A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

JOSÉ FROILAN GONZALEZ - por Caranguejo


 



JOSÉ FROILAN GONZALEZ, nasceu em Arrecifes em 5 de outubro de 1922 e portanto, completará noventa anos dentro de alguns dias. Parece oportuno então, que lembremos um pouco da trajetória desse piloto, o mais antigo vencedor de Grandes Prêmios, ainda vivo e o primeiro a vencer na Fórmula 1 com uma Ferrari. A carreira de Pepe Gonzalez começou nos anos quarenta quando ele passou a aventurar-se em provas disputadas em seu país ou pela América do Sul. Já nessa época, seu grande rival era um balcaceriano de pernas tortas chamado Juan Manuel Fangio. A trajetória de Pepe e de Fangio sempre foi paralela e eles rumaram praticamente juntos para tentarem a sorte na Europa. Piloto de uma época em que era necessário dominar o carro como um cavalo chucro, Gonzalez chamou a atenção pelo vigor físico e imediatamente ganhou um novo apelido: o Touro dos Pampas (The Pampas Bull). Em virtude de sua compleição, seus compatriotas também o chamavam El Cabezon. 

Consolado por Fangio em Nurburgring

Silverstone 1951
Largada
Passando Fangio


A vitória
O beijo

Reins 1953 com a Maserati A6GCM, 3º lugar
Silverstone 1954 a segunda vitória
Le Mans 1954, a vitória com a Ferrari 375 Plus em parceria com Maurice Trintgnant
Maurice e Froilan
Ouvindo atento, atrás Fangio, a seu lado Maglioli e Ill Dottore
Reins, pilotos mexiam nos carros
 Nas três fotos com a BRM H16 
 Silverstone
Reims



Em 1950, Gonzalez perde por pouco a chance de participar do histórico GP de Silverstone, quando nasceu a F1, mas estava lá na segunda prova, em Mônaco, com seu Maserati 4CLT. Froilan era um dos mais jovens do grid, contando 27 primaveras enquanto o rival e mentor Fangio, somava 39 anos. A estréia não foi das mais auspiciosas: depois de fazer o terceiro melhor tempo, acabou sendo colhido pela famosa onda que invadiu a pista na Curva da Tabacaria e prejudicou a corrida da maioria. O Maserati pegou fogo e Gonzalez queimou-se com alguma seriedade. Com uma curta aparição no GP da França, pode-se dizer que a participação do Cabezon no primeiro Mundial terminou por aí. Mas o ano seguinte começaria bem melhor. Em duas provas no Circuito Costanera Norte em Buenos Aires, Gonzalez consegue vencer, superando pilotos como Hermann Lang e Karl Kling além do próprio Chueco, que estavam com as poderosas Mercedes-Benz W154. Com sua Ferrari 166, Pepe vence a Copa Peron e claro, chama a atenção de Maranello recebendo uma chance na Equipe Ferrari, substituindo Piero Taruffi no GP de Reims. E Pepe não desapontou. No GP francês estava em segundo lugar quando recebeu ordens da equipe para ceder seu carro a Alberto Ascari. Ciccio fez sua parte e eles chegaram logo depois da dupla Fangio/Fagioli, os vencedores. A prova seguinte, em Silverstone, Gonzalez derrotou todos os favoritos e deu a Ferrari 375 a glória de vencer as imbatíveis Alfettas. Humilde, quando parou para reabastecer, perguntou a Ascari, que já havia abandonado com problemas se não queria seu carro. Ciccio, colocou a mão em seu ombro e lhe disse para retornar. Até o final da temporada, faz mais três pódios e completa o ano na terceira posição no campeonato.
Entre 1952-53, volta à Maserati, agora com o modelo A6GCM, mas só tornará a vencer ao retornar à Ferrari em 1954, fazendo sua melhor participação, pois na F1 é vice-campeão, ganhando novamente em Silverstone e vencendo as 24 Horas de Le Mans em parceria com Maurice Trintignant e a Ferrari 375 Plus. Mas também colhe uma grande tristeza: a morte de seu amigo Onofre Marimon em Nurburgring. Daí para a frente suas participações irão se restringir ao GP da Argentina, fazendo uma rara aparição no GP da Grã-Bretanha de 1956 pilotando um Vanwall. Em 1960 participa de seu último GP portenho, com uma Ferrari D246. Desde então, envolveu-se com a preparação de carros de competição e com o fato de ser uma celebridade da Ferrari, como seu primeiro vencedor. Vive na  Argentina, onde é tão celebrado e respeitado quando o Chueco.

Caranguejo

Vida longa Campeão!

Silvestone 1951


4 comentários:

  1. Excelente homenaje a Froilán, como siempre con grandes fotos ilustrando la nota. Aun sigue con atención por televisión todos los GP de F1.
    Gracias Caranguejo.
    Abrazos!

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  2. A primeira foto chega a provocar risos.A vestimenta e' hilaria,principalmente pelas "sapatilhas".
    Passado o gracejo,outro sentimento se apossa da gente: RESPEITO.
    Os caras eram realmente herois...

    Maserati sempre linda.
    E bonito tambem esse H16.

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  3. Para mim, é gratificante que o Juanh, um grande aficionado argentino do automobilismo, acompanhe as nossas mal traçadas linhas.
    Significa que não erramos tanto.
    Obrigado.
    Caranguejo

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  4. Caranguejo, es un gusto poder leer las excelentes entradas que se muestran en este blog.
    Gracias por compartirlas.
    Abrazos amigos!

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Rui Amaral Jr