A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 30 de março de 2012

Mario x Collin

GP Brasil 1976 Interlagos- Mario e Ronnie na entrada do S.
Com a Parnelli VPJ4B em Long Beach.

1976, Mario Andretti e Colin Chapman conversam no hotel,na segunda-feira após o GP de Long Beach. Chapman não vive uma boa fase com o Lotus 77 e Mario está desempregado, pois Parnelli Jones decidiu encerrar sua aventura na F1. O projetista tenta convencer Andretti a retornar para a Lotus, com a qual ele participou do GP do Brasil, no início da temporada.


Mario e a Lotus 77  - GP da Suécia, Anderstorp.

"Mas você tem um carro que só consegue ser mais rápido que um ônibus de dois andares", retrucava o piloto, que conhecia o modelo 77.
Acabaram se acertando, Mário retornou e em 1978 venceu o mundial pela Lotus.
Mas sempre teve muito cuidado com a fama de Colin, como projetista de carros velozes e inseguros.
Uma vez conversavam a respeito:
"Mario, pretendo fazer carros os mais leve que puder", dizia Chapman.
"E eu Colin, pretendo viver o máximo de tempo que puder", alegava o piloto.

Com a Lotus 78 no GP da Africa do Sul em Kyalami 1978.
Seguem Jody, Hunt, Lauda, Reutemann e Patrese. 

Andretti tinha dentro da Lotus, "espiões" para alertá-lo caso Chapman teimasse em retomar seu antigo projeto de fabricar componentes feitos de titânio (mais leve porém menos resistente, Colin queria usá-lo em suspensões e pedais). O chefe dos mecânicos Bob Dance era um dos informantes.
Mario também não gostava da interferência de Chapman em seu trabalho, por exemplo, determinando a quantidade de combustível para a corrida. Assim, sem que Colin soubesse, ele sempre colocava alguns litros a mais no tanque antes da prova. Um dia Chapman descobriu e mandou retirar o excedente. Andretti protestou: "Se eu ficar sem gasolina, vou persegui-lo pelo resto de sua vida!" E foi o que acabou acontecendo naquele GP da África do Sul de 1978, quando depois de liderar por algum tempo, Mario ficou sem combustível faltando três voltas.
Haja perseguição.

Caranguejo


quinta-feira, 29 de março de 2012

Moco na Temporada 1972

Moco e Big John

Desde que comecei a escrever este blog, tenho a sorte de contar com a participação de muitos amigos. Pilotos, preparadores, mecânicos e muito mais. Três deles nunca pilotaram, mas tem um grande conhecimento sobre o esporte, a Graziela, que com a ajuda de seu pai Nelson Rocha e do Ari Moro, escreve mais sobre carreteras, o Caranguejo um enciclopédico e o Carlos, um historiador. Aliás foi o Carlos quem me incentivou a começar o blog, numa época que eu sequer sabia teclar.
Aos três e a todos um forte abraço, aqui vai um texto do Carlos sobre a temporada 1972 de Carlos Pace, ou Moco.

Rui Amaral Jr

A TEMPORADA DE 1972 DE JOSE CARLOS PACE: MUITA LUTA E DIVERSIDADE

Não precisa ser muito conhecedor do automobilismo para saber que 1972 foi o ano daconsagração de Emerson Fittipaldi, quando ganhou cinco grande prêmios, outras quatro corridas de Fórmula 1 e o título mundial, o primeiro dos oito ganhos por brasileiros. No mesmo ano, um outro brasileiro que muitos consideram tão talentoso do que Emerson, lutava para se firmar na Europa: era José Carlos “Moco” Pace. O sucesso de Emerson Fittipaldi dependeu do seu talento, mas também de uma boa dose de “estar no lugar certo, na hora certa”. Pace, por outro lado, fez diversas escolhas na sua carreira internacional, que não foram das melhores, daí a grande diferença entre os currículos internacionais dos dois pilotos. Pace e Fittipaldi faziam parte da mesma geração de pilotos que apareceu em São Paulo no início da década de 60, iniciando carreiras com humildes DKWs e Renaults, logo passando para a poderosa equipe Willys, com passagens na Dacon, Fórmula Vê, etc., até chegar na Europa. Emerson seguiu primeiro, em 1969, enquanto Pace ganhava tudo no Brasil, na Alfa P-33 da Jolly. Moco foi no ano seguinte, obtendo bastante sucesso na F-3. Em 1972, Pace ainda procurava se firmar no automobilismo internacional. Emerson já estava com o passaporte carimbado: piloto da Lotus pelo terceiro ano, desde o início da temporada demonstrou muita velocidade, que resultou no seu primeiro título mundial. Pace, por outro lado, teve uma temporada de muita luta e incrível diversidade.

KG-Porsche da equipe Dacon- Foto de meu amigo Fernando Fagundes
1968 - 2º lugar nas 12 Horas de Porto Alegre, com Bird Clemente. 
Para aqueles que não conhecem muito a história do automobilismo, cabe um parenteses. Na década de 70, os pilotos de Fórmula 1 tinham carreiras bem diferentes dos pilotos da atualidade. Hoje, pilotos de Fórmula 1 só correm na categoria maior: têm exclusividade com suas equipes, e no máximo, participam de corridas de kart beneficentes, fora da temporada. Nos anos 70, os pilotos profissionais ganhavam dinheiro correndo em diversas categorias, o vulgo “starting money”. Muitas vezes nem ganhavam tanto dinheiro assim; mas precisavam correr em diversas categorias para se manter em evidência com o público e os team managers, demonstrando que tinham capacidade de mudar para melhores equipes. Era a fase pré-televisão, lembrem-se. E outra coisa: o sistema era mais impiedoso com as “promessas”. Geralmente um piloto tinha que realmente mostrar serviço nas primeiras duas ou três temporadas, se não era sumariamente excluído da categoria. Carreiras como as de Jarno Trulli e até mesmo de Rubens Barrichelo nunca teriam prosperado nos anos 70. Assim que a temporada de Pace, em 1972, foi o direto oposto da temporada de Emerson. Este correu exclusivamente com carros de uma empresa, a Lotus, na Fórmula 1 e Fórmula 2, e obteve treze vitórias no ano. Pace literalmente ralou, com o saldo de uma única vitória no ano, na penúltima corrida. Mas fez boa impressão na crítica, managers e nos fãs.
1970 F3 - No circuito  inglês de Snertetton de  Lotus 59 Ford/Holbay
 O trabalhoso ano de Pace se iniciou nos 1000 km de Buenos Aires, quando foi contratado para correr com um protótipo AMS. O carro tinha o menor motor entre os carros inscritos, e infelizmente não passou das primeiras voltas. Pace e seu companheiro, o argentino Angel Monguzzi, foram os primeiros a abandonar a corrida. Com o mesmo carro, foi segundo numa prova secundaria em Balcarce.
Em Balacarce, Argentina, com o AMS.
F I, na Willians com o March


