A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

domingo, 31 de julho de 2011

A SAGA DOS LOTUS MK

Colin Chapman o Mago comemora um vitória com sua equipe.
Lotus 76 MKI
Ronnie no Karoussel , Nurburgring 1974. 
Tim Schecken na MKI, 1974.

Em meados de 1973, Colin Chapman, líder da Equipe Lotus de Fórmula 1, tinha um problema em que pensar.  O modelo 72, que a equipe vinha utilizando desde 1970, e que já conquistara  mais de uma dezena de vitórias além de dois campeonatos mundiais, já demonstrava alguma fadiga, depois de tão bons serviços prestados. Era  preciso pensar e projetar  outro carro que fosse um puro-sangue e legítimo vencedor, mas como substituir o lendário Lotus 72? Chapman, então reunido aos designers Tony Rudd e Ralph Bellamy, iniciou o desenvolvimento do modelo 76, também chamado MK I. Revolucionário, Colin o concebeu com dois pedais de freio, um sistema de embreagem eletrônico e dois aerofólios traseiros. 
Ickx, Ronnie e Colin apresentando o Lotus 76 MKI.
Ickx na Lotus 76 MKI.
Ronnie em Jarama. 

Peterson em Silverstone 1974.

Como pilotos, a equipe tinha  Ronnie Peterson e Jacky Ickx; o cigarro  John Player Special continuava patrocinando o time e o 76 estava previsto para estrear no GP da África do Sul em Kyalami/1974. Mas o carro estreou  sob o signo da discórdia. Em Kyalami, num lance bisonho, Peterson bateu em Ickx e tirou da prova seu próprio companheiro. Com um crônico problema de distribuição de peso, o Lotus 76 ia bem nos treinos com Peterson, mas muito mal nas corridas, tanto que Ickx e o sueco imploram para voltar ao velho 72. 
1974 Monza Ronnie com a 72E à frente de Emerson, MacLaren M23. 

As vitórias de Peterson em Mônaco, Dijon e Monza com o carro antigo atenuam a frustração com o 76, mas não ocultam que ele é um carro mal nascido e nem uma versão  revisada que aparece em Nurburgring, melhora as coisas. Por fim, na última prova do ano em Watkins Glen e com o australiano Tim Schencken ao volante, o ultraje final: o carro é desclassificado. Perdida e tendo que começar do zero com um projeto novo, a equipe  reativa o velho Lotus 72, agora na versão E e aposta suas fichas no antigo chassi campeão para 1975. Mas estava querendo  muito. Peterson só consegue uma quinta colocação em Osterreichring porque a corrida é interrompida antes do final. O mesmo acontece com Ickx em Montjuich Park, segundo colocado quando a prova é cancelada. O belga deixa a equipe após o GP da França, e revezam-se em sua substituição  Jim Crawford, John Watson e Brian Henton, com os resultados esperados. Peterson consegue um 4º  lugar em Mônaco e despede-se da temporada com uma  5º posição em Watkins Glen. Pouco para o queridinho da imprensa britânica mas Colin o convence a ficar mais uma temporada e pilotar o novo carro que está desenvolvendo, com a ajuda de Martin Ogilvie e Geoff Aldridge, o Lotus 77 ou MK II. 
Interlagos 1976, Ronnie à frente de Laffite.
Mario Andretti, Anderstorp 1976.
Andretti toma a ponta em Anderstorp, 1976 depois de largar em segundo, vitória de Scheckter Tyrrel P34.
 Mas em Interlagos/76, estréia do novo projeto,outra confusão caseira: Peterson mais uma vez acerta o carro de seu novo parceiro, o croata-ítalo-americano Mario  Andretti. E foi a gota d`água. De uma só vez, Chapman viu-se sem seus dois pilotos, que na etapa de Kyalami, já estavam competindo em outros times: Ronnie arranjara um March 761 (com o qual fará alguns milagres durante a temporada) e Andretti retornara à equipe que defendera no ano anterior, a Parnelli. Colin testa um novo nome, vindo da F3, o também sueco Gunnar Nilsson e o pouco conhecido Bob Evans. Contudo, Chapman sabe que precisa de um piloto experiente para o novo Lotus e é por isso que após a etapa de Long Beach, ele tem uma conversa com Mario Andretti (subitamente desempregado, após o encerramento de atividades da Parnelli) e o convence a voltar. Uma das grandes capacidades de Chapman era reinventar-se. Realmente o modelo 77 tinha um longo caminho pela frente, mas foi aos poucos evoluindo. Nilsson conseguiu dois terceiros lugares na Espanha e Osterreichring e Andretti fez dois terceiros (Zandvoort e Mosport Park) e foi o pole e venceu o GP do Japão, a última corrida do ano.

Mario Andretti, Lotus 77 MKII larga na pole para vitória no GP do Japão 1976- Monte Fuji.

