A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A RESSURREIÇÃO DE ANDREAS



 Em Zandvoort a última vitória de Niki pela Ferrari na foto ele na 312T2 e Mario na Lotus 78 MKIII




1977 foi a temporada depois do improvável. No ano anterior, James Hunt fora sagrado o campeão, após o seríssimo acidente de Niki Lauda em Nurburgring. O austríaco vinha dominando o campeonato de forma incontestável com a Ferrari 312T2, quando foi surpreendido pela batida na curva Bergwerk. Hunt aproveitou a oportunidade e virou o jogo nas seis provas finais, superando Lauda por um ponto. Além das visíveis cicatrizes em seu rosto, Niki trouxera outras marcas de 1976. A torcida italiana não o perdoou por ter abandonado por conta própria o GP do Japão, quando ainda tinha chances de ganhar o título. Na nova temporada então, o campeão mundial de 1975 era considerado um piloto decadente e os especializados apostavam em um bicampeonato para Hunt; em Reutemann com a outra Ferrari; em Andretti com a bela Lotus 78 e em José Carlos Pace, com seu Brabham Alfa finalmente acertado. Lauda? Estava acabado. 

 Carlos Pace e a Brabham BT45 e sua derradeira corrida em Kyalami.

 Jody, Wolff WR1 em Mônaco seguido por John Watson, Brabham BT45

 James Hunt, McLaren M23
e com a M26.

O ano porém, começou com uma zebra: no pampa argentino, vitória de Jody Scheckter e do novo Wolff WR1. Jody não era muito cotado porque trocara a Tyrrell por uma equipe totalmente desconhecida. Na Argentina, ele fora beneficiado por problemas com Pace nas voltas finais. Mas no Brasil, a lógica pareceu retornar, na vitória de Carlos Reutemann, que fez dele o líder do campeonato. Contudo na terceira prova do ano em Kyalami, Lauda “voltava “ à vida, com a primeira vitória desde de Nurburgring. Todavia, não comemorou, chocado pelo acidente que cobrou a vida de Tom Pryce na volta 22. E o destino continuou pregando peças, pois duas semanas depois, morria José Carlos Pace em um acidente de avião, no interior de São Paulo. Na etapa de Long Beach, Mario Andretti venceu com a nova Lotus 78, mas Lauda chegou em segundo e passou a co-líder do mundial ao lado de Scheckter, que seria o líder isolado após o GP da Espanha, depois de uma nova vitória de Andretti. Nada mau para um carro estreante. E Jody continuou assombrando, pois venceu em Montecarlo e ampliou a liderança. Seria o “South African Wild Man” a surpresa de 77, qual Hunt no ano passado? O estoque de coelhos da cartola da Wolff estava acabando. Nas quatro etapas seguintes, em Zolder, Anderstorp, Dijon-Prenois e Silverstone, Scheckter amargou quatro abandonos enquanto Lauda fez dois segundos lugares, um quinto e apenas uma não-classificação. 

 Gunnar Nilson, Lotus 78 MKIII
 Jacques Laffite, Ligier JS7

 Alan Jones, Shadow DN8
 Niki

Para além disso, nomes novos apareceram no rol dos vencedores: Gunnar Nilsson, venceu seu primeiro GP na Bélgica e Jacques Laffitte venceu o seu, na Suécia. Nos demais, a lógica. Andretti triunfou em Dijon e James Hunt (era ele o number one, lembram?) venceu pela primeira vez no ano, na Grã-Bretanha. Daí em diante, só deu Lauda. Vitórias em Hockenhein e Zandvoort; um segundo lugar em Osterreichring, outro em Monza e um singelo quarto lugar em Watkins Glen bastaram para fechar a conta. Lauda bicampeão, contrariando todas as expectativas. Alan Jones e a Shadow venceram na Áustria e Mario Andretti levou a melhor em Monza. Que importância teve isso? Nem a reação tardia de Scheckter, ganhando em Mosport Park ou James Hunt no Japão. Niki Lauda, de contrato assinado com a Brabham-Alfa para 1978 nem mesmo compareceu a essas provas. Mas já tinha deixado claro quem era o dono da banca...

CARANGUEJO



Um comentário:

  1. Gran año, al fin Shadow ganó un GP.
    Gran tarea de Lauda, pero que lindo era el Lotus 78!
    Abrazos!

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Rui Amaral Jr