Apesar do insucesso inicial, Pace tinha razões para celebrar: pelo menos estaria na Fórmula 1, pois fora contratado como segundo piloto da equipe Williams. Antes de ficar abismado com o feito, notem que a equipe Williams de 1972 estava longe de ser o portento da atualidade. De fato, era uma das três piores equipes da época, às vezes a pior, correndo com carros March. O carro de Pace não seria nem daquele ano: correria com um March 711, modelo que fizera boa temporada em 1971. 
A estréia de Pace se deu no GP da África do Sul em 4 de março. De cara ficou óbvio que as coisas não seriam fáceis: Pace só conseguira ser mais rápido do que Rolf Stommelen, com o péssimo Eifelland-March, e do rodesiano John Love, que quase ganhara o GP da África do Sul de 1967, mas que faria a sua última aparição na prova africana. Na corrida Pace procurou não se exaltar, aprender mais sobre o carro e chegou em 17°, e último, lugar. Não foi um início muito auspicioso, mas cabe lembrar que na sua estréia na F-1, Emerson largara na última fila, com a Lotus de fábrica e ao lado de Graham Hill!

Largada do  GP do Brasil em Interlagos, Moco na segunda fila.

26 dias depois, um sonho se realizava para os brasileiros: a primeira corrida de Fórmula 1 no país, prova na qual os organizadores brasileiros pretendiam demonstrar estar preparados para inclusão no calendário oficial de 1973. Só doze carros vieram, com 4 BRM e 4 brasileiros na pista. Além de Emerson e Pace, Luis Pereira Bueno e Wilson Fittipaldi Júnior também participaram. Apesar de ter largado na frente do seu companheiro Pescarolo, com carro mais novo, Pace não teve uma grande performance: largou em 7° e abandonou na segunda volta.
Moco no Pigmée F2
Além de correr na F-1 com a Williams, Pace fechara negócio para correr na F-2 na equipe francesa Pygmée. Com patrocínio do Banco Português do Brasil (que também o patrocinava na F-1) Pace faria parte de uma equipe que incluía o filho do dono, Patrick dal Bo, e o também brasileiro Lian Duarte. Infelizmente, a aventura Pygmée foi mal sucedida. Já há alguns anos tentando obter sucesso nas Fórmulas 3 e 2, a bem intencionada Pygmée só conseguiu colocações intermediárias na sua história. Embora inscrita, a equipe já começou faltando à primeira prova do ano, que não era válida para o Campeonato Europeu, mas sim para o John Player (Campeonato Inglês). Entretanto, a écurie compareceu à primeira etapa do Europeu, em Thruxton, e pode até ser que Pace e Lian tenham achado que fizeram excelente negócio: Dal Bo chegou em 4°, e visto que havia dois pilotos graduados na sua frente, levou os pontos do 2° lugar: de longe a melhor performance da história da Pygmée na F-2! Entretanto, ambos os brasileiros se envolveram em acidentes antes de completar a primeira volta na final na pista inglesa, embora Pace tenha liderado na sua bateria, um feito de grande magnitude, considerando o fabricante do bólido.
A próxima etapa do Europeu foi em Hockenheim, Alemanha, e a sorte de Pace não mudou: outro abandono, embora tenha conseguido completar 12 voltas desta feita. 
Em Jarama no GP da Europa