 Os bons resultados motivaram o “Mago” a ousar mais e com a assessoria de Peter Wright, Martin Ogilvie e os mesmos Tony Rudd e Ralph Bellamy, Chapman cria um de seus mais belos carros, o Lotus 78 ou MK III. Em 1977,  esse carro introduziu na categoria o conceito do efeito-solo que gerava uma grande estabilidade em curvas e consequentemente, maior velocidade. Foi o modelo 78 quem  trouxe as vitórias de volta ao John Player Team Lotus. Mario venceu em Long Beach, Jarama, Dijon e Monza e Nilsson em Zolder. 
1977, Mario vence em Monza com a Lotus 78 MKIII.
Gunnar Nilson na MKIII em Zolder atrás Alex Dias Ribeiro March 761B. 
Gunnar Nilson e a MKIII em 1977 em Monte Fuji no GP do Japão. 
Gunnar em Mônaco.

A Lotus só não foi campeã naquela temporada pois estava usando unidades experimentais do motor Cosworth, que muitas vezes a deixavam na mão.  Modelo tão marcante que  entrou para a lista dos carros pintados pelo Mestre das Tintas, o brasileiro Sid Mosca, que reparou o carro de Mario Andretti no GP Brasil de 77,  depois de um incêndio nos treinos. 
Andretti e Ronnie, Zandvoort 1978.
Andretti, Lotus 77 MKII, Le Castelet.
Carlos Reutmam em Buenos Aires com a Lotus 78 MKIII
 Reutemann, Watkins Glen.

Por fim, a equipe estava preparada para produzir um puro-sangue campeão: o Lotus 79 ou MK IV. A grosso modo, poderíamos dizer que o modelo 79 era o 78 no superlativo. O artifício de “aprisionar” o ar embaixo do carro com as barbatanas laterais, havia sido otimizado e gerava 30% downforce a mais. Com a ajuda de Wright, Ogilvie e Rudd, Chapman eliminara todos os arrastos possíveis e com a célebre pintura negra e dourada, aquele era o carro que traria de volta para a Lotus o título que ela  ganhara pela última vez e 1972, com Emerson Fittipaldi. O primeiro piloto continuava a ser Mario Andretti mas Nilsson afastara-se das pistas para tratamento de saúde  e fora substituído por um velho conhecido: Ronnie Peterson. Após uma quixotesca temporada em 76 com o March, Peterson passara maus bocados em 77 com o pesadão Tyrrell P34 de seis rodas. Taxado por muitos como um piloto em fim de carreira, recebeu nova chance de Colin.


 Andretti e Ronnie.
Andretti e Ronnie com a Lotus 79 MKIV.
NT:Notem a pouca angulação das asas dianteiras e do aerofólio, era o efeito solo que prendia todo carro ao chão. Rui
Andretti em Zolder 1978.
Hector Rebaque

Porém o novo carro só apareceu no GP da Bélgica, Zolder. Até lá, Andretti vencera em Buenos Aires e Peterson em Kyalami. Depois, um passeio: vitórias de Mario em Zolder, Jarama, Paul Ricard, Hockenhein e Zandvoort; vencendo Peterson em Osterreichring. Mas o ano terminou com luto. Ronnie Peterson sofeu um acidente fatal na largada do GP de Monza e a equipe também perdeu seu antigo piloto, Gunnar Nilsson, morto por causas naturais. A equipe sofreria novo abalo e teria mais uma vez, que recriar-se.


CURIOSIDADES:

-Além dos pilotos já citados, também pilotaram a Lotus 79 o francês Jean Pierre Jarier, que substituiu Peterson nos dois GPs finais de 78; o argentino Carlos Reutemann, que pilotou o carro na temporada de 1979 e o mexicano Hector Rebaque, piloto privado e que utilizou o chassi 78 na temporada de 1978 e o 79 no ano seguinte;

-O sueco Ronnie Peterson foi o único piloto a guiar os quatro modelos. Com eles teve alegrias, tristezas, vitórias e decepções. Deixou a vida e tornou-se lenda.



Acidente de Peterson em Moza. Ele deitado na pista com Merzario a seu lado, a direita Regazzoni tentando ajudar Vittorio Brambilla,  #17  Shadow DN9 de Rega e andando para os carros Bruno Giacomelli. No fundo a MacLaren #7 de Hunt.   




CARANGUEJO

sábado, 30 de julho de 2011

Formula Um

Pace
Gilles
Patrese
 
Graham
Quem, quando, onde?


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Hungria 1997 Damon Hill mais que vencedor

1997 Damon, Arrows A18 deixa o alemão com a Ferrari F310B para trás, no mesmo lugar em que Nelson e Ayrton duelaram, o final da reta.

