL  MILHAS BRASILEIRAS

Assim a edição da GAZETA ESPORTIVA de 29 de Novembro de 1965 noticiou a vitória .



Victório

O que conto a seguir é um relato do que ouvi do Vitório, é a historia das MIL Milhas de 1965 contada por quem a venceu, pode haver alguma incorreção, isto se deve a mim, um contador de histórias, histórias verdadeiras contadas por quem as viveu, outros registros deixo a cargo dos historiadores.
" Comprei a carretera, queria a 34 mas o Damiani chegou antes e eu fiquei mesmo com a 50, levei para oficina, era um carro alto e difícil de pilotar, cortei sua carroceria e abaixei, começava tomar forma, aí chega o Justino e me convida a correr as MM, levamos o carro para sua oficina e começamos a prepará-lo, trocamos o motor por um dele, um Chevrolet V8 com girabrequim de Corvette, uma usina de força, até os contagiros quebravam, estávamos prontos.
A CORRIDA : Quem largou foi o Justino, e começamos bem, havíamos combinado um ritmo de corrida virando 4m10s, depois de uma hora e meia de corrida ele parou e peguei o carro, era um canhão, vínhamos rápido, por volta das três e meia da manhã tomei a ponta. Tomei em uma ultrapassagem sobre o Vitório Andreata, na segunda perna da "Ferradura ", tendo ele batido na traseira de meu carro, a hora que vi na placa do Box 1º não acreditei, estávamos liderando as MIL MILHAS, continuamos  sempre entre os primeiros, hora era o Caetano, hora outro carro, e nós sempre entre os lideres. O carro do Caetano quebrou a cremalheira, seu Box era ao lado do nosso, foi um rebuliço quando vimos, enfim o Caetano saiu de novo, só em 4ª marcha. No final eu pilotava, faltavam umas quatro ou cinco voltas para bandeirada, e minha carroceria estava se soltando, tinha muitos buracos na pista, meu medo era o tanque de gasolina se soltar, vinha guiando com cuidado, estávamos três ou quatro voltas à frente do 2º colocado. Quando vi estava recebendo a bandeirada, ninguém imagina o que é receber a bandeirada de vitória, vi minha equipe pular, vibrar, e eu Victório estava recebendo a bandeirada da vitória ."

Victório/Justino, a carretera de Caetano Damiani/Bica Votnamis e o JK de Jaime Pistilli/Leonardo Campana.
Aqui a 50 vem bem rápido no miolo passando um Gordini 
Já de dia a 50 caminha para a vitória.
Victório recebe a quadriculada das mãos de Eloy Gigliano. 



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