A próxima corrida de Pace foi o seu primeiro GP europeu, na Espanha, e aqui começou a mostrar que tinha futuro. Apesar do carro velho e fraca equipe, Pace largou em 16° lugar e chegou em 6°, obtendo o seu primeiro ponto na categoria maior do automobilismo. A corrida também marcou a primeira vitória de Emerson em 1972.
Em Pau, outra decepção com o Pygmée. Embora tivesse se classificado para a corrida, não largou. Curiosamente, Pace conseguira marcar pontos na F-1 antes de marcar na F-2, pois mesmo no ano anterior também não conseguira marcar pontos no Campeonato Europeu!
No dia 14 de maio, Pace participou do seu primeiro GP de Monaco. Essa corrida ficou conhecida pelo imenso temporal que se debateu sobre o principado, pela única vitória de Jean Pierre Beltoise e última vitória oficial da BRM na F-1. A corrida também foi transmitida pela Rede Globo, que já começava a se animar com a F-1. Para Pace as coisas não foram bem. Largou em penúltimo, só na frente de Stommelem, e chegou em 17°, a 8 voltas de distância de Beltoise.
A Pygmée fez forfait novamente na próxima corrida da F-2: nenhum Pygmée MDB17 foi para a última corrida a ser realizada no circuito londrino de Crystal Palace. Fecha-se um cicuito, abre-se outro. Assim, o próximo GP se realizou no novo circuito belga de Nivelles, em 4 de junho de 1972, e de novo a estrela de Pace brilhou. Nos treinos, marcou o 11° lugar, ficando na frente de 3 BRM, dos dois March de fábrica (Peterson e Lauda) e de Chris Amon, com a Matra, além de outros carros. Na corrida Moco manteve-se sempre entre os primeiros colocados, e na prova chegou em 5° lugar, ganhando mais dois pontos, e tornando-se piloto graduado após 4 corridas. (Naquela época, os pilotos que obtivessem dois resultados entre os seis primeiros em duas corridas de F-1 no mesmo ano, se tornavam “graduados”). Apesar do sucesso na F-1, na F-2 ficava óbvio que a escolha de equipe fora errada. Em uma segunda etapa realizada em Hockeinheim, a Pygmée de novo não levou carro para Pace (mas Dal Bo lá estava) e a paciência dos brasileiros começava a se esgotar.
Pace na Ferrari 312P - Foto de meu amigo Joel, de 1973 em Nurburgring.
No dia 25 haveria outra prova de F2, em Rouen, mas Pace tinha coisas melhores para fazer: fora contratado pela Ferrari para correr nos 1000 km de Oesterreichring, na Áustria. Nessa corrida, a Ferrari que já ganhara todas as corridas das quais participara, inscreveu 4 carros. Pace foi escalado para correr com o austríaco Helmut Marko. A dupla marcou o 5° tempo nos treinos, e fez excelente corrida, chegando em 2° lugar, só atrás de Ickx/Redman, e na frente de dois outros carros da Scuderia. O Porsche 908/2 da equipe Hollywood também disputou esta corrida.
De volta na F-1, no GP da França, Pace teve boa performance nos treinos em Clermont-Ferrand, longo circuito montanhoso que seria usado pela última vez na F-1: marcara o 11° lugar. Na corrida o motor falhou, e Pace abandonou. Esta corrida foi curiosa por duas razões: o azarado Chris Amon, com a Matra, marcou o melhor tempo nos treinos, e estava milhas na frente do segundo colocado quando uma pedra furou um dos seus pneus. Trocou o pneu e voltou com tudo, marcando a volta mais rápida e chegando em terceiro. Seria a última grande oportunidade de Amon ganhar um GP. As mesmas pedras que acabaram com a corrida de Chrissy, cegaram Helmut Marko, austríaco que estava crescendo bastante no automobilismo. Além de ter ganho Le Mans em 1971, Marko tivera excelente desempenho na Targa Florio de 72, além do segundo lugar na Áustria com Pace. Nesse GP, largou na sua melhor posição, 5°. Foi o fim da sua carreira como piloto, mas continuou no esporte como dono de equipe e empresário de pilotos.
A próxima etapa do Europeu de F-2 foi na mesma pista de Osterreichring onde Pace teve excelente desempenho no Mundial de Marcas. Infelizmente, o fraco Pygmee não lhe possibilitou classificar-se para a largada e assim terminou a associação de Pace com a fraca equipe gálica. Em contrapartida, Emerson largou na pole, fez a melhor volta e ganhou a corrida em grande estilo.
O próximo GP foi o da Inglaterra, e Pace de novo teve boa posição na largada, 13°. Na corrida chegou a estar em 9° lugar, mas a transmissão falhou, e Pace abandonou.
Pace no Gulf Mirage
Pace foi convidado pela equipe Mirage para fazer dupla com Derek Bell na última corrida do Mundial de Marcas daquele ano, em Watkins Glen, estado de Nova York. Pace mostrou adaptar-se rapidamente a bons carros, e nos treinos e na corrida a dupla obteve um excelente 3° lugar. Isso foi suficiente para que a Ferrari o contratasse para a sua equipe de protótipos do ano seguinte. Bell viria a ser um dos principais pilotos de carros esporte da história.
A próxima etapa da F-1 seria no difícil circuito de Nurburgring. Apesar de nunca ter corrido no dificílimo autódromo, Pace não fez feio nos treinos: 11° lugar. Na corrida, as coisas foram diferentes. Com problemas, o velho March fez 3 voltas a menos do que o vencedor Ickx, e Pace não obteve classificação, apesar de estar na pista no final da prova.
Após diversas semanas correndo direto, Pace teve algumas semanas de descanso, só voltando a correr no GP da Áustria, sua terceira prova em Osterreichring no mesmo ano. Dessa feita largou em 18° e de novo terminou com voltas insuficientes para se classificar: 8 voltas atrás. Entre outros problemas, Frank Williams teve em Henri Pescarolo um desastrado piloto n° 1. Pescarolo destruiu diversos chassis no curso do ano, em inúmeros acidentes, algo terrível para uma equipe sem recursos como a Williams. Isso sem dúvida fez com que o próprio desempenho de Pace piorasse com o passar do ano, pois a equipe tinha de concentrar em consertar os carros de Pesca.
Pace na Surtees TS14, atrás François Cevert de Tyrrel
Em Enna, Pace já estava de equipe nova na F-2: a Surtees. Sem dúvida, 1972 foi o melhor ano da Surtees. Além de ser campeã na F-2, foi nesse ano que a equipe obteria sua melhor colocação em uma prova oficial de F-1 (2° no GP da Itália, com Hailwood), além de ganhar também o Campeonato Europeu de Fórmula 5000 com o holandês Gijs Van Lennep. A escolha de Pace foi boa, exceto que 1972 foi o absoluto auge da Surtees, que daí por diante só viria piorar, em todas as categorias. Sua estréia na equipe na F-2 resultou em outro abandono, por problemas de motor.


Com o Shadow

Logo após Enna, Pace embarcava em uma nova aventura, exclusiva entre os brasileiros: participação na série Can Am nos Estados Unidos. A Can Am rivalizou em prestígio e performance até mesmo com a F-1. Tratava-se de uma série de carros esportes com regulamento liberal, que resultava, entre outras coisas, em motores de mais de 8 litros, introdução dos aerofólios, aspiradores com efeito aerodinâmico, turbo compressores etc etc. Em 1972 a milionária série já não gozava de tanto prestígio como nos anos 60, mas ainda tinha certa repercussão no automobilismo mundial, principalmente com a chegada das poderosas Porsche 917 Turbo. Pace foi contratado para fazer algumas corridas pela Shadow, equipe que no ano seguinte entraria na F-1. A primeira corrida, em Road America, resultou em abandono.
 Com o Surtees TS Cosworth/Hart da F2

