A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

domingo, 30 de junho de 2013

Silverstone 2013


Assisti a Formula Um em boa companhia, com meus amigos Luiz "Saloma" Salomão, Sergio "Primo" Falque, Paulo Tohmé, Felipe e Reginaldo Vitullo...Foto tirada pelo garçon a quem o Tohmé perturbou a corrida inteira e do Face do Luiz.  

Rosberg
foto Getty Images

Ao assistir novamente a corrida em casa notei que após os furos nos pneus os carros da STR, Ferrari e McLaren se comportam de forma diferente. Na McLaren e STR a roda dianteira do lado contrário do furo fica mais alta e nota-se claramente a traseira abaixada tocando a parte baixa do carro na pista, enquanto a Ferrari vai com a roda dianteira contrária ao furo no chão e sem que a parte baixa do carro toque no chão. Tirei algumas imagens do vídeo e nele vocês poderão notar melhor a diferença.

 Massa
foto Getty Images




link da corrida completa

sábado, 29 de junho de 2013

VAMOS SALVAR O AUTOMOBILISMO - 1



No meio da semana a amiga Doris me convida para um novo grupo do Face o Vamos Salvar o Automobilismo, confesso a vocês que fora o nosso grupo da D3 não gosto muito de palpitar em outros grupos,além disso o tempo é curto pois apesar dos poucos comentários hoje em dia no blog recebo muitos e-mails de pessoas que nos acompanham e amigos, e leio e respondo todos.
Lá eu vi muitas opiniões como a criação de novas categorias e alguns pilotos reclamando a falta de patrocínio. 
Acredito que na forma atual de sistema federativo, onde os clubes elegem o presidente e diretoria da federação local e esta o presidente da confederação pouca coisa ou nada pode ser feito. Neste ponto deixo para o final o X da questão, acontece que os pilotos ao assinarem sua ficha de inscrição nos clubes deveriam ter o direito de votar nas eleições para os dirigentes do mesmo, pois aí está a base que lá no alto elegeria o presidente da confederação, acontece que nunca, repito nunca vi um piloto votar, nem eu na época em que era afiliado do clube de meu saudoso amigo Expedito Marazzi!
Falando de São Paulo hoje nossos clubes estão quase todos nas mãos das mesmas pessoas -procurem na lista de endereços e verão- e estas dirigem a federação. Tenho alguns amigos dirigentes entre eles os saudosos Expedito e Antonio Carlos Avallone e hoje não poderia deixar de dizer que prezo a amizade do Carpinelli, Bastos, Almyr...porém sem concordar absolutamente com o método de trabalho extra pista de nossa Federação.
Recebo muitos e-mails de divulgação de pilotos e creio que de alguma forma isto seja proveitoso para eles, acontece que a Federação nas corridas regionais teriam que achar uma forma de ter o apoio de jornais pois sem eles o publico nem de longe fica sabendo o espetáculo que é ver os carros andando em uma pista de corridas. Acontece que até bem pouco tempo o assessor de imprensa da federação o era também de pilotos e acredito ser difícil até impossível conciliar as funções.

Da diversidade da Estreantes e Novatos saíram grandes nomes do nosso automobilismo! 

Outra coisa que sou contra é a obrigatoriedade do piloto freqüentar uma escola de pilotagem, precisamos isto sim de uma nova Estreantes e Novatos onde a meninada com menor poder aquisitivo colocaria seus carros, devidamente preparados nos itens de segurança, para correr em um autódromo. Para a devida orientação deles  na forma de proceder, no conhecimento de bandeiras e regulamento esportivo poderíamos certamente contar com a experiência de alguns antigos pilotos que ainda correm, como o Ney Faustini que sessentão acelera aquela Pick-Up como um menino ou gente como o Heitor -Luciano Nogueira Filho- que está perto dos 40 e fazendo uma grande temporada na Formula Vee, além de outros que não cito mas certamente não se furtariam em ajudar.

As belas disputas e seriedade da F. VEE estão empolgando, nesta foto Heitor lidera uma bela disputa.  