Após o campeonato conquistado em 1996  Damon Hill é dispensado da Willians ao final da temporada, e sua opção no ano de 1997 é pilotar para uma equipe média  a Arrows tendo como companheiro de equipe Pedro Paulo Diniz. Seu novo carro nada tinha dos Willians FW19 com que seu ex companheiro Jacques   Villeneuve e seu substituto Heins-Harald Frentzem iriam pilotar aquele ano.
Vem o GP da Hungria em Mogyorod e Damon que havia conquistado apenas um ponto em casa no GP da Inglaterra, coloca seu Arrows A18 na segunda fila com o terceiro tempo atrás apenas do pole Dick Vigarista e a Ferrari F310B e seu ex companheiro Jacques Villeneuve e a Willians FW19.
Voltando no tempo; Damon teve uma carreira difícil até chegar na Willians, parece que quando da morte de seu pai Grahan no acidente aéreo que vitimou quase toda equipe a situação financeira de sua família foi abalada e foram muitas as suas dificuldades. Não vou comparar Damon à seu pai Grahan duas carreiras diferentes. Nunca achei Damon um grande piloto apenas competente e tendo que enfrentar grandes desafios como foi substituir Ayrton na Wilians após Imola. Aquele desfecho de campeonato em que foi jogado para fora da pista de forma intencional por um piloto que apesar de todas as glorias, títulos e recordes nunca consegui admirar.
Mesmo apesar de tudo foi Campeão do Mundo de Formula Um em 95 e conseguiu em sua carreira vinte e duas vitórias na categoria!


1997, na largada ele já vem pressionando o pole.

Agora voltando a Hungaroring 1997, quando vi aquela Arrows-Yamaha na ponta à frente de todos e Damon  em sua tocada suave conduzindo-a a uma vitória que seria memorável me emocionei e comecei a torcer por ele. Afinal  havia tomado a ponta com autoridade e liderado grande parte dela e vinha a mais de trinta segundos de vantagem sobre  Jacques Villeneuve.
Minha grande torcida não bastou, derrepente faltando algumas voltas sua Arrows começa a andar mais lenta pela pista e Jacques começa a se aproximar ultrapassando quando faltavam apenas três voltas para o final, mesmo assim se arrastando Damon termina a corrida no segundo lugar à frente de Jonny Herbert com a Sauber C16 e da Ferrari F310B de Dick.
Para mim foi uma vitória e toda vez que a Formula Um chegar à Hungria vou lembrar desta corrida memorável e de um piloto que se não é tido como um dos maiores da categoria sem duvida alguma foi muito digno na forma de conduzir toda sua carreira.


1993 vitória com a Wllians FW15C.


         1995  vitória com a Willians FW17.
1998 4º lugar com a Jordan-Yamaha 198.

Demon Hill correu oito vezes em Hungaroring de 1992 a 99, abaixo seus resultados.

1992- 11º Brabham BT60B
1993- 1º   Willinas FW15C
1994- 2º   Willians FW16B
1995- 1º   Willians FW 17
1996- 2º   Willians FW18
1997- 2º   Arrows A18
1998- 4º  Jordan 198
1999- 6º  Jordan 199  

PLANETA FUSCA

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Apenas algumas Lotus

Lotus 79 Ronnie em Jarama 1978.

Lotus 78, Mario vitória em Monza 1977.
Lotus 79, Mario em Monza 1978.
Lotus 78, Mario em Kyalami 1978 na vitória de Ronnie. Quem são os outros carros e pilotos?
Lotus 79, Carlos em Buenos Aires 1979.
Lotus 79, Mario e Ronnie 1º e 2º em Zandvoort 1978.

100 Milhas de São Bento do Sul II

Algumas outras fotos das 100 Milhas que são da Elke Zalasik, Jimmi Torres, Lucas Bornemann e do acervo pessoal do Francis. A equipe de apoio ao Alicatão da Poeira, o Ike Nodari, Marcelo, Gabriel e Nei.





 Eu e o Dagoberto Moraes (Chevette 18 - parceiro na TCC) 'brigamos' cerca de 40 minutos. Tentei passá-lo e não consegui, mas proporcionamos um pega belíssimo e por dezenas de vezes fizemos curvas lado a lado e ambos de lado, naquele tradicional show que os tração traseira dão na terra.
Foi de arrepiar, legal pra canário.Quero mais!!!!!!!!!!
Francis



Estive em SBS acompanhando a odisseia do "Pinico Atômico" e foi muito legal. O Marcelo, o Gabriel eu e o Nei formamos a equipe de apoio do Francis. O evento foi muito bem organizado, mas faltaram os pilotos. Um evento desses deveria contar com mais carros. 
Ike

Conheço este autodromo ou melhor autoterrodromo de São Bento do Sul. 
Já assisti corrida lá, voce não imagina como fica lotado de gente. Bem pitoresca a foto com a casinha típica ao fundo. Mas lá é assim mesmo, fora as corridas que são adrenalina pura. 
Fernando - Hiperfanauto

Nós também estávamos lá!