Mas sua segunda prova na Surtees, em Salzburgring, teve um belo resultado: 2°, após marcar a pole position. Em 1° na corrida ficou Hailwood, que assim se aproximava do título. Essa foi a última prova de Pace no Europeu de F-2 daquele ano, portanto, um final feliz de um ano que parecia destinado a atropelos
As performances de Pace nos treinos já não estavam grandes coisas na F-1: largou em 18° em Monza, mas por incrível que pareça foi o March melhor colocado na largada; largou inclusive na frente do vice-campeão Peterson e do futuro campeão Lauda. Na corrida teve acidente na 17a. volta, assim abandonando. Foi nessa corrida que Emerson Fittipaldi se sagrou campeão mundial.
Após a Itália, Pace voltou para as Américas, para outra prova de Can Am, desta feita em Donnybroke, Minnesota. Outra vez seu Shadow Chevrolet abandonou nas primeiras voltas da corrida ganha por outro piloto de Fórmula 1, François Cevert.
As duas últimas provas de F-1 se realizavam na América do Norte: Canadá e depois Estados Unidos. No Canadá, Pace largou em 18° novamente, mas conseguiu se classificar em 9° lugar, apesar de não estar correndo no final da prova.
Entre o GP canadense e americano, ocorreu a prova da Can Am em Edmonton, Canadá. Ali Pace teve um melhor desempenho, chegando em ótimo quarto lugar após os três principais protagonistas do campeonato, Mark Donohue, Denis Hulme e George Follmer. Esta foi a última corrida de Pace na Shadow, que terminou o campeonato com um único carro para Jackie Oliver. Este haveria de ganhar o título em 1974, com a série já em franca decadência.
31 carros foram inscritos no GP dos Estados Unidos. Devido aos altos prêmios pagos na corrida, diversas equipes de ponta inscreviam 3 carros. Além disso estava presente a mal sucedida armada da BRM com 4 carros, e alguns pilotos americanos, com Sam Posey e Skip Barber. Pace conseguiu largar em 15°, de novo o March mais rápido (apesar de ser o mais antigo). Na corrida teve falha do injetor, ocasionando outro abandono.
Ainda se realizou uma outra prova de F-1 no ano, em 22 de outubro, o John Player Trophy em Brands Hatch. Deveria ser uma festa para Emerson, mas terminou mal para ele. Apesar da fácil pole, Emerson acabou abandonando. Mas a prova seria a estréia de Pace na Surtees, sua nova equipe na F-1. Frank Williams queria ficar com Pace, mas obviamente tinha pouco a oferecer. Certamente a escolha de Pace fora acertada, pois os Iso-Marlboro usados por Williams no ano seguinte foram uma das grandes piadas do ano – até o Ensign teve melhor desempenho. Comparativamente o Surtees TS-14 era um bom carro, mas infelizmente, uma corrida extra-campeonato de fim de ano era uma coisa: o campeonato de F-1 outra. Pace chegou em 2° em Brands, logo após Jean Pierre Beltoise, e na frente de outro Surtees, do italiano Andrea de Adamich. O calendário internacional de 1972 terminaria no Brasil, com a segunda temporada internacional de F-2. Esta acabou tendo 3 rodadas (algumas pré planejadas foram canceladas), todas em Interlagos. Alguns dos melhores pilotos da F-2 vieram para a série de corridas no Brasil, inclusive o campeão Hailwood, e o vice-campeão Jassaud; o piloto de F-1 Clay Regazzoni; o futuro campeão de mundo James Hunt, que viria a fazer furor na F-1 em 1973; e a equipe Rondel, com o campeão de F-2 de 1971 Ronnie Peterson, Tim Schenken, Bob Wollek e Henri Pescarolo. Entre os brasileiros, estariam presentes os três da F-1, Emerson, Pace e Wilsinho, além de diversos outros com carros alugados: Pedro Victor de Lamare, Lian Duarte, Chico Lameirão e Silvio Montenegro. O último foi obviamente muito otimista. Piloto de pouco pedigré no próprio Brasil, acostumado a pilotar fuscas, Montenegro obviamente tinha superestimado sua capacidade. Não brilhou, e de fato, desapareceu do automobilismo depois disso.

A primeira etapa se realizou em 29 de outubro, e o resultado não foi bom para Pace. Abandonou com problemas de motor na 2a. volta da primeira bateria, e não voltou para a segunda. Na segunda corrida, em 5 de novembro, Pace teve um desempenho excelente, ganhando as duas baterias e a geral. Acabou sendo a sua única vitória do ano, e segunda na F-2 (ganhara em Imola em 1971, prova extra campeonato). A terceira etapa se realizou em 12 de novembro. Pace fez a pole position, mas teve problemas na primeira bateria e terminou em 16°. Na segunda bateria, comprovou todo o seu potencial da primeira bateria, ganhando com três segundos de vantagem sobre seu companheiro de equipe, Mike Hailwood, que acabou ganhando na geral. Pace também marcou a volta mais rápida. Na soma dos tempos ficou em 8°. Resultados completos do torneio
Assim terminava a árdua temporada de Pace. Não somente estreara na F-1, mas também no Campeonato Mundial de Marcas e na Série Can Am. Dirigiu diversos carros durante o curso do ano, nos dois lados do Atlântico, mas não obteve o sucesso esperado na F-2. Entretanto, o futuro parecia sorrir para Pace, não na forma em que sorriu para Fittipaldi – as coisas pareciam se realizar com mais dificuldades para ele, mas eventualmente aconteciam.
Carlos de Paula

J.C. PACE, PILOTO

Link para post do Caranguejo sobre Pace

Algumas belas fotos de Pace em outras épocas.

Vencendo o GP Brasil 1975 em Interlagos




 Em Nurburgring, pouco antes do acidente de Lauda

 Em Interlagos à frente de Mario e Ronnie

 Vencendo o Torneio Maverick


No podium em Monza, com Stewart e Ronnie




Campeonato Brasileiro de Gran Turismo 2012


A temporada 2012 do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, do Mercedes-Benz Grand Challenge, do Elf Super Bike e do Campeonato Brasileiro de Spyder Race já possui o seu calendário oficial definido. Começando no dia 22 de abril em Santa Cruz do Sul, as competições que compõem o evento terminam no dia 16 de dezembro em Interlagos, São Paulo.


Ao todo, seis estados brasileiros receberão os carros do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo e do Campeonato Brasileiro de Spyder Race, em nove etapas durante o ano. Com um fim de semana a menos, Mercedes-Benz Grand Challenge e o Elf Super Bike, estarão em cinco regiões distintas, totalizando as suas oito etapas na temporada. 


Antonio Hermann, da SRO Latin America, empresa responsável pela organização e promoção do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, fala sobre o calendário e da importância e diversidade das regiões e autódromos que receberão o evento. "Como um campeonato brasileiro trabalhamos para levar o nosso evento à diferentes praças do país".


"Iniciaremos em Santa Cruz do Sul, passaremos também por estados do sudeste, centro-oeste e nordeste, levando os carros dos sonhos da categoria GT, os protótipos da Spyder Race e as fantásticas Super Bikes, pilotados pelos melhores pilotos do Brasil, para diferentes públicos apaixonados por automobilismo e motociclismo". 