Depois caso o piloto queira seguir carreira a escola de pilotagem, tal qual fez Emerson Fittipaldi ao ir para a Inglaterra em 1968, campeão e com muitas corridas no Brasil foi se aperfeiçoar na escola de Jim Russel. Escola de pilotagem não é auto escola, não ensina ninguém à guiar/pilotar é sim um aperfeiçoamento para quem quer seguir carreira.
Outra coisa é a criação de novas categorias,  ora isso é coisa de quem não sabe o trabalho e dinheiro gastos para criação e manutenção até que ela dê certo. Acredito que no Paulista a criação de uma categoria consuma mais $300mil e muitas e muitas horas de trabalho de várias pessoas!
Como já escrevi aqui precisamos de no mínimo duas categorias de Formula, uma já é um sucesso em São Paulo, a Formula Vee, criação de meus amigos Joca e Zullino, apesar de usar a suspensão dianteira e o motor do VW, a cada dia que passa ela evolui em desempenho e organização, agora o que falta é levá-la a todo o Brasil. A outra Formula seria com chassis de vários construtores e motores das várias montadoras e caso ela seguir o mesmo caminho da Vee teríamos duas categorias que poderiam correndo no mesmo dia revelar a custo baixo vários novos talentos, como pregam meus amigos Chico Lameirão e Ricardo Achcar. 

Pois bem, outro dia volto ao assunto, até para mostrar algumas categorias do Paulista que começam a mostrar resultados. Alguns posts aqui e no blog do Ferraz tratam deste mesmo  tema.


Rui Amaral Jr    


LINK

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Le Mans

 
 Ferrari 312 PB segunda colocada na edição de 1973 pilotada por Arturo Merzario e Carlos Pace

 Gulf Mirage GR8 Ford Cosworth vencedor de 1975 com Derek Bell e Jacky Ickx

1973,  Ligier JS2 Maserati , Jean-Pierre Paoli e Alain Courdec, quebrou.  

Taí Walter é isso mesmo! Abraços

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Fotos...



Essas duas fotos são de meus arquivos, eu mesmo as digitalizei, fácil? Então vamos lá quem, onde e quando? Quero saber os três carros!

Rui

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Pilotos Esquecidos

Zandvoort 1960 com a Lotus 18

ALAN STACEY, piloto britânico com passagem pelo Lotus Team no final dos anos cinquenta e sessenta, figura seguramente na lista daqueles que se não se deixam abater, que se rebelam, o que o torna um bom exemplo para ser falado nestes dias. Ele é o cara que com vontade, muda sua perspectiva e busca a mudança, um novo destino, seja ele qual for. Stacey nasceu em agosto de 1933. Aos dezessete anos, sofreu um acidente com sua  motocicleta que o deixou sem a parte inferior da perna direita. E então, o que fazer? Deixar-se sentar à beira do caminho e praguejar? Que nada. Ele viu aí uma bela chance para tentar a sorte com os carros e com um acelerador de motos adaptado à alavanca de velocidades (devido à prótese que passou a usar), envolveu-se com os automóveis a partir de 1955 e primeiramente com um Lotus MK VI, posteriormente com um Lotus Eleven, obteve resultados que chamaram a atenção de Colin Chapman. Na temporada de 1958, recebeu uma chance para pilotar o Lotus 16 no GP da Grã-Bretanha de F1, o qual abandonou na 20ª volta. Mas ganha nova oportunidade na temporada seguinte e corre em Aintree (Grã-Bretanha) e Sébring (USA). Foi melhor na prova “de casa”, terminando em oitavo e abandonando nos Estados Unidos. 

Colin, Innes, Jimmy e Alan
No box em Goodwood, 1959
 Zandvoort 1960, #4 Innes e 5 Alan

Em 1960, foi contratado para fazer toda a temporada, ao lado de pilotos como Innes Ireland e um estreante escocês chamado Jim Clark. No GP da Argentina, ainda está com o velho Lotus 16, mas recebe o modelo 18 em Montecarlo e com ele larga também no GP da Holanda. São corridas sem destaque, mas procura uma melhor sorte em Spa-Francorchamps e seu desafiador traçado de 14 quilômetros. O evento belga começou com mau presságio, especialmente para  a Equipe Lotus. Nos primeiros treinos, o experiente Stirling Moss perdeu uma roda(!!) em Burnenville, bateu e fraturou as pernas. Mike Taylor, outro que pilotava um Lotus 18 (no caso, de uma equipe particular), sofreu uma quebra da coluna de direção. Ele mais tarde processaria Chapman, responsabilizando-o por sua invalidez e ganharia a causa. Na corrida, o londrino Chris Bristow foi a primeira baixa. Ele vinha lutando duramente com seu Cooper T51 contra a Ferrari D246 do local Willy Mairesse, pela sexta posição. Na volta 19, quando passavam por Burnenville, onde Moss se acidentara, Chris perdeu o controle, bateu em um barranco e foi decapitado por uma cerca de arame farpado próxima. Cinco voltas depois, foi a vez de Stacey. Segundo testemunhas, ele teria sido atingido no rosto por um pássaro, em plena reta de Masta. A batida foi violenta e o carro incendiou-se e aquele jovem piloto de 26 anos morreu. Um final de semana para ser esquecido e que tocou fundo ao recém chegado Jim Clark. Vencedor em Spa-Francorchamps de 1962 a 1965, Jimmy sempre surpreendeu muita gente quando dizia que detestava o circuito belga.  

