A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Niki

 Kyalami 1972, Graham Hill, Brabham BT33, Lauda, March 721 
Com Pescarollo, Willians (March) 721.

Começou sua carreira na Formula Vê e depois nos carros esporte, em 1971 estreou na Formula Um em Zeltweg, pilotando um March 711 da equipe oficial STP March Racing Tean, obviamente comprando seu lugar. Largou em 21º lugar e quebrou na vigésima volta das 52 da corrida.
Em 1972 continuou na equipe, comprando seu lugar por US$52.200, correndo com o March 721, depois 721X e 721G e das treze corridas da temporada seu melhor resultado foi o sétimo lugar em Kyalami, uma volta atrás do vencedor Denny Hulme de McLaren M19A. Apesar de não marcar nenhum ponto na temporada foi constante, numa equipe que tinha o super bota Ronnie Peterson, primeiro piloto que conseguiu com o pouco competitivo 721 em suas três versões 12 pontos.


1973 Watkins Glen, Merzario com a Ferrari 312 B3 na frente do pelotão, Lauda na BRM P160E é o quinto.

Chega 1973 e aparece uma vaga, à ser comprada, na BRM, Niki consegue um empréstimo bancário, alguns dizem que às custas da fortuna da família, outros que sobre um grande seguro de vida, paga por ele US250 mil (sem absoluta certeza aqui puxo ela memória!). Com a BRM P160 marca seus dois primeiros pontos no Mundial de Formula Um, foi em Zolder na Bélgica.   
Ao final de 1973 a Ferrari dispensa seus dois pilotos, Jackie Ickx, algumas corridas antes do final e o combativo Arturo Merzario.Lembro bem de um texto de Jacky Ickx para a revista Autosprint quando ele saiu da Ferrari, escreveu que foi um dos grandes vencedores da equipe, mostrava as vitórias, as voltas na liderança e muitas outras peculiaridades de sua passagem na equipe, só que titulo não conseguiu nenhum.


 1974, Brands Hatch, a Corrida dos Campeões não era valida para o Mundial de F Um, Lauda x Ickx com a Lotus 72E.

Uma nova crise se abatia sobre a equipe, e para 1974 convida Clay Regazzoni para ser seu primeiro piloto, que perguntado por Don Enzo se tinha alguma preferência para o lugar de segundo piloto, indica Niki.
Pilotando a Ferrari 312B3 na nova versão de 1974, Niki começa melhor do que Clay, estréia com um 2º lugar na Argentina e vence na Espanha, em Montjuich, com Clay em 2º, vence novamente na Holanda, mas são oito suas quebras no campeonato. Clay mais experiente, e apesar de uma vitória apenas, luta pelo titulo com Emerson até a última corrida, quando em Watkins Glen o brasileiro vence seu segundo titulo.


Monttjuich 1975






Nurburgring 1976, Carlos Pace, Brabham BT45 Alfa Romeo, lidera Lauda pouco antes do acidente.

1975, após as três primeiras corridas, Buenos Aires, Interlagos e Kyalami, quando a Ferrari correu com o modelo 312B3, pouco competitivo frente aos adversários, chega a fase européia e a estréia do modelo 312T. Na estréia em Montjuich Lauda faz a pole com Clay ao seu lado, mas numa largada tumultuada, como seria a corrida, os dois batem e abandonam. A seguir Lauda vence três corridas seguidas, Mônaco, Zolder e Anderstop, com pole nas duas primeiras, e depois de vencer em Le Castellet segue firme para seu primeiro titulo mundial, vencido em Monza quando chegou em 2º na vitória de seu companheiro Clay Regazzoni. Vence ainda em Watkins Glen e abre 19 ½ pontos sobre Emerson, o ½ ponto da 6ª colocação em Zeltweg, na tumultuada vitória de Vittorio Brambilla.   


 Japão 1976


Depois é história, a atitude corajosa de abandonar no Japão, a saída da Ferrari, depois do segundo titulo em 1977, quando disse que não via mais motivação para ficar andando em voltas para não chegar a lugar nenhum, a volta pela McLaren e mais um titulo...




Rui Amaral Jr





10 comentários:

  1. Belo 'post'.
    Lauda é para mim um exemplo de vida. Veio do nada, mostrou seu valor.
    Bateu, "morreu", recebeu a extrema unção.
    Perdeu o campeonato, porque teve medo de andar na chuva.
    Confessou seu medo.
    E foi campeão no ano seguinte.
    É uma volta por cima exemplar. É a expressão austríaca daquele samba: 'desesperar, jamais!'.

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  2. Cabra bao pa' dana',mas quando abre a boca e' meio que um Pele',ne'..?

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  3. É Belair, até eu se não me contenho escrevo/falo muita bobagem, mas o cara era um bota!rsrrs
    Walter, estou querendo escrever sobre medo nas pistas, coisa muito comum.Outro dia falando sobre um famoso alicatão disse que nunca tivera!Ora, andando 10/15s mais lento ninguém tem, mas no limite?


    Abraços

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  4. Fabiani C Gargioni #276 de janeiro de 2013 às 10:09

    Grande Rui, gostei do teu comentário, e sempre achei o Niki um baita piloto, ficou na história tbém!!!

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  5. Rui,

    Lauda foi um dos grandes...

    e você ilustrou magistralmente o post com linda imagens da carreira do austríaco...

    parabéns...

    abs...

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  6. Hermosa foto en Montecarlo 1975, con el Shadow DN5 de Jarier detrás de Lauda, justo luego de pegarle con el neumático al guardarrail y estropear su carrera.
    Abrazos!

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  7. É isso aí Rui. Bela abordagem. Coragem e cabeça fria. É a lição de vida que tiro de Lauda. Muitos confundem o seu abandono no Japão 76 achando que foi medo. Quem conhece a história e a figura viu ali mais uma demonstração de coragem. "Título p... nenhuma, que se matem os fracos, vou ficar vivo!" Foi corajoso em Monza 76, ali, e foi de novo em 1977 com título, foi também no abandono em 1979 e, golpe de mestre, no retorno em 1983, coroando belíssima carreira com mais um título. Um dos meus favoritos com certeza. Mestre e tutor de outro dos meus favoritos, o Nelson.

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Rui Amaral Jr