A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens com marcador Dan Gurney. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dan Gurney. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 12 de junho de 2012

PERNAS-CURTAS por Henrique Mércio

Paul Richard “Richie” Ginther
Richie na vitória do México

Nascido em 1930 na Califórnia, na infância conheceu alguém de suma importância em sua carreira, o futuro campeão da F1, Phil Hill, que era amigo de seu irmão mais velho. Através de Hill, Ginther teve seus primeiros contatos com as corridas em 1948. Ao terminar os estudos, passou a trabalhar com seu pai na Douglas Aircraft e dividia seu tempo participando de corridas em Laguna Seca ou Riverside. Porém, no começo dos anos cinqüenta, o pequeno californiano teve de largar seu MG, chamado que fora por seu país, para lutar na Guerra da Coréia. Lá aperfeiçoa seus conhecimentos de mecânica, trabalhando com motores de aviões e ao retornar, junta-se ao amigo Phil Hill na famosa Carrera Panamericana, pilotando uma Ferrari 4.1.

Phill Hill e Richie
Richie e Hill na Ferrari 4.1 na Carrera Panamericana.
Richie e a Ferrari 250 Testarossa na Targa Florio 1960.

 Em 1954 retoma a carreira solo, participando de provas com um Austin Healey. Nessa época, torna-se contemporâneo de um jovem piloto que também era muito participativo, um certo James Dean. Os resultados de Richie chamaram a atenção de Johnny von Neumann, chefe de equipe e revendedor da Porsche para a Califórnia, que confia-lhe um desses carros alemães. Mas sua grande chance surge em 1956 quando passa a pilotar Ferraris. Logo, estava conversando com Luigi Chinetti, chefão da NART (North American Racing Team) e representante de Enzo Ferrari nos Estados Unidos. Esse contato abriu as portas para Ginther tanto em provas européias como as 24 Horas de Le Mans, e também em corridas norte-americanas como as 12 Horas de Sebring ou as 24 Horas de Daytona, sempre com a marca do “Cavalinho Rampante”. 

1961, Richie lidera Von Tripps no GP de Monaco, ambos de Ferrari 156 "Shark Nose"

Em 1960, Richie é chamado para correr na F1 pela equipe italiana, apadrinhado tanto quanto o possível por seu amigo Hill. Estréia com uma sexta colocação em Mônaco, pilotando uma Ferrari Dino 246. Participa em mais três corridas em 60, em uma delas o GP da França, com o pouco conhecido Scarab Type 1, mas é com a Ferrari que obtém o seu melhor resultado: uma dobradinha com Phil Hill em Monza/60. Em 61,divide a equipe Ferrari com Wolfgang von Trips, Phil Hill, Olivier Gendebien e os novatos Giancarlo Baghetti e Ricardo Rodriguez. Consegue boas colocações como um segundo lugar em Mônaco e dois terceiros, em Spa e Aintree, no ano em que Hill vence o campeonato mundial. De 62 a 64, correrá pela BRM, fazendo em 63 sua melhor temporada, com 3 segundos lugares (Mônaco, Monza e Watkins Glen) e 2 terceiros (Nurburgring e México), terminando com a terceira posição no Mundial. 

 Oulton Park 1963 Ginther #2 larga na primeira fila ao lado de Grahan Hill #1, Jim Clark #4 e Trevor Taylor ambos de Lotus.
 GP da Holanda, Zanvoort 1965, #10 Grahan Hill BRM P261, Jim Clark #6 Lotus 33, Richie Guinther #22 Honda P261, John Surtees #2 Ferrari 158, Dan Gurney #16 Brabham BT11 e Mike Spence #8 Lotus 25.
 Honda RA272.
GP do Máxico 1965 Richie e a Honda RA272 largam para vitória.

Em 65, vai para a Honda com a missão de acertar o modelo RA272 (motor 1.5 litro, 270 cavalos à 12.000 rotações). Apesar da experiência de Ginther, o carro era de difícil acerto e a vitória só veio na última prova do ano, no México, graças ao ar rarefeito da pista de Magdalena (2.245 metros de altitude). Não só é a primeira vitória de Richie na categoria, mas também da Honda e dos pneus Goodyear. Em 66, enquanto espera que o novo motor Honda de 3 litrosfique pronto, atua como consultor do filme “Grand Prix”, de John Frankenheimer, que retrata o mundo das pistas, onde também faz uma ponta. Participa de três corridas com a equipe japonesa sem resultados de relevo e no ano seguinte, une-se a Dan Gurney no projeto do Eagle-Weslake, mas decide abandonar as pistas após um acidente nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis. Daí para frente, o “aposentado” Richie tornou-se um cigano, rodando pelos desertos californianos em seu “Trailer”. Em 1989 está passando uns tempos no sul da França quando um sofre um ataque cardíaco. Tinha 59 anos.

