A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Landi-Bianco-Porsche

O Landi-Bianco-Porsche sendo tocado por Christian Heins.

Algum tempo atrás conversava com meu amigo Zullino sobre os 500 KM de Interlagos de 1961 e contava à ele minhas lembranças de um garoto de nove anos entre elas do Porsche 550 RS de meu irmão que ficava guardado em casa e que depois foi transformado no Fitti-Porsche. Uma lembrança não me saía da mente, é que havia outro Porsche correndo, este um formula e pilotado por um amigo de meu irmão chamado Bubi Loureiro.
Pois bem, outro dia lendo o blog de meu amigo Fernando Fagundes o Hiperfanauto descobri que o carro era um Landi-Bianco-Porsche que foi pilotado pelo Christian Heins em algumas outras corridas apenas sobre os 500 KM de 61 não descobri se foi mesmo pilotado pelo Bubi já que meu irmão, já falecido, perdeu o contato com ele.

Nos 500 KM era usado o circuito externo de Interlagos,nesta foto logo após a curva Três nota-se a saída da curva da Junção onde torcedores acenam. 
 Outra vez a saída da curva Três.
Na edição da Quatro Rodas nenhuma referencia ao Landi-Bianco-Porsche e no 6º lugar de meu irmão esqueceram seu parceiro Luciano Mioso.

Porsche 550 RS Spider em um treino com meu irmão pilotando.
 Foi transformado no Fitti-Porsche aqui com Lian Duarte
e com Wilson Fittipaldi no Rio.

Link 

3 comentários:

  1. Valeu. Muito boa a matéria, apontando alguns fatos que eu desconhecia. Espetacular as fotos e o monoposto apontado na foto com a inscrição Bubi ?, realmente é o Formula Jr. Tubularte, construído na fábrica da Tubularte, por J.Gimenez Lopes, Chico Landi e Toni Bianco, impulsionado por um motor Porsche 1500cc. Os Formulas Jr. sucessores já com motorização de DKW e Reanult, foram construídos pela dupla Landi e Toni Bianco na oficina da Rua Afonso Bras (quintal da casa do Chico).

    Abs.

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  2. Esse monoposto Porsche para mim sempre foi meio estranho, eu era muito moleque para entender. Conheci o seu Christian, nunca o chamei de Bino e não lembro de ter ouvido alguém chamá-lo assim, mas o conheci mal e porcamente, o Eugeninho conheci bem e batíamos longos papos na boca de porco onde mandávamos arrumar as motos de trilha aqui na Granja Vianna, o Geninho sempre teve negócios aqui na área imobiliária e tudo grandes empreendimentos, ele era peitudo nos negócios também. Algo me diz que essa dupla devia deixar o seu Chico e o Bianco completamente doidos com as invencionices deles, para aumentar a entropia entrava o Jorge Letry de grão vizir. Esse carro era bom, mas eles andavam mais do que as coisas, se o carro foi usado duas vezes foi muito, devem ter mandado picar o carro e partido para outra invencionice. Os Formula Jr Landi Bianco vieram dele, mas a dupla dinâmica já tinha se desfeito, o Heins foi ser executivo sério da Willys e o Geninho foi ganhar dinheiro com negócios imobiliários e chegou a ter uma Caderneta de Poupança, praticamente um Banco. Na minha opinião se desfez a dupla mais maluca de toda nossa história e que fez um monte de coisa ou pavimentou para os outros fazerem, e eles não eram malucos inofensivos para os adversários, entendiam muito, inventavam coisas novas, eram antenados com o que tinha lá fora, ou seja, não ficavam na mesmice, além disso, sentavam a bota e não tinham escorpião no bolso, sem serem perdulários tinham tudo do bom e do melhor.
    Sem querer desmerecer o Catharino Andreatta por quem tenho muito carinho e que sempre me tratou muito bem, com 12 anos ele me deixou sentar em uma carretera dele, mas nas 1000 milhas de 1956 o Catharino tomou um vareio do Fusquinha 1953 do Heins e do Geninho, viu o Fusca de binóculo. O Fusca só não ganhou porque quebrou o cabo do acelerador e Interlagos antigo não era só flores como dizem, tinha que ir de helicóptero acudir carro, fora que não era como hoje, era mato alto. Mesmo assim o Fusca que deve ter perdido 6 voltas chegou em segundo na frente de todas as carreteras Corvettes e Thunderbird, uma vergonha perderem para um reles Fusca. O Lettry descobriu que o regulamento era o de Le Mans, a carcaça do motor tinha que ser de Fusca 1200, mas o resto podia ser mexido. Pouca gente sabe que a carcaça de fusca 1200 aceita tudo de Porsche 356 e vice versa, o Fusca era Porsche até nos freios com enormes tambores de alumínio aletado. Quem olhava para a jabiraca não dava nada, algo me diz que eles deixaram o carro todo mal ajambrado, com uma pintura e rodas horríveis só para esconder o leite. Em 1956 a dupla decretou o fim das carreteras, todo mundo viu que as carreteras apanharam feio do fusquinha, quem percebeu pulou fora, mas alguns insistiram gastando fortunas e tendo resultados pífios apanhando de DKWs, com duas exceções que foram o Caetano e o Camilo, mas a do Camilo não era uma carretera, era um protótipo. Sem maluco o mundo não vai para a frente.

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Rui Amaral Jr