A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 18 de março de 2015

Conta Junior

Em 1979 inovamos com um cambio seco, ou seja colocamos uma bomba de óleo dupla igual a do motor no cambio, não tinha óleo dentro do cambio, ele ficava em um reservatório, evitando assim o contato da cora e pinhão com óleo, final da historia 200 RPM a mais no final do retaõ em Interlagos. Outra inovação foi a retirada da ventoinha com tomadas na lateral, um erro o local escolhido das tomadas pois nas retas era fantástico mas nas curvas e nos enrosco com outros faltava ar sempre no sentido da curva, acarretando altas temperaturas e varias quebras. No meio de 1979 iniciamos o novo carro que estreei em 1980 e quase fui novamente campeão.

Junior Lara Campos

 E deu trabalho mesmo! Box de Jacarepaguá Manduca, Beto, Eduardo Saraiva e os irmão Levorin, Arno e Marcos trabalham trocando o motor do carro... 
Sem a ventoinha

7 comentários:

  1. Olá Rui, amigos, bom dia.
    Excelente matéria de você relembrar aspectos técnicos da categoria e que muitos eram desconhecidos, com essa caixa sêca do câmbio. Fato importante é lembrar que o objetivo do lubrificante, além de minimizar o atrito e inibir o desgaste, também é agente refrigerante. Por isso, é bem provável, embora não mencionado na matéria, que fosse utilizado a pasta Molykote, lubrificante sólido (bissulfeto de molibdênio) nos locais de maior esforço mecânico, pois a viscosidade do lubrificante cai à medida da elevação da temperatura pelo atrito.
    luizborgmann

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    1. Certo Borgmann, mas este cambio foi proibido pelo regulamento depois de ser contestado pelo Edson Yoshikuma, o Jr nunca correu com ele.

      Um abraço

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  2. Rui,

    essas histórias são maravilhosas...

    as soluções técnicas e mecânicas introduzidas tornavam a prova ainda mais interessante - tanto para o piloto quanto para o público...

    e eu vou aqui aprendendo um pouco mais com essas histórias...

    abs...

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    1. É André, algumas pessoas pensam que nossos VW D3 eram fusquinhas preparados mas na verdade eram verdadeiros carros de corrida com técnicas avançadas de preparação e rapidíssimos para época.

      Um abraço

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  3. Dúvida: por que seria ilegal o cambio seco? Qual o problema?

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    1. Vamos lá Walter...o Anexo J da FIA, que em seu item III que regulamenta a Divisão 3 é bem claro, nenhum sistema pode ser alterado, à menos que haja um adendo ao regulamento...o cambio do VW vinha sem radiador, portanto! VC vai pensar no cárter seco que usávamos mas ele foi introduzido ao regulamento acredito que 1970 pois era impossível lubrificar o motor e refrigerar este óleo com o cárter original, o que no começo da categoria era feito com espaçadores e outros artifícios no próprio cárter mas que não seguravam a pressão de óleo na casa dos 2.5/3.5kg em curvas longas como a do Sol em Interlagos, nem em nossos VW muito menos nos carros grandes como os Maverick e Opala, além disso a bomba dupla Chadeck que usávamos ficava no mesmo lugar da original. Na época a briga do Jr e do Edson que corria de Passat era grande pois os Passat com seu motor moderno de comando no cabeçote rendiam cerca de 20% à mais que nossos boxer, e não houve vontade e nem tempo para uma possível homologação que teria que passar pelo crivo da CBA. Veja que a Brasilia feita pelo Dimas também foi considerada ilegal pois usava a suspensão McPherson da Variant II no lugar das barras de torção originais da Brasilia.

      Será que consegui explicar?

      Um abraço

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  4. Esta clarissimo. Tinha respondido e agradecido antes, mas operei mal os comandos e vejo que a resposta nao ficou registrada.
    Agradeco muito, porque com esse, gente como eu, `da arquibancada` entende melho o espetaculo.

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Rui Amaral Jr