Henrique Mércio - Caranguejo

Richie Ginther e a Eagle Weslake 1967.






terça-feira, 1 de novembro de 2011

ANTOLOGICAS

Dan Gurney e Jimmy Clark dois botas!

De Dan Jimmy confessou a seu pai "é o único que pode me derrotar" e após o acidente que vitimou o escocês Dan disse "se ele morreu o que será de nós?"

segunda-feira, 9 de maio de 2011

PERNAS-CURTAS por Henrique Mércio

Paul Richard “Richie” Ginther

Phill Hill e Richie Ginther.

Nascido em 1930 na Califórnia, na infância conheceu alguém de suma importância em sua carreira, o futuro campeão da F1, Phil Hill, que era amigo de seu irmão mais velho. Através de Hill, Ginther teve seus primeiros contatos com as corridas em 1948. Ao terminar os estudos, passou a trabalhar com seu pai na Douglas Aircraft e dividia seu tempo participando de corridas em Laguna Seca ou Riverside. Porém, no começo dos anos cinqüenta, o pequeno californiano teve de largar seu MG, chamado que fora por seu país, para lutar na Guerra da Coréia. Lá aperfeiçoa seus conhecimentos de mecânica, trabalhando com motores de aviões e ao retornar, junta-se ao amigo Phil Hill na famosa Carrera Panamericana, pilotando uma Ferrari 4.1.

Richie e Hill na Ferrari 4.1 na Carrera Panamericana.
Richie e a Ferrari 250 Testarossa na Targa Florio 1960.

 Em 1954 retoma a carreira solo, participando de provas com um Austin Healey. Nessa época, torna-se contemporâneo de um jovem piloto que também era muito participativo, um certo James Dean. Os resultados de Richie chamaram a atenção de Johnny von Neumann, chefe de equipe e revendedor da Porsche para a Califórnia, que confia-lhe um desses carros alemães. Mas sua grande chance surge em 1956 quando passa a pilotar Ferraris. Logo, estava conversando com Luigi Chinetti, chefão da NART (North American Racing Team) e representante de Enzo Ferrari nos Estados Unidos. Esse contato abriu as portas para Ginther tanto em provas européias como as 24 Horas de Le Mans, e também em corridas norte-americanas como as 12 Horas de Sebring ou as 24 Horas de Daytona, sempre com a marca do “Cavalinho Rampante”. 

1961, Richie lidera Von Tripps no GP de Monaco, ambos de Ferrari 156 "Shark Nose".


Em 1960, Richie é chamado para correr na F1 pela equipe italiana, apadrinhado tanto quanto o possível por seu amigo Hill. Estréia com uma sexta colocação em Mônaco, pilotando uma Ferrari Dino 246. Participa em mais três corridas em 60, em uma delas o GP da França, com o pouco conhecido Scarab Type 1, mas é com a Ferrari que obtém o seu melhor resultado: uma dobradinha com Phil Hill em Monza/60. Em 61,divide a equipe Ferrari com Wolfgang von Trips, Phil Hill, Olivier Gendebien e os novatos Giancarlo Baghetti e Ricardo Rodriguez. Consegue boas colocações como um segundo lugar em Mônaco e dois terceiros, em Spa e Aintree, no ano em que Hill vence o campeonato mundial. De 62 a 64, correrá pela BRM, fazendo em 63 sua melhor temporada, com 3 segundos lugares (Mônaco, Monza e Watkins Glen) e 2 terceiros (Nurburgring e México), terminando com a terceira posição no Mundial. 

Oulton Park 1963 Ginther #2 larga na primeira fila ao lado de Grahan Hill #1, Jim Clark #4 e Trevor Taylor ambos de Lotus.
 Honda RA272.
 GP da Holanda, Zanvoort 1965, #10 Grahan Hill BRM P261, Jim Clark #6 Lotus 33, Richie Guinther #22 Honda P261, John Surtees #2 Ferrari 158, Dan Gurney #16 Brabham BT11 e Mike Spence #8 Lotus 25.

   GP do Máxico 1965 Richie e a Honda RA272 largam para vitória.
Comemorando a vitória no México 1965.

