A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Desanuviando...

Na entrada do Laranja quebrado em corrida, nesta caso a culpa não foi minha!

...um pouquinho estava brincando com alguns amigos no Face e mostrei minha foto quebrado na entrada da curva do Laranja no autódromo José Carlos Pace-Interlagos no ano de 1982, aqui um parentese; gostaria que todos que citassem nosso autódromo o fizessem usando o nome de nosso grande piloto.
Pois é, lá eu disse que havia quebrado uns 50 motores e na verdade nem sei a conta, lembro que na Copa Brasil de 1972 foram 5, depois perdi a conta, um deles lembro muito bem estourei na saída dos boxes, não havia percorrido nem 500 metros com ele! 

Edião, eu e o Chapa, invocado demais ele! Um abração meu amigo, obrigado por tudo.

Testava uma relação de marchas com a primeira e segunda marchas mais curtas e o impaciente Chapa mandou que saísse para dar algumas voltas para depois ele verificar tudo. Quando ia vestir as luvas ele vociferou "vai sem, são só duas ou três voltas!"...na saída dos boxes em segunda marcha percebi que o espelho do lado esquerdo não estava acertado e ao colocar a mão naquele pequeno buraco da janela meu relógio abriu e quase cai...tentando segura-lo sem querer afundei o pé direito no acelerador e o motor que o limite de giros era + ou - 7.500 RPM foi apenas à 9.000 e muitas abrindo um buraco do tamanho de minha mão no bloco do pobre motor.
Encostei no acostamento e procurei atrás do conta giros a chave da espia, queria voltar "um pouquinho" mas não adiantou o experto Chapa havia tirado...e a bronca que veio depois prefiro não comentar!

No Laranja, notem o pequeno tamanho do buraco no acrílico! 
Meu pequeno pé direito não é culpado de nada!
Meu painel era idêntico à este, outro dia o Chico que me vendeu o conta-giros lembrou que foi ele que fez. No conta-giros mecânico, o acionamento saía com um cabo da bomba dupla de óleo o ponteiro vermelho era a espia que ia até onde o motor era levado e não voltava, zerava apenas com uma chave igual à uma de porta e localizada atrás dele.    

Aos amigos Ana, João, Marcelo, Duran, Giso, Danilo, Joel, Miltinho...a culpa nunca foi minha!rs

Rui Amaral Jr  

NT: Calculo que cada um deses motores que na época usavam muitas peças importadas e de ponta no automobilismo mundial custasse por volta de R$ 35/40 mil em 82 eu tinha três deles e só para enquadrar o comando de válvulas o Chapa levava cerca de 3/4 horas, daí a bronca do Velho!  

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Autódromo José Carlos Pace - Interlagos...

É NOSSO!
1975 José Carlos Pace recebe a bandeirada, autódromo lotado! 

Em um grande projeto urbanístico nascia o autódromo de Interlagos no ano de 1940, que na visão de seus idealizadores seria a obra que colocaria nosso automobilismo no patamar dos mais avançados do mundo...mais tarde no ano de 1954 e precisando a pista e arredores de uma manutenção mais adequada a área em que se encontra foi transferida para a administração publica assumia assim no ano do Quarto Centenário da cidade de São Paulo a prefeitura sua administração.
Creio que a primeira Mil Milhas Brasileiras no ano de 1956 foi a grande arrancada de nosso autódromo e automobilismo para dar o apoio necessário que nascente industria automobilística necessitava...a idealização de dois grandes nome, Wilson Fittipaldi e  Elói Gogliano, trouxe frutos e já em 1960 um automóvel produzido no Brasil venceu a corrida, foi um JK pilotado pela dupla Chico Landi e Christian Heins...daí para frente Interlagos ajudou e muito no desenvolvimento de nossos carros...a década de 1960 foi um claro exemplo disso e Interlagos aprovou em testes e corridas nossos Gordinis, DKWs, Simcas, Brasincas e mais uma centena de carros!
De Interlagos saíram “apenas” nove títulos mundiais de F. Um; Emerson que praticamente nasceu lá, Piquet que vindo de Brasília fez sua base em São Paulo e daí partiu para o mundo e Ayrton que partindo do kartodromo que faz parte da estrutura do autódromo escreveu seu nome na história do automobilismo mundial tal como Emerson e Nelson...nesta época o Autódromo já levava o nome campeão prematuramente   desaparecido José Carlos “Moco” Pace.
Idas e vindas, mandos e desmandos transformaram o antigo traçado nesta pistinha que vemos hoje e o pior de tudo a administração do complexo passou às mãos de uma empresa de economia mista comanda por nosso prefeitura...acontece que esta empresa não prioriza o automobilismo e hoje em dia seus dirigentes sequer priorizam o objetivo do complexo, o automobilismo...este mesmo automobilismo que oferece no entorno da pista emprego para milhares de pessoas.
Em recente conversa com o Bastos, presidente da FASP, atônito descobri que a pista será fechada para “reformas” ao final do mês de maio, deixando à ver navios as pessoas que trabalham e atuam em nosso automobilismo!


É o fim da picada, Interlagos -Autódromo José Carlos Pace- não será um novo Jacarepaguá devemos lutar para isto e para que seja respeitado o principio fim de nosso autódromo!
Depois de anos de descaso finalmente temos um vereador que apóia nossas iniciativas, não apenas com palavras mas com atos concretos como a Lei 15.780/13 que depois de tantos anos trás nosso calendário para o rol de eventos oficiais da cidade com inúmeros benefícios como a divulgação em folhetos distribuídos em hotéis e restaurantes, baners das provas em ônibus que circulam pela região e muitas outras vantagens mais...tenho certeza que com as iniciativas dos vereadores Floriano Pesaro, Mario Covas Neto e com o olhar sempre atento de meu amigo Sandro Kuschnir podemos reverter toda essa situação e trazer novamente o autódromo para quem de direito...a comunidade do automobilismo!

Unidos e deixando de lado desavenças, rixas e nossos egos conseguiremos!


Rui Amaral Jr