A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 4 de agosto de 2012

Buenos Aires 16 de Janeiro de 1955


Sexta Feira o André mostra a foto de Fangio autografada e pergunta se alguém sabe alguma coisa dela. Logo em seguida o Caranguejo se manifesta contando que é o GP da Argentina de 1955. Eu lembro da foto que digitalizei e já mostrei aqui e de um texto, em um livro, do jornalista Mark Hughes.
Deu um trabalhão para copiar, escrevo com dois dedos e olhando o teclado, mas valeu à pena.
À todos aqueles que levaram a arte de pilotar ao seu limite máximo e a você Fangio, onde estiver, sempre em nossas lembranças. 
http://pordentrodosboxes.blogspot.com.br/2012/08/autografo.html

Rui

Fangio em Buenos Aires 1955



Em meados de Janeiro de 1955, a Argentina estava assolada por uma sufocante onda de calor de verão. Apesar da temperatura de 50º na pista, a multidão compareceu em massa para reverenciar seu herói, Juan Manuel Fangio. Ninguém ficou desapontado com o que assistiu. 
A Mercedes de Fangio liderava a prova mas, ciente que não deveria empenhar demais seus recursos nas 96 voltas sob intenso calor, ele passou a poupar energias e logo foi ultrapassado pela Ferrari de Froilan Gonzalez e pela Lancia D50 Alberto “Ciccio” Ascari. Ascari, na realidade, foi o primeiro a sofrer a exaustão por causa do calor, rodando na volta nº 20, quase inconsciente. Gonzalez também não suportou e logo em seguida entrou nos boxes, entregando o carro para um piloto substituto, com Fangio assumindo a liderança.
Os pilotos iam abandonando como moscas em redor dele e uma desnorteante dança de cadeiras quando alguns carros chegaram a usar até três pilotos a fim de poupá-los nestas condições adversas. No entanto Fangio se mantinha firme o tempo todo. 
“Comecei a imaginar que eu era um homem perdido na neve” declarou Fangio,“e que teria que seguir em frente senão morreria de frio. Houve um momento que achei que não conseguiria, porem quando um  certo momento critico era superado, meu animo se restabelecia e a vontade de vencer retornava”
Embora perdesse a liderança quando foi forçado a fazer uma parada antecipada para reabastecimento por causa de um erro da equipe, ele alcançou e passou à frente de todos os outros com a consistência de um metrônomo. O chefe da equipe Alfred Neubauer, sinalizou para que ele entregasse o carro ao colega de equipe Moss que, depois de abandonar seu próprio carro, havia tomado um banho de chuveiro e agora estava recuperado. Fangio no entanto, fingiu não entender e continuou pilotando até uma assombrosa vitória obtida pela sua determinação férrea. Ele teve que ser retirado do carro para receber atendimento medico imediato, mas havia realizado o impossível.


Texto:Mark Hughes      


3 comentários:

  1. Rui,

    valeu a pena mesmo seu esforço...

    essa história é sensacional...

    um grande resgate para nós...

    abs...

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  2. Incrível história.....não sei se você conheçe o site www.jmfangio.org.....um fantástico tributo a um dos maiores pilotos de todos os tempos. Um trabalho realizado por Gerardo Sabaris e Vicente J.Silliti. Nesse site você encontra a história de todas as corridas, maquinas, equipes é um "site" fantástico que costuma visitar sempre. Um grande abraço

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  3. Obrigado Chaves, já conhecia, mas há muito não visitava.
    Vou lá buscar mais histórias do Grande Fangio.
    Seus blogs estão desativados.

    Um abração Chaves e André.

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Rui Amaral Jr