Em 65, vai para a Honda com a missão de acertar o modelo RA272 (motor 1.5 litro, 270 cavalos à 12.000 rotações). Apesar da experiência de Ginther, o carro era de difícil acerto e a vitória só veio na última prova do ano, no México, graças ao ar rarefeito da pista de Magdalena (2.245 metros de altitude). Não só é a primeira vitória de Richie na categoria, mas também da Honda e dos pneus Goodyear. Em 66, enquanto espera que o novo motor Honda de 3 litrosfique pronto, atua como consultor do filme “Grand Prix”, de John Frankenheimer, que retrata o mundo das pistas, onde também faz uma ponta. Participa de três corridas com a equipe japonesa sem resultados de relevo e no ano seguinte, une-se a Dan Gurney no projeto do Eagle-Weslake, mas decide abandonar as pistas após um acidente nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis. Daí para frente, o “aposentado” Richie tornou-se um cigano, rodando pelos desertos californianos em seu “Trailer”. Em 1989 está passando uns tempos no sul da França quando um sofre um ataque cardíaco. Tinha 59 anos.

Henrique Mércio

Richie Ginther e a Eagle Weslake 1967.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Dan Gurney

Dan na Maserati Birdcage da Equipe Camoradi vitória nos 1.000 KM de Nurburgring de 1960 que correu em dupla com Stirling Moss.
Pilotando uma MacLarem F I , foi um dos primeiros pilotos a usar o capacete integral, um Bell Star.

Certa vez Jimmy Clark disse a seu pai “Dan é o único piloto tão rápido quanto eu” li esta frase muitos anos atrás, talvez quando ela foi divulgada, e nunca saiu de meu pensamento. As vezes brinco com o Caranguejo sobre ela pois ele e eu achamos difícil que naquele começo dos anos 60 fosse impossível alguém ser tão rápido quanto o Escocês Voador e depois também.
O certo é que Dan foi um grande piloto, venceu muitas corridas com os mais variados carros, foi e ainda é muito respeitado no mundo automobilístico.

Dan e Jimmy.

Venceu sete vezes na Formula Um, quatro corridas validas pelo mundial e três extra campeonato. 
Pelo mundial a primeira foi no GP da França em Rouen no ano 1962 pilotando um Porsche da equipe oficial de fabrica, na tentativa da marca alemã de entrar na Formula Um com um projeto totalmente desenvolvido por ela. A segunda e terceira vitórias viriam no ano de 1964 pilotando um Brabham e foram nos Gps do México e França em Rouen.

A vitória em Spa 1967 com o Eagle-Weslake.

E a quarta e mais importante para ele foi pilotando um carro construído por ele, o Eagle, empurrado por um motor também desenvolvido por ele o Weslake em Spa na Bélgica.
As corridas extra campeonato foram em 1960 o Ballarat Victória na Austrália com BRM. O GP de Solitude na Alemanha em 1962 pilotando um Porsche e por fim a Corrida dos Campeões disputada em Brands Hacth na Inglaterra no ano de 1967 pilotando sua criação o EagleWeslake. Na época a corrida dos campeões apesar de ser extra campeonato era talvez a mais badalada e disputada da temporada.
Venceu cinco corridas na Nascar e sete na Indy, três na CanAm fora outras em categorias diferentes.
Com os carros esporte entre os Protótipos e Gts venceu dez corridas com carros tão diferentes quanto os Shelby-Cobra e a Maserati Birdcage.
Dono de equipe que nestes longos anos venceu centenas de corridas, Dan é certamente um nome de respeito a ser lembrado e reverenciado. 
      
Aqui ele pilota o Mark IV na vitória em Le Mans 1967 em dupla com A.J. Foyt, o ressalto sobre a cabeça do piloto foi feito pois Dan é muito alto, vejam no post de Foyt a diferença entre eles pilotando o mesmo carro.
Com o Porsche Formula Um foram duas vitórias, em Rouan na França válida para o mundial de F I e Solitude na Alemanha, ambas em 1962.
Na CanAm pilotando uma Lola.
Nos EUA com um Eagle.
Na Inglaterra vencendo de Galaxie em Oulton Park.
Revista Autosporte Abril de 1963.
Com sua criação o Eagle-Weslake.