"Vamos estar nos principais autódromos nacionais e temos como objetivo realizar a melhor temporada do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo de todos os tempos", encerra Antonio Hermann. Confira o calendário 2012 do Campeonato Brasileiro de Gran Turismo, do Mercedes-Benz Grand Challenge, do Elf Super Bike e do Campeonato Brasileiro de Spyder Race:


22 de Abril: Santa Cruz do Sul
27 de Maio: Curitiba
24 de Junho: Interlagos
22 de Julho: Rio de Janeiro
2 de Setembro: Salvador * 
14 de Outubro: Campo Grande 
28 de Outubro: Guaporé 
18 de Novembro: Cascavel**
16 de Dezembro: Interlagos


*Apenas GT e Spyder
** Sujeita a conclusão das reformas no circuito





http://ecoesporte.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=2809&Itemid=1



quarta-feira, 28 de março de 2012

Campeonato Brasileiro de Divisão 3 - 1980 a decisão

Dos vídeos de Fabiano e seu pai Luiz Guimarães, disponibilizados no YouTube por Tito Tilp, dos depoimentos de Jr Lara, com link para seu blog, do texto do Caranguejo para peleja, este post mostra um pouco do que foi essa maravilhosa categoria.  Como se vê, além de levar aos autódromos muitos fãs, a categoria depois de muito tempo, ainda junta e agrega os amigos.

Rui 

Interlagos 1980 




Jr no FaceBook da Divisão 3: Os motores mais potentes da D3 VW a ar, equipavam os carros do Mogames e Amadeo Campos ambos preparados pelo Miguel irmão do Gigante. Nesta corrida os camandos especiais que eles usavam fabricados nos EUA não chegaram a tempo, por isso a péssima atuação deles nesta prova. Entenderam por que esses motores eram giradores.....
Mario, nessa época, ja regulava a barra estabilizadora e pressão de freio traseiro por dentro do carro...Esse meu carro era um canhão, 154 HP a 8400 RPM..... Lara, T.da Matta, Vicente Correa, João Franco, Yoshikuma, fusca amarelo J. A. Bruno, Arturo Fernandes, Ricardo Mogames, Amadeo Campos
link


- A TRINCA -

Por Caranguejo

A Divisão 3 (Classe A), teve no final dos anos setenta e início dos oitenta uma rara oportunidade de reunir em disputa pelo seu principal laurel, três pilotos singulares. Competitivos, porém grandes amigos entre si. Um deles era Luis Lara Campos Jr. Acostumado à mecânica VW, possuía um carro que no período que analisaremos, teve um significativo acréscimo de performance. Outro nome a destacar seria Amadeo Machado Campos. Trabalhador, ele parecia esforçar-se mais para atingir os resultados dos rivais, mas não ficava longe e finalmente, o mais focado dos três: Arturo Fernandes. E todos eles tinham o Sedan VW1600. Em 1975, o grande campeão brasileiro da D3 foi Amadeo Campos, mas apesar da conquista,  ele e os que competiam com os valentes Fuscas, tinham um adversário extra: a grande mídia gostava de abrir seus espaços aos  carros que disputavam a Classe C, Mavericks e Opalas e até Dodges, eram mais vistosos com suas belas carrocerias e eram mais mostrados. O público dos autódromos é que já tinha seus preferidos. Já nessa época, Lara Campos e Arturo Fernandes estavam na ativa. E observavam. Em 1976, Amadeo estava momentaneamente dividido entre categorias de mecânica diferente: a Fórmula Ford e a Divisão 3 e  acabou sendo surpreendido por Vital Machado, mas não deixou de levantar o campeonato paulista. No ano seguinte, Amadeo e Arturo dividem a preparação de Fabio Reynolds, o Magrão. E também o monopólio da Divisão 3. Os Fuquinhas agora são os donos do espetáculo. A crise energética baniu os carros maiores da categoria e a restringiu à Classe A. Amadeo e Arturo é quem dão as cartas: dividem as vitórias e poles. Correndo por fora como um Quixote, Júnior Lara Campos não quer saber disso. Ele pinta o número #1 no carro pois é o que quer ser. Mesmo sem ter grandes esquemas, Amadeo Campos recupera a coroa da D3, mas a categoria vive um momento nervoso, com grids esvaziados e completados com veículos de outras categorias, notadamente os Passat.  Para 78, perderá o seu status de campeonato brasileiro. Mais do que nunca, precisará dos abnegados pilotos, preparadores e patrocinadores para sobreviver. “É preciso tirar da cuca o que no bolso não tem”, diz um ditado. Apesar das cada vez mais minguadas cotas de combustível do governo, a Divisão 3 cresce outra vez: provas noturnas, mais pilotos e Passats preparados para a categoria. Amadeo Campos vence a primeira do ano, mas ele é alcançado pelo dedicado Arturo Fernandes e pelo raçudo Lara Campos. Na final desse movimentado Torneio-Rio-São Paulo, Lara chega com uma pequena vantagem, mas numa incrível virada da sorte, deixa escapar o título após quebrar duas caixas de câmbio. Arturo Fernandes é quem levanta a taça e pensa como será 1979. No começo do ano, surgem rumores de que em 1980 as provas serão disputadas por carros usando álcool combustível. Amadeo Campos até rabisca uma frase com esse teor em seu carro. João Franco também.  Mas a categoria continua regional e à gasolina até a metade do ano, quando uma nova proibição governamental às corridas automobilísticas (como já ocorrera em 1976) precipita tudo e no Festival do Álcool em 7 de setembro, a Divisão 3 apresenta seu novo campeonato brasileiro. Para iniciá-lo, que melhor do que uma prova noturna?  Será um certame curto, com apenas quatro corridas. O carro de Arturo, que como os demais Pinicos tinha a forte concorrência dos Passats, torna-se  o bicho papão graças ao novo carburante, após setembro. Ele vence a prova noturna do Rio e a etapa de Interlagos. Lara Campos, momentaneamente fica para trás, mas retornará com mais fôlego no ano seguinte e Amadeo, campeão regional de 79, também reestrutura a Equipe para o novo ano. 1980 foi a último grande temporada dos Pinicos na categoria. Os Passats já os ameaçavam dentro da “sua” própria categoria. O tempo estava acabando, mas ainda havia grandes carros para uma empolgante disputa. É outra vez, Arturo x Lara. Amadeo está dividindo o time com Ricardo Mogames. E é este quem  surpreenderá,  liderando a disputa por algum tempo. Aturdidos, os outros terão de acompanhá-lo. O primeiro a recuperar-se é Lara Campos, cujo carro é um verdadeiro foguete (no caso do Fusca, um “foguete de bolso”). Arturo também vence, mas principalmente, será o melhor na estratégia. A soma de resultados permitem que chegue a Interlagos com 9 pts de desvantagem para Mogames e 4 a frente de Lara Campos. O que poderia decidir essa parada? Resposta, além da chuva, uma malograda encomenda de comando de válvulas. O competitivo VW #5 de Lara Campos não rendia o mesmo com piso molhado e Mogames ficou sem as peças encomendadas, que foram por engano, parar em Assuncion. Com pista molhada, na bateria decisiva, valeu o arrojo de Arturo Fernandes, que depois admitiria ter vencido o mais difícil de seus títulos. Adequado que após a prova, Arturo tenha sido o comandante  de uma bateria  de ritmistas improvisados. Descreveu-o uma publicação: “Encharcado, tendo nas mãos uma vassoura com um pedaço de plástico amarrado na ponta e um sorriso contagiante e sincero”. Principalmente por ser aquela a definitiva conquista do Sedan VW1600. O incansável Amadeo Campos, que nessa temporada foi mais uma vez o campeão paulista, venceria a primeira corrida de 1981. Mas então, a categoria tinha outra nomenclatura; chamava-se Hot Car.   