Curiosidade: Alan Stacey formava com seu mecânico Bill Bossom, uma parceria inusitada nas pistas. Bill não tinha um dos braços e fora o responsável pelo acelerador manual que possibilitava ao amigo competir.  

CARANGUEJO

Giovanni Salvati - A trágica corrida de Formula 2 no Tarumã - 1971


Em Setembro de 2010 escrevi sobre o trágico acidente de Giovanni, após Le Mans 2013 conversei com o Caranguejo sobre a morte de Allan Simonsen na 3ª volta da corrida francesa e do motociclista gaúcho Cristiano Ferreira na Moto GP 1.000. 
Hoje ao abrir as estatísticas do blog vejo muitas visitas ao post e resolvi postar novamente. 
Quarenta e dois anos se passaram do acidente de Salvati, o automobilismo mudou muito, assim com a segurança dos pilotos hoje algo inimaginável naquela época,  porém uma coisa é inegável nosso esporte é perigoso, muito mais violento do que podemos imaginar ao ver os carros nas pistas e este perigo é parte inerente do esporte, quem quer segurança absoluta deve procurar praticar ou assistir outro.
Cada morte nos abala, magoa, entristece, mas  seguimos adiante... 

Rui Amaral Jr     
             

Ronnie Peterson March 722.

Grahan Hill

 Ao final de 1971 parte da  elite do automobilismo mundial veio ao Brasil para o I Torneio Internacional de Formula 2, eu tinha começado a correr aquele ano e para mim andar pelos boxes em Interlagos e cruzar com aqueles pilotos que tanto admirava era algo indescritível.
Lembro perfeitamente de vir caminhando pelo Box e em minha direção vir Grahan Hill, sempre com um sorriso e aquelas pernas tortas do acidente em Jarama, fora outros nomes que sem a carreira do bicampeão do mundo vinham fazendo seus nomes na Formula Um e Dois. Já conhecia quase todos da Formula 3 onde muitos estavam a busca de um lugar no topo do automobilismo e  para temporada brasileira no final do ano vieram grandes nomes.
Alguns já na Formula Um como Ronnie Peterson, Carlos Reutman, Reine Wissel, Tin Schenken fora nossos ídolos Emerson, Pace, Luiz Pereira Bueno e Wilson.
Foi um espetáculo e tanto ver os Formula 2 virar em Interlagos em 2.43s a volta e não perdi um treino ou corrida, sempre chegava cedo e saia no finalzinho da tarde, quando os carros paravam de andar ficava em algum Box acompanhando o trabalho dos mecânicos, foi sem duvida inesquecível. 

Não fui a Tarumã e foi lá que no belo espetáculo aconteceu a tragédia com Giovanni Salvati. Na Europa ele foi campeão Italiano de Formula 3 e buscava seu lugar ao Sol depois de muitas dificuldades em seu difícil inicio de carreira, já que vinha de uma família humilde e para correr fez muitos sacrifícios. No Brasil tinha se apresentado muito bem no Torneio de Formula 3 e vinha andando muito bem na Formula 2, na primeira corrida do Torneio chegou em 5º na classificação final tendo sido 6º na primeira bateria e 5º na segunda. Na segunda corrida foi 13º na final tendo chegado em 11º na primeira bateria e 16º na segunda.

O Guard Rail colocado de forma errada, deixou com que o bico do carro entrasse por baixo...
e a lamina alta pegasse na cabeça de Giovanni.

Em Tarumã chegou na primeira bateria em 13º lugar e na segunda quando vinha brigando com Wilson Fittipaldi pelo 4º lugar e tentou uma ultrapassagem após a reta dos boxes na curva 1, lá a uns 200 km/h foi reto e a lamina do guard rail colocada de forma incorreta acabou com a carreira e a vida do promissor piloto Italiano.
Vivíamos o começo da cruzada de segurança nas pistas, a era pré pneus slick, era o começo das proteções que chamamos de guard rail e infelizmente em Tarumã eles estavam colocados do forma incorreta.
Foi certamente uma tragédia, lembro de ter ficado muito abalado, pois tinha estado com aqueles pilotos durante as corridas de São Paulo e agora aquele que tinha visto aqui na Formula 3 e 2 estava morto. 