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MASERATI BIRDCAGE - II


No ano de 1958 o Grupo Orsi e consequentemente a Maserati se encontrava em uma difícil situação financeira , apesar do Campeonato Mundial de Pilotos de Formula I de 1957 quando venceu com Juan Manuel Fangio sua equipe encontrava-se desestruturada . As equipes rivais partiam para construção de chassis monocoque , mas a tecnologia da Maserati eram os chassis tubulares . Ai nasceu essa lenda , esse belíssimo carro.

Stirling Moss e a Birdcage . Em Rouen onde venceu . Birdcage Tipo 60 .

Tipo 60 em Le Mans 1961.Pilotada por Briggs Cunningham e William 'Bill' Kimberley, oitavo lugar. 




Primeiro o Tipo 60 que usava um motor e dois litros, depois o Tipo 61 com motor de três litros.
Seu motor era um quatro cilindros com duplo comando de válvulas no cabeçote , 100 mm de diâmetro por 92 mm de curso com uma cilindrada de 2.890cc e rendia 250 HP à 6.500 rpm . Sua potencia era sem duvida menor que a dos Ferrari e Aston Martin , com cerca de 300 HP mas devido a construção de seu chassi , o carro era cerca de 170 kg mais leve que os rivais .

Seu cockpit , vejam a primorosa construção do chassi em tubos de aço finíssimos .

Com esse carro a Maserati venceu inúmeras corridas , nas mãos de Moss , Dan Gurney , Masten Gregori . Nino Vacarella em dupla com Umberto Magliolli lideraram a Targa Florio de 1959 até terem o tanque furado por uma pedra. Moss e Gurney  venceram com ela ao 1.000 KM de Nurburgring de 1960. Moss venceu também em Cuba.  


O motor doze cilindros na traseira na Birdcage Tipo 64 .

Só que com o desenvolvimento dos chassis monocoques e a falta de verba da equipe para o desenvolvimento foi ficando ultrapassado e no ano de 1960 seu projeto foi descontinuado . Em seu lugar foi desenvolvido o Tipo 64 com motor de doze cilindros na traseira , que nunca conseguiu acompanhar seus rivais já muito adiantados em chassis e motores .



  



segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Maserati Birdcage


Mod 61 pilotada por Masten Gregory  /Chuck Daigh em Le Mans 1960.

No ano de 1959 a Maserati se encontrava em uma difícil situação financeira. Apesar do Campeonato Mundial de Pilotos de Formula I de 1957, quando venceu com Juan Manuel Fangio, sua equipe encontrava-se desestruturada . As equipes rivais partiam para construção de chassis monocoque, mas a tecnologia da Maserati eram os chassis tubulares. Ai nasceu essa lenda , esse belíssimo carro .



Stirling Moss e a Birdcage . Em Rouen onde venceu . Birdcage Tipo 60 .


Tipo 61 em Le Mans.





Seu motor era um joia, quatro cilindros com duplo comando de válvulas no cabeçote. Na Mod 60 ele era de 1,990cc com 93mm de diâmetro por 73mm de curso, sua potencia 200 hps. Na Mod 61 100 mm de diâmetro por 92 mm de curso com uma cilindrada de 2.890cc e rendia 250 hp à 6.500 rpm. Ambas versões eram alimentadas por dois carburadores Weber 45 DOC3  Sua potencia era sem duvida menor que a dos Ferrari e Aston Martin , com cerca de 300 hp mas devido a construção de seu chassi , o carro era cerca de 170 kg mais leve que os rivais.
Seu chassi unia mais de duzentos tubos finos (estrutura espacial ), sua suspensão dianteira era independente com braços triangulares, molas e amortecedores. Na traseira um eixo De Dion com molas e amortecedores. 




Seu cockpit , vejam a primorosa construção do chassi em tubos de aço finíssimos .
No final da década de 1950, a Maserati encontra em Lucky Casner e sua CAMORADI o parceiro para levar a Birdcage Mod 61 às vitórias.
E nas mãos de Lucky, Gurney, Shelby, Moss, Masten Gregory e outros grandes pilotos, lideram quase todas as corridas do "Championnat du Monde de la Voiture de Sport" vencem duas vezes em Nurburgring...

Só que com o desenvolvimento dos chassis monocoques e a falta de verba da equipe para o desenvolvimento foi ficando ultrapassado e no ano de 1960 seu projeto foi descontinuado . Em seu lugar foi desenvolvido o Tipo 64 com motor de doze cilindros na traseira , que nunca conseguiu acompanhar seus rivais já muito adiantados em chassis e motores .


O motor doze cilindros na traseira na Birdcage Tipo 64 .