C.H.Mércio 



Jr e Arturão na casa do Ferraz

Mais da divisão 3


terça-feira, 27 de março de 2012

ASSUNTOS POLÊMICOS - Por Cezar Fittipaldi

O visão de meu amigo Cezar, num belo texto, sobre meu post anterior. 



link

Massa

Malásia 2012. 





Vamos lá, penso neste texto já a algum tempo e hoje vamos ver se sai alguma coisa que preste!
Vejo muita gente falando mal do Felipe Massa então resolvi palpitar...e escrevo como é de meu feitio de peito aberto. É um palpite de quem gostaria de novamente ver um piloto brasileiro de ponta disputando a Formula Um. 
Não conheço o Felipe pessoalmente e por conta de alguns acontecimentos com amigos meus, por ele não tenho muita admiração. Verdade Fernando Hiperfanauto e José Ferraz?!
Cada vez que escrevo sobre a Formula Um atual, ou mostro a NL da Ferrari ou outra equipe, vem algum comentário de alguém que também não o aprecia muito.
No Facebook meus amigos Sal e Washington montaram uma página a Esporte Motor onde alguns amigos discutem sobre o automobilismo, o que muitos conhecem e bem, de uma forma descontraída e informal, e as opiniões são quase todas parecidas. É ou não é Milton, Chico e ...???
Vejam bem, alguns de nós que já pilotaram, correram, venceram corridas, fizeram poles, melhores voltas e tudo mais, sabemos como é difícil a lida do automobilismo e mais difícil ainda um lugar ao Sol no topo dele.
Voltemos no tempo; desde que Emerson chegou à FI, o perfil do fã de automobilismo mudou, antes quem gostava procurava ler se informar e ir às nossas pista assistir corridas...desta época para cá tudo mudou, a emissora oficial que transmite a FI tem como principal narrador uma pessoa que ao invés de informar narra conforme seus interesses pessoais, e esses são inconfessáveis, impedindo mesmo os comentaristas digam o que pensam.
Desde a chegada de Barrichello à Ferrari o cara vem dizendo que ele corria em igualdade de condições com Dick Shummi, já bi campeão do  mundo, coisa que absolutamente não era verdade. Barrichello se deixou levar e apesar de vencer pela equipe deu no que deu, zombarias, apelidos indevidos e outras baixarias mais. Um  grande piloto sem duvida, mas que deixou se levar e falou, e muito, o que não devia.
Aí chega à Ferrari o outro brasileiro, algumas boas corridas pela Sauber na FI assistido por Nicolas Todd filho do então chefão da equipe, e o tal locutor, como sempre desinformando, conta que ele foi contratado em condições iguais à de Schummi (rsrsrsr) e uma legião de fãs acostumados desde algum tempo a acreditar em suas sandices simplesmente acreditam!
Sai Schummi o “irmãozinho do brasileiro” e entra na equipe outro talento natural, Kimi, e após dois campeonatos de Alonso leva a Ferrari novamente ao topo. Neste ano o brasileiro chega em quarto lugar no mundial com três vitórias. 
Vem o ano de 2008 e Kimi o campeão está desmotivado, muita grana, muitos iates e muita Vodka, e o brasileiro se destaca na equipe e vai para a ultima corrida do campeonato com cinco vitórias, contra as mesmas cinco do talentosíssimo Louis Hamilton da MacLaren. Hamilton tem 94 pontos e o brasileiro 87 e na corrida acontece de tudo como já sabemos. Massa vence sua sexta corrida do ano e na última volta Hamilton ultrapassa Timo Glock e garante o titulo por um ponto de vantagem.
Novamente o tal locutor se desmancha em sandices e mil invenções para tentar desacreditar o titulo do inglês. Ora apenas isso; continua a desinformar um publico que acompanha o automobilismo.
Chega 2009 a Ferrari novamente em crise com Kimi desmotivado e nos treino na Hungria Massa recebe a molada no capacete e fica de  fora o resto da temporada.
2010 para substituir Kimi como primeiro  piloto a Ferrari contrata Fernando Alonso, bi campeão do mundo piloto rapidíssimo e com um enorme talento. 
E continua a desinformação ao publico, em uma das corridas, lembro do locutor dizendo que Massa daria uma tremenda bronca na equipe!...ora acho difícil, se não quase impossível pois apesar das declarações ao contrario Massa sabe que é segundo piloto, assim como foi Barrichello, e para ele o melhor dentro da equipe é ficar calado.
2011 e 2012 Alonso sempre mais rápido que Massa, mas isso nada tem de desmerecedor pois o espanhol é rapidíssimo. Acontece que nas corridas o brasileiro erra constantemente ao tentar acompanhar os mais rápidos, e talvez abalado ou por ver as bravatas tanto dele como do locutor esvaírem-se em maus resultados vai ao fundo do poço, como o vemos na condição atual.       
O certo é que a Ferrari apesar de dizer ao contrário não o quer mais, acredito ser muito difícil sua substituição no meio do campeonato mas o ano que vem veremos a equipe sem o brasileiro.
Desculpem se me estendi demais, é apenas a modesta opinião de quem já se viu sentado num carro de corridas tendo, e tentando, fazer alguma coisa a mais. Hoje nesta blogosfera de tantos entendidos sobre  o automobilismo certamente encontraremos uma explicação bem melhor que a minha de tudo que acontece.