terça-feira, 25 de junho de 2013

Caruaru

É triste e desalentador o atual momento por que passamos em nossa nação, desmandos mil, falcatruas oficializadas, mal gestão do bem publico e outras mutretas mais...
O futebol consome bilhões de reais, muitos bilhões, mal geridos e certamente direcionados para que alguns apaniguados encham seus bolsos!
Neste turbilhão de incensatez e descaso também caminha nosso automobilismo...
Hoje conversando com meu amigo Alysson Vilela pernambucano da cidade de Paulista vêm à tona o assunto da situação dos autódromos de Caruaru - Autódromo Ayrton Senna - e Curitiba.
Sobre Curitiba nada sei de concreto ainda, mas segundo me consta o autódromo de Caruaru está jogado às moscas, tendo como única atração a Formula Truck, que tem entre os pilotos da categoria o representante pernambucano Beto Monteiro, fora os Trackin Day modalidade que nada contribui para o automobilismo!
Sobre a situação atual do automobilismo pernambucano leia a excelente matéria do Nobres do Grid com o atual presidente da Federação Pernambucana de Automobilismo, Zeca Monteiro pai de Beto.
E assim caminha nosso automobilismo, o sistema federativo pouco contribui para alguma solução, dirigentes competentes e bem intencionados nada podem fazer, enquanto grande parte deles se interessam apenas pela arrecadação e venda de carteiras de pilotos das corridas regionais.
Alguns bons exemplos vem do Sul do país, como as corridas na terra de Santa Catarina. Nosso automobilismo não pode viver apenas destes exemplos, temos que voltar à organizá-lo, tentar trazer de volta o publico que tenho certeza gosta demais dos grandes pegas, ajudar nossas equipes, preparadores, pilotos e demais pessoas que fazem parte desse nosso mundo a ter motivo para continuar atuando nele...afinal temos “apenas” nove títulos mundiais, mais 5 ou 6 entre Indy e Cart, fora os das outras categorias como F3...


Rui Amaral Jr       


Toninho da Fonte, Joca Ferraz e Lulu Geladeira


No link o texto da matéria e na barra lateral do blog o link para página inicial do Nobres do Grid


Caranguejo...

Dos inúmeros e-mails trocados com o Caranguejo, e bota inúmeros nisto, muita conversa sobre tudo que diz respeito ao automobilismo, algumas vezes assuntos sérios, outras comentários certamente impublicáveis, mas sempre querendo mostrar à todos alguns belos momentos do esporte. Na sequencia algumas fotos de caronas na F.Um...

 GP da Bélgica 1961 Maurice "Le Petulet" Trintignant carrega Innes de Ireland 
 GP da França 1965, Clermont-Ferrand, Big John dá uma carona a Clark 
1964 Bélgica, Spa, Peter Arundell leva seu companheiro de equipe Jimmy Clark
 Graham Hil era posudo até quando tomava uma carona com Innes de Ireland
 A equipe Lotus em 1960, Colin, Innes de Ireland, Clark e Alan Stacey em Mosport 

    

segunda-feira, 24 de junho de 2013

24 Horas de Le Mans 2013



Ótimo terceiro lugar para Lucas Di Grassi/Marc Gene/Olivier Jarvis

Disputada até o final, assim foi a edição de 2013, Audi ou Toyota LM 1, Morgan ou Oreca na LM2, Porsche, Ferrari ou Aston Martin na GT Pró ou GT AM, todos queriam vencer na geral ou em sua categoria.
Antes da terceira volta ser completada o acidente com o Aston Martin de Allan Simonsen, a morte do piloto seria anunciada algum tempo depois, porém a Aston não retirou seus carros da competição.  




 A tocada de Buemi à noite me impressionou!
O que mais me impressionou foi a grande tocada de Sebastien Buemi que acompanhei a certa hora da noite, ele vinha em ritmo de classificação, andando no limite. A ultrapassagem pelos carros das categorias menores era feita de forma a não perder uma freada, uma saída de curva...todo lugar era lugar,  até pela direita em Mulsane. 
Vejam a melhor volta da categoria LM 1 foi 3,22.746s do Audi #1, enquanto o Toyota de Buemi a fez em 3.25.151s  enquanto isso a melhor volta da LM 2 foi do Morgan-Nissan #24 com 3.38.059s “apenas” 16 segundos mais lenta, enquanto os carros da GT Pró e Am giravam na faixa de 3.55 e 3.59 respectivamente.
A diferença é muita, aliás como sempre foi em Le Mans, significa que a cada oito ou nove voltas os carros da LM1 se encontravam com os da GT.
















Bruno Senna/Rob Bell/Fred Makowiecki












 Faltando uma hora para o termino uma bandeira amarela para reparo 


Allan Simonsen

O acidente

Enfim uma grande vitória para Audi, Morgan-Nissan e Porsche que venceu na Pró e AM.



Rui Amaral Jr

Algumas das belas fotos do post, são de meu amigo Charger Le Mans no Facebook outras dos sites oficiais das 24 H, Audi, Porsche, Toyota.