Rui Amaral Jr 




FOTOS: GETTY IMAGES , AP 



segunda-feira, 26 de março de 2012

GP della Malesia - Magico Alonso! Newsletter da Ferrari - 2012



"Sepang, 25 marzo - "Magico" era la parola visualizzata sulla pit board di Fernando Alonso appena ha tagliato il traguardo, conquistando una brillante vittoria nel Gran Premio della Malesia. Incredibilmente, dopo aver tanto parlato di crisi per il Cavallino Rampante, lo spagnolo adesso conduce il Campionato del Mondo Piloti, dopo due turni, mentre la Scuderia Ferrari è al terzo posto dietro a McLaren e Red Bull. "Se parliamo di una gara pazza, magari con la pioggia, allora forse potremmo finire davanti", ha detto Fernando giovedi in occasione della conferenza stampa FIA e sembra che, oltre ad avere un talento per la guida, forse ha anche un talento per predire il futuro!
Dopo aver avuto un fine settimana prevalentemente asciutto, la pioggia ha scelto i momenti prima della partenza per arrivare sul circuito di Sepang. A sufficienza per permettere a tutti di montare le gomme intermedie Pirelli, ma così forte per le monoposto da causare un sacco di schizzi d’acqua. Appena le luci si sono spente, Hamilton e Button hanno mantenuto le loro posizioni in griglia, ovvero prima e seconda, seguiti da Webber, Grosjean a breve distanza e Vettel, con Fernando al settimo posto. Dopo essere partito terzo, Schumacher è scivolato indietro, mentre Felipe ha guadagnato due posizioni piazzandosi decimo. Fernando era quinto al secondo giro e al terzo, appena la pioggia si è intensificata, Felipe è stato il primo a rientrare ai box per montare le gomme da bagnato Extreme e, al giro seguente, Grosjean ha parcheggiato la sua Lotus nella ghiaia in condizioni insidiose. Giro 4 e Fernando, Button, Hulkenberg, Ricciardo, Petrov e Kovalainen passano al pneumatico da pioggia. Al quinto giro è stata la volta di Hamilton, Webber e Vettel, con un doppio stop, Rosberg, Maldonaldo, Raikkonen, Schumacher e Kobayashi. 
Appena le condizioni sono peggiorate, in un primo momento le informazioni sul monitor davano per la gara bandiera rossa. Tuttavia, pochi secondi dopo, è stata annunciata la Safety Car. Ma, dato che la pista era praticamente un fiume di acqua, la bandiera rossa è uscita al giro numero nove. Le vetture schierate sulla griglia di partenza nell'ordine erano quelle di Hamilton e Button, primo e secondo per la McLaren, poi Perez (Sauber), Webber (Red Bull), quinto Fernando sulla Ferrari, Vettel (Red Bull), Vergne (Toro Rosso), l'unico del gruppo di testa a non aver cambiato le gomme estreme, poi Felipe, ottavo con l’altra F2012, con Rosberg nono su Mercedes, seguito da Karthikeyan, un altro pilota che non si è fermato e che ha guadagnato 13 posizioni per la Hispania!
Dato che la ripartenza è avvenuta con la Safety Car, dopo una sosta di quasi un'ora, secondo le regole tutte le vetture dovevano montare gomme da bagnato estremo. Button si è fermato subito per montare le intermedie e questo lo ha visto arrivare davanti al suo compagno di squadra, che è stato anche superato da Fernando e, anche se Perez aveva guadagnato un sacco di terreno quando la Sauber è stata la prima a montargli le gomme estreme dopo il primo avvio, mettendosi davanti al pilota della Ferrari, Fernando ha ottenuto immediatamente la posizione davanti a lui. Con Button che è stato fermato da una collisione con Karthikeyan, Fernando si è portato in testa alla gara, con un buon margine di circa sei secondi su Perez. Tuttavia, la situazione è cambiata quando la pista è diventata abbastanza asciutta da dover montare le slick per la prima volta in gara. La Sauber ha dimostrato di essere molto più veloce della F2012 e il messicano sembrava in grado di superare Fernando. Tuttavia, la pressione si è allentata quando Perez è andato largo sul rettilineo e il divario tra i due è cresciuto di nuovo di cinque secondi. Il messicano è ritornato a lotta in pista, ma a questo punto non rimanevano abbastanza giri, e così, un felice Fernando ha tagliato il traguardo pugni al vento, conquistando una brillante vittoria e, francamente, inaspettata. Una vittoria che lo porta in testa al Campionato del Mondo Piloti, con 5 punti di vantaggio su Hamilton e 10 da Button.
Il pomeriggio di Felipe è stato meno brillante: dopo un stop anticipato per gli pneumatici estremi, si era portato dalla dodicesima posizione in griglia all’ottava della ripartenza. Ha combattuto con Vergne della Toro Rosso, ma poi è andato largo perdendo diverse posizioni, scendendo al diciottesimo posto, per poi arrivare alla bandiera a scacchi in quindicesima posizione. 

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Minha tradução, perdoem  qualquer erro.


Sepang, 25 de março - "Mágica" foi a palavra que apareceu na placa do box para Fernando Alonso que acabara de cruzar a linha de chegada, vencendo brilhantemente  o Grande Prêmio da Malásia. Incrível, depois de toda a conversa de crise para o Cavalo Saltitante, o espanhol agora lidera o campeonato Mundial após duas rodadas, enquanto a equipe Ferrari está em terceiro lugar atrás de McLaren e Red Bull. 
"Se falarmos de uma corrida louca, mesmo com a chuva, então talvez pudéssemos terminar na frente", disse Fernando quinta-feira na conferência de imprensa da FIA e parece que, além de ter talento para dirigir, talvez ele também tem um talento para a previsão o futuro! 
Foi um fim de semana em sua maioria com pista seca, a chuva chegou momentos antes da partida ao circuito de Sepang. Suficiente para permitir que todos pudessem montar os pneus intermediários da Pirelli, mas o suficiente para causar u spray atrás dos carros.Assim que as luzes se apagaram, Hamilton e Button mantiveram as suas posições no grid, ou seja, o primeiro e segundo, seguido por Webber, Grosjean a curta distância e Vettel, com Fernando em sétimo lugar. Depois de iniciar em terceiro, Schumacher caiu para trás, enquanto Felipe ganhou duas posições e terminou em décimo. Fernando foi o quinto na segunda volta. E como a chuva se intensificou, Felipe foi o primeiro a ir ao Box para trocar os pneus de chuva fraca para os Extreme. Na próxima volta, Grosjean rodou e parou sua Lotus no cascalho em condições traiçoeiras . Na volta 4, Fernando, Button, Hulkenberg, Ricciardo, Petrov e Kovalainen trocaram os pneus. Na quinta volta foi a vez de Hamilton, Webber e Vettel, com uma parada dupla, Rosberg, Maldonaldo, Raikkonen, Schumacher e Kobayashi.
 Como as condições pioraram, num primeiro momento foi mostrada a bandeira vermelha. No entanto, segundos depois,  foi anunciado o Safety Car. Mas, como a pista estava quase um rio de água, a bandeira vermelha apareceu na nona volta. Os carros alinharam no grid na ordem que estavam na pista, Hamilton e Button, primeiro e segundo para a McLaren, em seguida, Perez (Sauber), Webber (Red Bull), quinto  Fernando e a Ferrari, Vettel (Red Bull), Vergne (Toro Rosso), o único do grupo que não mudou os pneus Extreme, em seguida, Felipe, oitavo com o outro F2012, Rosberg em nono de Mercedes, seguido por Karthikeyan, outro piloto que não parou e ganhou 13 posições para a Hispania! 
No reinício, com o Safety Car, após uma pausa de quase uma hora, de acordo com as regras todos os carros tinham que estar com pneus de chuva extrema.
 Button foi o primeiro a colocar os pneus intermediário, e ficou à frente de Hamilton, e  também passou por Fernando, e mesmo Perez ganhou algumas posições quando a Sauber foi a primeira a monta pneus de  extrema chuva na primeira parada, ficando a  da Ferrari, Fernando ia imediatamente atrás dele. Com Button no box após  colisão com Karthikeyan, Fernando toma  a ponta, com uma boa margem de cerca de seis segundos sobre Perez. No entanto, a situação mudou quando a pista tornou-se suficientemente seca para serem montados os slicks pela primeira vez na corrida. A Sauber tem provado ser muito mais rápida do que o F2012 e o mexicano parecia capaz de superar Fernando. No entanto, a pressão aliviou-se quando Perez foi reto na freada de uma curva e a diferença entre os dois cresceu de volta para cinco segundos. O mexicano está de volta para lutar na pista, mas neste momento são  poucas voltas restantes, e assim, um feliz Fernando cruzou a linha de, punhos ao vento, conquistando uma vitória brilhante, e, francamente, inesperada. Uma vitória que o leva a liderar o campeonato do Mundo com 5 pontos à frente de Hamilton e 10 de Button.

 A tarde de Felipe foi menos brilhante: depois de uma troca precoce para pneus de chuva extrema, voltou na décima segunda posição depois de estar em oitavo no grid do reinício. Ele lutou com Vergne da Toro Rosso, mas depois perdeu várias posições, para chegar à bandeirada em décimo quinto lugar.

Rui Amaral Jr

domingo, 25 de março de 2012

GP da Malásia 2012 e Indy S. Petersburg - Corridas

Algumas boas corridas hoje, não assisti a Stock nem a Montana, mas amanhã certamente vamos receber os resultados dos amigos. No GP da Malásia dormi logo após a segunda largada, apenas para acordar com o hino da Espanha e o rosto do espanhol em meu Notebook.  Levei um susto, mas era verdade! Depois assisti e gostei muito da corrida...Gostei de Kimi, Perez, Di Resta, Ricciardo e  Bruno, fora Button, Wettel, Hamilton, Webber, Kobayashi...achei estranho as Mercedes terem tantos problemas de velocidade...Gostei da corrida, espero que os próximos GPs sejam assim disputados.


 Alonso fez a diferença.
Perez, uma escapada no final e perdeu a chance de disputar a ponta. Seria dificílimo toma-la do espanhol. Grande corrida  
Bruno, ótimo sexto.
Hamilton e Button
Dick

RESULTADO

1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 2h44min51s812
2 - Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 2s263
3 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 14s591
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 17s688
5 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 29s456
6 - Bruno Senna (BRA/Williams) - a 37s667
7 - Paul Di Resta (ESC/Force India) - a 44s412
8 - Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a 46s985
9 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 47s892
10 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 49s996
11 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 1min15s527
12 - Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - a 1min16s800
13 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1min18s500
14 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 1min19s700
15 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1min39s300
16 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - a 1 volta
17 - Timo Glock (ALE/Marussia) - a 1 volta
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a 1 volta
19 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 2 voltas
20 - Charles Pic (FRA/Marussia) - a 2 voltas
21 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 2 voltas
22 - Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - a 2 voltas 



São Petersburgo 

Uma grande vitória de Hélio.


RESULTADO

1 - Helio Castroneves (BRA) Penske - 100 voltas 
2 - Scott Dixon (NZL) Ganassi - a 5s5292 
3 - Ryan Hunter-Reay (EUA) Andretti Autosport - a 7s5824 
4 - James Hinchcliffe (EUA) Andretti Autosport - a 10s6526 
5 - Ryan Briscoe (AUS) Penske - a 11s7854 
6 - Simon Pagenaud (FRA) Schmidt Hamilton - a 31s2623 
7 - Will Power (AUS) Penske - a 34s6582 
8 - EJ Viso (VEN) KV Racing - a 35s5943 
9 - Charlie Kimball (CAN) Ganassi - a 43s1425 
10 - Justin Wilson (GBR) Dale Coyne - a 44s3141 
11 - Josef Newgarden (EUA) Sarah Fisher - a 44s8275 
12 - Graham Rahal (EUA) Ganassi - a 45s1080 
13 - Dario Franchitti (GBR) Ganassi - a 45s8468 
14 - Marco Andretti (EUA) Andretti Autosport - a uma volta 
15 - Alex Tagliani (CAN) Team Barracuda - a uma volta 
16 - Oriol Servia (ESP) Lotus Dreyer & Reinbold - a uma volta 
17 - Rubens Barrichello (BRA) KV Racing - a duas voltas 
18 - Ed Carpenter (EUA) Ed Carpenter - a duas voltas 
19 - JR Hildebrand (EUA) Panther - a quatro voltas 


FOTOS:  GETTY IMAGES,  T BOX BETA, AFP, AP